Armando Nogueira
Quarta-feira, 24 de Julho de 2002
O Fluminense retira Telê da vida reclusa e presta-lhe uma bela homenagem, no rol de celebrações do centenário. Na era do profissionalismo, poucos encarnam tão bem a glória do clube como Telê Santana. Que o digam os que o viram, um fiapo de gente, a ensopar a camisa de talento e suor, no começo dos anos cinqüenta. Eu vi, cansei de ver Telê criar, ao lado de Didi, momentos que, depois, Nelson Rodrigues recriava na sua prosa poética de consagração tricolor. Aliás, foi outro ilustre tricolor, Mário Filho, quem primeiro chamou Telê de "Fio de Esperança". Nada mais feliz. Telê era em cada jogo a renovada promessa de um novo gol, de um novo triunfo, de um novo título. Como o de campeão carioca de 1951. Solidário, Telê subia e descia o lado direito do campo, defendendo e atacando, guerreiro incansável. Era, em 51, a prefiguração do que viria a ser o também infatigável Zagallo, no mundial de 58.
A imortalidade do Fluminense está nos seus nobres troféus, nos seus castos vitrais, nas nuvens de pó-de-arroz perfumadas, na bandeira de três cores, no hino (o mais bonito de quantos Lamartine Babo compôs pros clubes do Rio); na aristocracia de Marcos Carneiro de Mendonça; na saudade de Romeu e Carreiro; na recordação de Orlando Pingo de Ouro e Pedro Amorim. Mais que tudo, o Fluminense do meu tempo está nos gols incomparáveis de Ademir Menezes, um portento de artilheiro que não dava por menos: no supercampeonato de 46, cada gol dele tinha ressonâncias de verdadeira ópera. Ao lado de Ademir, na mesma dimensão histórica, figura o goleiro Castilho. Sem ser santo, o moço fazia milagres em baixo das traves. Enfim, são tantas e tamanhas as fulgurações pessoais na vida do Fluminense que seria impossível enumerá-las sem cometer imperdoáveis omissões.O Fluminense de minha memória afetiva é, sobretudo, Nelson Rodrigues, autor dos cânticos mais poéticos, mais ardentes que alguém já dedicou a um clube de futebol. Em Nelson, com quem briguei e desbriguei algumas vezes, aprendi que o Fluminense veio ao mundo com a vocação da eternidade.
Preciosa lição que trago comigo, pela vida afora, no melhor do meu coração.
terça-feira, 25 de novembro de 2008
sábado, 22 de novembro de 2008
O Fluminense pelo mundo 8
- Porto Rico
Guaynabo Fluminense FC.
http://en.wikipedia.org/wiki/Guaynabo_Fluminense_FC
- Fifa
Texto sobre o Flu no site da Fifa.
http://www.fifa.com/classicfootball/news/newsid=882713.html#forever+flu
Guaynabo Fluminense FC.
http://en.wikipedia.org/wiki/Guaynabo_Fluminense_FC
- Fifa
Texto sobre o Flu no site da Fifa.
http://www.fifa.com/classicfootball/news/newsid=882713.html#forever+flu
terça-feira, 16 de setembro de 2008
Viver ou viver!
Não, o Fluminense não pode morrer.
Pelo belo gol de Ademir, no supercampeonato de 46; pelos milagres que obrava Carlos Castilho, o goleiro prodigioso; pela prosa de Coelho Neto; pela paixão homérica de Nelson Rodrigues; pelos vitrais da sede imperial nas Laranjeiras; pela Taça Olímpica; pela gota de lágrima que pressenti, ontem, no rosto vincado de um amigo; pela dinastia Gallotti; pelo sorriso fidalgo de Haroldo Barbosa; pelo humor de Sérgio Porto, o Stanislau Ponte Preta; pelas irreverências de Ronaldo Bôscoli; pelo marinheiro sueco, o Hans, que canta o Fluminense em tantos idiomas; pelo clã dos Carneiro de Mendonça; pelos passes indeléveis de Romeu Pelliciari; pela consagração de Telê Santana, nos campos tricolores; pelo amor de Hugo Carvana; pelos poemas, todos!, de Chico Buarque; pelo time de botões de Carlos Heitor Cony; pelo Braguinha, que leva o clube nas próprias entranhas pelo mundo afora; pelas braçadas olímpicas de João Havelange na piscina tricolor; pela bola iluminada de Batatais, Santamaria, de Romeu, de Tim, de Pedro Amorim, Orlando Pingo de Ouro, de Carreiro e Afonsinho; pelo Gravatinha; pelas nuvens de pó-de-arroz que perfumam as tardes do Maracanã; pelo bairro das Laranjeiras, cujas ruas, todas elas!, desembocam na lendária Álvaro Chaves; pelo estadinho, imortalizado, ao nascer, com o gol de Friendereich dando ao Brasil o Sul-americano de 19; pelo lirismo de Oduvaldo Cozzi que narrava, como ninguém, um gol do seu Fluminense; por Luiz Murgel, que amou o clube com todas as letras; por Benício Ferreira Filho, sepultado com a bandeira do clube no peito; por Francisco Horta que entoou, pela primeira vez, o grito de guerra "Vencer ou Vencer!"
Por Gerson e Rivelino que, até hoje, querem tão bem ao Fluminense; pelo Flamengo que nasceu de uma costela tricolor; pelo Botafogo, velho co-irmão de rancores e de amores remotos; pelo mais enxuto verso do futebol: Fla-Flu, doce aliteração carioca; pela bandeira tricolor: o branco, símbolo da alma pura, o vermelho, a cor dos nobres e o verde, a luz da criação do mundo!E porque o Fluminense não pode morrer, sua divisa, agora, é Viver ou Viver!
(Armando Nogueira, quando o Flu estreou na segunda divisão)
Pelo belo gol de Ademir, no supercampeonato de 46; pelos milagres que obrava Carlos Castilho, o goleiro prodigioso; pela prosa de Coelho Neto; pela paixão homérica de Nelson Rodrigues; pelos vitrais da sede imperial nas Laranjeiras; pela Taça Olímpica; pela gota de lágrima que pressenti, ontem, no rosto vincado de um amigo; pela dinastia Gallotti; pelo sorriso fidalgo de Haroldo Barbosa; pelo humor de Sérgio Porto, o Stanislau Ponte Preta; pelas irreverências de Ronaldo Bôscoli; pelo marinheiro sueco, o Hans, que canta o Fluminense em tantos idiomas; pelo clã dos Carneiro de Mendonça; pelos passes indeléveis de Romeu Pelliciari; pela consagração de Telê Santana, nos campos tricolores; pelo amor de Hugo Carvana; pelos poemas, todos!, de Chico Buarque; pelo time de botões de Carlos Heitor Cony; pelo Braguinha, que leva o clube nas próprias entranhas pelo mundo afora; pelas braçadas olímpicas de João Havelange na piscina tricolor; pela bola iluminada de Batatais, Santamaria, de Romeu, de Tim, de Pedro Amorim, Orlando Pingo de Ouro, de Carreiro e Afonsinho; pelo Gravatinha; pelas nuvens de pó-de-arroz que perfumam as tardes do Maracanã; pelo bairro das Laranjeiras, cujas ruas, todas elas!, desembocam na lendária Álvaro Chaves; pelo estadinho, imortalizado, ao nascer, com o gol de Friendereich dando ao Brasil o Sul-americano de 19; pelo lirismo de Oduvaldo Cozzi que narrava, como ninguém, um gol do seu Fluminense; por Luiz Murgel, que amou o clube com todas as letras; por Benício Ferreira Filho, sepultado com a bandeira do clube no peito; por Francisco Horta que entoou, pela primeira vez, o grito de guerra "Vencer ou Vencer!"
Por Gerson e Rivelino que, até hoje, querem tão bem ao Fluminense; pelo Flamengo que nasceu de uma costela tricolor; pelo Botafogo, velho co-irmão de rancores e de amores remotos; pelo mais enxuto verso do futebol: Fla-Flu, doce aliteração carioca; pela bandeira tricolor: o branco, símbolo da alma pura, o vermelho, a cor dos nobres e o verde, a luz da criação do mundo!E porque o Fluminense não pode morrer, sua divisa, agora, é Viver ou Viver!
(Armando Nogueira, quando o Flu estreou na segunda divisão)
"Não sei da onde isso veio. Por que uma criança da minha geração escolheria ser Fluminense? Afinal, ainda me recordo dos tempos em que era mais novo, gostava de colecionar as figurinhas do Campeonato Brasileiro, e comprava aqueles malditos álbuns para colar as figurinhas conquistadas nas brincadeiras de bafo.
Mas por que malditos? Simples, não entrava na minha cabeça infantil o fato de não ter o Fluminense lá. Eu mal e porcamente tenho memórias do gol de barriga, e tinha pouca compreensão do rebaixamento, mas mesmo assim, me auto-demoninava tricolor.
O que leva uma criança, com todas as opções em aberto, sem sofrer influências, a escolher um clube que vivia a época mais turbulenta de sua história? O que leva uma criança, a suportar todas aquelas zoações e piadas, se ela ainda tem a chance de mudar de time, de escolher o caminho mais fácil?
Vou ser totalmente sincero, não sei, e ainda digo que esse é o meu caso, mas a cada dia que passa, a cada momento que conheco mais a história desse clube, sei que fiz a escolha certa. Sem o Fluminense, eu sentiria um vazio estranho no peito, eu não seria eu mesmo sem meu Tricolor. Não sei da onde veio, mas não vivo sem."
(Guilherme Natal)
Mas por que malditos? Simples, não entrava na minha cabeça infantil o fato de não ter o Fluminense lá. Eu mal e porcamente tenho memórias do gol de barriga, e tinha pouca compreensão do rebaixamento, mas mesmo assim, me auto-demoninava tricolor.
O que leva uma criança, com todas as opções em aberto, sem sofrer influências, a escolher um clube que vivia a época mais turbulenta de sua história? O que leva uma criança, a suportar todas aquelas zoações e piadas, se ela ainda tem a chance de mudar de time, de escolher o caminho mais fácil?
Vou ser totalmente sincero, não sei, e ainda digo que esse é o meu caso, mas a cada dia que passa, a cada momento que conheco mais a história desse clube, sei que fiz a escolha certa. Sem o Fluminense, eu sentiria um vazio estranho no peito, eu não seria eu mesmo sem meu Tricolor. Não sei da onde veio, mas não vivo sem."
(Guilherme Natal)
Carimbo Tricolor
Algumas coisas que acontecem na vida da gente marcam de forma definitiva o nosso futuro. E a forma como eu me consagrei um Tricolor, assim mesmo, com letra maiúscula, certamente foi uma das coisas que mudou a minha vida. E para o bem. Eu digo “me consagrei” – e não “me tornei” – porque sendo filho do velho Comandante Nonato, o maior Tricolor que conheci, é evidente que em minhas veias corria desde sempre sangue pó-de-arroz. Mas ainda assim era necessária a consagração. E vamos aos fatos.
Para ser muito sincero, o ano eu não me lembro. Arriscaria que foi em 81, mas não tenho certeza. Eu era um moleque de três anos e poucos meses de idade, morando em São Pedro d’Aldeia, no estado do Rio, quando o velho me disse que eu ia conhecer o Maracanã. O jogo havia sido escolhido de forma propícia, um Fluminense e Portuguesa da Ilha, e idealmente seria uma vitória sem sustos pro torcedor-fraldinha aqui deitar e rolar. Por capricho dos deuses da bola, um tal de Buga meteu dois gols, perdemos por dois a zero e só me lembro mesmo da nossa própria torcida se retirando pelas rampas do maior do mundo gritando em autogozação o nome do nosso carrasco. Meu pai não deu muita bola para aquilo e acredito eu que aquele quase desprezo pela derrota tenha sido baseado na certeza daquele marujo velho de guerra de que seu filho tinha pinta de vencedor, e assim sendo só poderia torcer pelo clube tantas vezes campeão.
Dois ou três dias depois do jogo lá estava eu na escolinha de futebol todo uniformizado, o que tranqüilizou mais ainda o velho. Mas o fato é que eu ainda precisava de um batismo de verdade, de uma cerimônia digna de apresentação ao time por quem iria torcer até o fim da vida! E de maneira corajosa o velho decidiu me levar a um Fla-Flu coisa de duas semanas depois daquele jogo do Buga. Digo corajosa porque o time do Coisa Ruim tinha àquela época Zico, Adílio, Leandro, Raul, Júnior e mais alguns. E o nosso time era bem mais fraco, nos restando basicamente a força da camisa listrada. Também me lembro pouco desse jogo. Na verdade o único momento que me vem à cabeça foi de uma explosão de alegria fascinante e nunca antes experimentada que veio a suceder um chutão de nossa defesa. Este “brilhante lançamento” foi parar nos pés de um certo Amauri que fez o caroço morrer mansamente nas redes adversárias. Um a zero para nós e ponto final. E o barulho e alegria do lado do bem se contrapunham ao silêncio do lado do mal. Um momento de pura poesia no Maraca. Uma verdadeira consagração para um tricolor-mirim.
Naquele dia e naquele estádio que eu viria a pisar mais uma infinidade de vezes eu estava indelevelmente carimbado: Tricolor! Com letras maiúsculas e graças ao meu pai! Se cuida aí em cima, velho! E vê se aparece no Maraca quando puder pra dar aquela força.
(Marcos Gurgel - 17/01/2005)
* Texto enviado pelo amigo Edson. Obrigada!
Para ser muito sincero, o ano eu não me lembro. Arriscaria que foi em 81, mas não tenho certeza. Eu era um moleque de três anos e poucos meses de idade, morando em São Pedro d’Aldeia, no estado do Rio, quando o velho me disse que eu ia conhecer o Maracanã. O jogo havia sido escolhido de forma propícia, um Fluminense e Portuguesa da Ilha, e idealmente seria uma vitória sem sustos pro torcedor-fraldinha aqui deitar e rolar. Por capricho dos deuses da bola, um tal de Buga meteu dois gols, perdemos por dois a zero e só me lembro mesmo da nossa própria torcida se retirando pelas rampas do maior do mundo gritando em autogozação o nome do nosso carrasco. Meu pai não deu muita bola para aquilo e acredito eu que aquele quase desprezo pela derrota tenha sido baseado na certeza daquele marujo velho de guerra de que seu filho tinha pinta de vencedor, e assim sendo só poderia torcer pelo clube tantas vezes campeão.
Dois ou três dias depois do jogo lá estava eu na escolinha de futebol todo uniformizado, o que tranqüilizou mais ainda o velho. Mas o fato é que eu ainda precisava de um batismo de verdade, de uma cerimônia digna de apresentação ao time por quem iria torcer até o fim da vida! E de maneira corajosa o velho decidiu me levar a um Fla-Flu coisa de duas semanas depois daquele jogo do Buga. Digo corajosa porque o time do Coisa Ruim tinha àquela época Zico, Adílio, Leandro, Raul, Júnior e mais alguns. E o nosso time era bem mais fraco, nos restando basicamente a força da camisa listrada. Também me lembro pouco desse jogo. Na verdade o único momento que me vem à cabeça foi de uma explosão de alegria fascinante e nunca antes experimentada que veio a suceder um chutão de nossa defesa. Este “brilhante lançamento” foi parar nos pés de um certo Amauri que fez o caroço morrer mansamente nas redes adversárias. Um a zero para nós e ponto final. E o barulho e alegria do lado do bem se contrapunham ao silêncio do lado do mal. Um momento de pura poesia no Maraca. Uma verdadeira consagração para um tricolor-mirim.
Naquele dia e naquele estádio que eu viria a pisar mais uma infinidade de vezes eu estava indelevelmente carimbado: Tricolor! Com letras maiúsculas e graças ao meu pai! Se cuida aí em cima, velho! E vê se aparece no Maraca quando puder pra dar aquela força.
(Marcos Gurgel - 17/01/2005)
* Texto enviado pelo amigo Edson. Obrigada!
quarta-feira, 10 de setembro de 2008
"Ser tricolor não é uma questão de gosto ou opção, mas um acontecimento de fundo metafísico, um arranjo cósmico ao qual não se pode - e nem se deseja - fugir." (Nelson Rodrigues)
"Quarenta anos antes do paraíso, já estava escrito que eu seria pó-de-arroz nato e hereditário." (Nelson Rodrigues)
"Minha maior alegria é ter jogado no Fluminense, o maior clube que eu conheci." (Romerito)
"Quarenta anos antes do paraíso, já estava escrito que eu seria pó-de-arroz nato e hereditário." (Nelson Rodrigues)
"Minha maior alegria é ter jogado no Fluminense, o maior clube que eu conheci." (Romerito)
segunda-feira, 21 de julho de 2008
106 anos de um eterno amor
“ Fluminense Foot - Ball Club
Segunda feira, 21 do corrente, às 8 ½ horas da noite, haverá uma reunião à Rua M. de Abrantes nº 51, afim de tratar-se da fundação deste Club.
A Comissão”
Nessa reunião na casa de Horácio da Costa, os vinte jovens presentes não criaram apenas um clube de um esporte até então pouco praticado no país. Surgia ali uma paixão eterna.
Será que esses jovens tinham a mínima noção do que fundaram naquela noite?
Uma instituição pioneira, muito importante para o desenvolvimento do esporte que viria a ser a paixão nacional. Um clube que já nasceu grande e tradicional. Um clube eternizado nos gols de Assis, nas defesas de Castilho, na dedicação de Preguinho, nas frases de Nelson Rodrigues, nos milhares de torcedores que constituem a essência dessa instituição.
Oscar Cox, obrigada por não ter desistido do seu sonho. Por ter juntado outras pessoas em prol da realização desse desejo. Há pouco mais de 106 anos você voltava da Europa com uma idéia na cabeça. Idéia essa que se tornou realidade e acabou se transformando em uma das maiores paixões da minha vida.
106 anos de tradição.
106 anos de uma paixão inexplicável, de um amor eterno.
106 anos de um sentimento chamado Fluminense.
(Texto de minha autoria)
Segunda feira, 21 do corrente, às 8 ½ horas da noite, haverá uma reunião à Rua M. de Abrantes nº 51, afim de tratar-se da fundação deste Club.
A Comissão”
Nessa reunião na casa de Horácio da Costa, os vinte jovens presentes não criaram apenas um clube de um esporte até então pouco praticado no país. Surgia ali uma paixão eterna.
Será que esses jovens tinham a mínima noção do que fundaram naquela noite?
Uma instituição pioneira, muito importante para o desenvolvimento do esporte que viria a ser a paixão nacional. Um clube que já nasceu grande e tradicional. Um clube eternizado nos gols de Assis, nas defesas de Castilho, na dedicação de Preguinho, nas frases de Nelson Rodrigues, nos milhares de torcedores que constituem a essência dessa instituição.
Oscar Cox, obrigada por não ter desistido do seu sonho. Por ter juntado outras pessoas em prol da realização desse desejo. Há pouco mais de 106 anos você voltava da Europa com uma idéia na cabeça. Idéia essa que se tornou realidade e acabou se transformando em uma das maiores paixões da minha vida.
106 anos de tradição.
106 anos de uma paixão inexplicável, de um amor eterno.
106 anos de um sentimento chamado Fluminense.
(Texto de minha autoria)
Parabéns, Fluminense!
"Bom dia, meu amigo! E será realmente um ótimo dia. Para mim e para você.
Hoje é o meu aniversário.
E ninguém melhor do que você para comemorar este dia comigo.
Você que sempre esteve junto de mim. Você que em todos esses anos, torceu, brigou, vibrou, sorriu e chorou por mim.
Quantos momentos! Quantas alegrias já tivemos juntos!
Alguns momentos difíceis também, é verdade.
Eu estive mal. Estive enfermo. Alguns incautos pensaram que eu iria morrer. Pobres deles. Eu nunca vou morrer. Não enquanto você estiver a meu lado.
Nos momentos de alegria e celebração, você estava sempre comigo. Nos de tristeza, quando muitos pensaram que iria me abandonar, lá estava você. Firme e forte. Ao meu lado, na luta.
Fomos caluniados, injustiçados e até discriminados em certos momentos. Sei o que você sentiu com isso. Sei o que você passou, meu amigo. Mas jamais se abateu. Jamais se entregou.
E jamais me abandonou.
Meu passado me fez forte. Você me fez inexorável.
Meu destino me tornou singular. Você me tornou especial.
Minha história me fez longevo. Você me fez imortal.
Minhas glórias me fizeram temido. Você me tornou querido, admirado, unido e forte pelo esporte.
Sou o clube tantas vezes campeão. Você faz parte da torcida querida que vibra com emoção.
Sei o quanto represento para você. Mas você para mim é simplesmente tudo.
E é você quem merece as maiores homenagens do dia de hoje, meu querido torcedor Tricolor.
Graças a você, minhas três cores, hoje, não traduzem apenas tradição. Representam o símbolo de uma paixão impávida de milhões de incansáveis e destemidos guerreiros que empunham orgulhosos o nosso querido pavilhão.
São os Guerreiros da Paz. E também da Esperança e do Vigor.
Faço 106 anos. Mas isto não é nada quando temos a eternidade pela frente.
Estou em plena forma. Nossas maiores alegrias ainda estão por vir. E ninguém merece isso mais do que a torcida Tricolor.
Sem sombra de dúvida, a Melhor Torcida do Brasil.
Um abraço e parabéns para todos nós,
Fluminense Football Club".
(Carlos Alberto Freitas, o Casoba)
Hoje é o meu aniversário.
E ninguém melhor do que você para comemorar este dia comigo.
Você que sempre esteve junto de mim. Você que em todos esses anos, torceu, brigou, vibrou, sorriu e chorou por mim.
Quantos momentos! Quantas alegrias já tivemos juntos!
Alguns momentos difíceis também, é verdade.
Eu estive mal. Estive enfermo. Alguns incautos pensaram que eu iria morrer. Pobres deles. Eu nunca vou morrer. Não enquanto você estiver a meu lado.
Nos momentos de alegria e celebração, você estava sempre comigo. Nos de tristeza, quando muitos pensaram que iria me abandonar, lá estava você. Firme e forte. Ao meu lado, na luta.
Fomos caluniados, injustiçados e até discriminados em certos momentos. Sei o que você sentiu com isso. Sei o que você passou, meu amigo. Mas jamais se abateu. Jamais se entregou.
E jamais me abandonou.
Meu passado me fez forte. Você me fez inexorável.
Meu destino me tornou singular. Você me tornou especial.
Minha história me fez longevo. Você me fez imortal.
Minhas glórias me fizeram temido. Você me tornou querido, admirado, unido e forte pelo esporte.
Sou o clube tantas vezes campeão. Você faz parte da torcida querida que vibra com emoção.
Sei o quanto represento para você. Mas você para mim é simplesmente tudo.
E é você quem merece as maiores homenagens do dia de hoje, meu querido torcedor Tricolor.
Graças a você, minhas três cores, hoje, não traduzem apenas tradição. Representam o símbolo de uma paixão impávida de milhões de incansáveis e destemidos guerreiros que empunham orgulhosos o nosso querido pavilhão.
São os Guerreiros da Paz. E também da Esperança e do Vigor.
Faço 106 anos. Mas isto não é nada quando temos a eternidade pela frente.
Estou em plena forma. Nossas maiores alegrias ainda estão por vir. E ninguém merece isso mais do que a torcida Tricolor.
Sem sombra de dúvida, a Melhor Torcida do Brasil.
Um abraço e parabéns para todos nós,
Fluminense Football Club".
(Carlos Alberto Freitas, o Casoba)
segunda-feira, 30 de junho de 2008
O Fluminense pelo mundo 7
Os Fluminenses da Itália
Como prometido no primeiro post sobre o Fluminense pelo mundo, vou contar as histórias dos Fluminenses da Itália.
- O Flu de Livorno
Criado em 1999, o Fluminense de Livorno é um clube de cálcio 8, uma espécie de futebol com 8 jogadores em cada time. Os fundadores são italianos que tem em comum o fato de gostarem do Brasil e do Fluminense Football Club.
Por muito tempo o clube teve um site, que infelizmente está fora do ar. Acredito que muitos tiveram a oportunidade de ver. Na parte que contava a história do clube, tinha o seguinte trecho:
“Perché Fluminense? un nome tanto difficile da pronunciare (solo per il labbrone dell’Alascas), perché era il nome di una squadra brasiliana di calcio, brasiliana come la tecnica, l’estro e la fantasia (non solo sul campo ndr.) dei suoi giocatori primo fra tutti Sardegnoli, il giocatore con i capelli più estrosi del campionato. Il flu doveva essere prima di tutto una squadra tutta composta da atleti giovani, (senza la presenza delle cosiddette “chiocce”,che avrebbero potuto destabilizzare un’ ambiente improntato sulla linea verde) una squadra che avesse lo spirito combattivo e poi una squadra che potesse avere un futuro”.
O clube sempre disputa os campeonatos amadores da região. Recentemente, ganhou o Troféu Sandri-Chericoni, como pode ser visto no site http://www.circoloamatorilivornesi.it/albo_d Este ano ficaram em segundo lugar.
Vídeo de um jogo do time: http://br.youtube.com/watch?v=qbgTTLbz2GM
* Em breve, fotos do clube!
- O Flu de Occhiobello
A mais ou menos 300 km de Livorno existe um outro Fluminense. Em Occhiobello, na região italiana Veneto, o Gruppo Sportivo Fluminense é funciona como uma escola de futebol para meninos a partir dos 5 anos. Atualmente, o clube tem 140 jovens inscritos nas aulas de futebol.
Ao contrário do Flu de Livorno, a origem do nome é outra. O clube se chamava G.S.Occhiobellese, mas depois que mudaram uns diretores, resolveram trocar o nome. Escolheram Fluminense pelo significado da palavra (rio), já que Occhiobello fica perto do rio PO, o maior rio da Itália. Aliado a isso, o atual presidente tinha uma camisa tricolor do Flu. Aí decidiram que esse era o melhor nome.
O site também está fora do ar, eles disseram que estão sem tempo para colocar em funcionamento de novo. Entretanto, dá para acompanhar o clube por meio de sites da região, como esse: http://www.comune.occhiobello.ro.it/nqcontent.cfm?a_id=613&tt=occhiobello
Como prometido no primeiro post sobre o Fluminense pelo mundo, vou contar as histórias dos Fluminenses da Itália.
- O Flu de Livorno
Criado em 1999, o Fluminense de Livorno é um clube de cálcio 8, uma espécie de futebol com 8 jogadores em cada time. Os fundadores são italianos que tem em comum o fato de gostarem do Brasil e do Fluminense Football Club.
Por muito tempo o clube teve um site, que infelizmente está fora do ar. Acredito que muitos tiveram a oportunidade de ver. Na parte que contava a história do clube, tinha o seguinte trecho:
“Perché Fluminense? un nome tanto difficile da pronunciare (solo per il labbrone dell’Alascas), perché era il nome di una squadra brasiliana di calcio, brasiliana come la tecnica, l’estro e la fantasia (non solo sul campo ndr.) dei suoi giocatori primo fra tutti Sardegnoli, il giocatore con i capelli più estrosi del campionato. Il flu doveva essere prima di tutto una squadra tutta composta da atleti giovani, (senza la presenza delle cosiddette “chiocce”,che avrebbero potuto destabilizzare un’ ambiente improntato sulla linea verde) una squadra che avesse lo spirito combattivo e poi una squadra che potesse avere un futuro”.
O clube sempre disputa os campeonatos amadores da região. Recentemente, ganhou o Troféu Sandri-Chericoni, como pode ser visto no site http://www.circoloamatorilivornesi.it/albo_d Este ano ficaram em segundo lugar.
Vídeo de um jogo do time: http://br.youtube.com/watch?v=qbgTTLbz2GM
* Em breve, fotos do clube!
- O Flu de Occhiobello
A mais ou menos 300 km de Livorno existe um outro Fluminense. Em Occhiobello, na região italiana Veneto, o Gruppo Sportivo Fluminense é funciona como uma escola de futebol para meninos a partir dos 5 anos. Atualmente, o clube tem 140 jovens inscritos nas aulas de futebol.
Ao contrário do Flu de Livorno, a origem do nome é outra. O clube se chamava G.S.Occhiobellese, mas depois que mudaram uns diretores, resolveram trocar o nome. Escolheram Fluminense pelo significado da palavra (rio), já que Occhiobello fica perto do rio PO, o maior rio da Itália. Aliado a isso, o atual presidente tinha uma camisa tricolor do Flu. Aí decidiram que esse era o melhor nome.
O site também está fora do ar, eles disseram que estão sem tempo para colocar em funcionamento de novo. Entretanto, dá para acompanhar o clube por meio de sites da região, como esse: http://www.comune.occhiobello.ro.it/nqcontent.cfm?a_id=613&tt=occhiobello
domingo, 29 de junho de 2008
A Grande Noite do Ceguinho
"Amigos, na minha crônica de ontem, apresentei o único torcedor ceguinho do mundo. É Tricolor de não sei quantas encarnações. E não perde uma do Fluminense. Mete-se nas arquibancadas com a sua bengalinha branca. Torce, como ninguém, os 90 minutos. Discute impedimentos acusa pênaltis não marcados, é mais opinante do que ninguém. E quando aparece todos dizem "Olha o Ceguinho! Olha o Ceguinho!" E uma coisa eu digo: todos podem trair o Fluminense, menos o Ceguinho.
Pois bem. O meu artigo saiu ontem e vocês não imaginam: logo de manhã, choveram os telefonemas. Todos queriam saber "Como é? O Ceguinho não enxerga e vê?" Tive de explicar que há uma óptica do amor. Não existe nada mais límpido do que a visão do sentimento. Uma leitora insinuou a dúvida: "Não é triste um Ceguinho na torcida Tricolor?" Esclareci que não há ninguém mais alegre do que o Ceguinho do Fluminense.
A leitora fez espanto: "Alegre?" E eu, taxativo: "Alegre como o pardal da manhã" E esta, justamente a sensação que me dá o Ceguinho. Lembro-me de uma passagem de minha infância profunda. Certa manhã, ao acordar, olhei para a janela e lá estava, pulando no peitoril, um pardal. Era a alegia da vida em forma de passarinho.
Tanto falei da alegria do Ceguinho que, por fim, a leitora, se convenceu. Outro que, desde o primeiro momento, se interessou pelo comovente "pó-de-arroz" foi o Antônio Egídio, da publicidade do Jornal dos Sports. Quando cheguei na Redação ele veio me falar e com vibração. Repetia, de olho rútilo: "E o Ceguinho? E o Ceguinho?" Parecia-lhe que o Ceguinho era uma figura tão encantada quanto o Gravatinha.
Também o Antônio quis que eu contasse coisas sobre o Ceguinho.
Fiz-lhe a vontade. Disse ao Antônio que a alegria está ao alcance de qualquer um. O Ceguinho é feliz e por quê? Há príncipes, reis, rainhas, duques, potentados que ainda não descobriram a doçura da vida. Eis o que eu queria dizer: a felicidade do Ceguinho chama-se Fluminense. Com o Tricolor, sua vida passou a ter um sentido. Não sentiu mais nenhuma solidão. Foi como se, de repente, a sua treva se enchesse de estrelas.
Por isso, já disse e vivo repetindo que não há torcida como a do Fluminense. Temos tudo. Há Ministros na massa Tricolor; paus-de-arara; e grã-finas; e marias-cachuchas; e presidentes; e veterinários; e crioulões. Falei em "presidentes". Em 1919, quando decidimos com o Flamengo, lá estava, na Tribuna de Honra, Epitácio Pessoa, de fraque. Era Presidente e, ao lado de D. Guilhermina Guinle, viu o Tricolor golear o Rubro-Negro por 4 a 0. Se duvidarem, encontraremos um Mandarim, ou um esquimó, entre os que sonham com as nossas vitórias.
Mas faltava um Ceguinho. Por coincidência, sentei-me ao seu lado, no jogo Fluminense x Bonsucesso. E, quando o "pó-de-arroz" entrou em campo, o Ceguinho gritou: "Ademar está mais magro". Para a óptica generosa do seu amor, Ademar sempre estará mais magro. E quando acabou o jogo, o Ceguinho levantou-se. Vou repetir a imagem que usei acima. O Fluminense ganhara de 4 a 0. E a noite do Ceguinho encheu-se de estrelas".
(Nelson Rodrigues)
Pois bem. O meu artigo saiu ontem e vocês não imaginam: logo de manhã, choveram os telefonemas. Todos queriam saber "Como é? O Ceguinho não enxerga e vê?" Tive de explicar que há uma óptica do amor. Não existe nada mais límpido do que a visão do sentimento. Uma leitora insinuou a dúvida: "Não é triste um Ceguinho na torcida Tricolor?" Esclareci que não há ninguém mais alegre do que o Ceguinho do Fluminense.
A leitora fez espanto: "Alegre?" E eu, taxativo: "Alegre como o pardal da manhã" E esta, justamente a sensação que me dá o Ceguinho. Lembro-me de uma passagem de minha infância profunda. Certa manhã, ao acordar, olhei para a janela e lá estava, pulando no peitoril, um pardal. Era a alegia da vida em forma de passarinho.
Tanto falei da alegria do Ceguinho que, por fim, a leitora, se convenceu. Outro que, desde o primeiro momento, se interessou pelo comovente "pó-de-arroz" foi o Antônio Egídio, da publicidade do Jornal dos Sports. Quando cheguei na Redação ele veio me falar e com vibração. Repetia, de olho rútilo: "E o Ceguinho? E o Ceguinho?" Parecia-lhe que o Ceguinho era uma figura tão encantada quanto o Gravatinha.
Também o Antônio quis que eu contasse coisas sobre o Ceguinho.
Fiz-lhe a vontade. Disse ao Antônio que a alegria está ao alcance de qualquer um. O Ceguinho é feliz e por quê? Há príncipes, reis, rainhas, duques, potentados que ainda não descobriram a doçura da vida. Eis o que eu queria dizer: a felicidade do Ceguinho chama-se Fluminense. Com o Tricolor, sua vida passou a ter um sentido. Não sentiu mais nenhuma solidão. Foi como se, de repente, a sua treva se enchesse de estrelas.
Por isso, já disse e vivo repetindo que não há torcida como a do Fluminense. Temos tudo. Há Ministros na massa Tricolor; paus-de-arara; e grã-finas; e marias-cachuchas; e presidentes; e veterinários; e crioulões. Falei em "presidentes". Em 1919, quando decidimos com o Flamengo, lá estava, na Tribuna de Honra, Epitácio Pessoa, de fraque. Era Presidente e, ao lado de D. Guilhermina Guinle, viu o Tricolor golear o Rubro-Negro por 4 a 0. Se duvidarem, encontraremos um Mandarim, ou um esquimó, entre os que sonham com as nossas vitórias.
Mas faltava um Ceguinho. Por coincidência, sentei-me ao seu lado, no jogo Fluminense x Bonsucesso. E, quando o "pó-de-arroz" entrou em campo, o Ceguinho gritou: "Ademar está mais magro". Para a óptica generosa do seu amor, Ademar sempre estará mais magro. E quando acabou o jogo, o Ceguinho levantou-se. Vou repetir a imagem que usei acima. O Fluminense ganhara de 4 a 0. E a noite do Ceguinho encheu-se de estrelas".
(Nelson Rodrigues)
sábado, 28 de junho de 2008
Ser Fluminense
Menino, primeira vez pisando no Maraca
Eu vi o Escurinho dar o drible da vaca
E chegar veloz à linha de fundo,
Cruzando para o Valdo encantar o mundo.
E também a mim, jovem espectador,
que nascera, fanático torcedor,
Deste tradicional clube de três cores.
Que estará sempre entre os vencedores,
Desde os tempos de nossos ancestrais,
Das conquistas que vêm dos tempos de Batatais,
Pedro Amorim, Romeu, Tim, Russo e outros mais,
Das grandezas que contavam nossos pais;
Que desde Veludo, Pindaro, Orlando, Carlyle,
Com Didi nas Laranjeiras de dava baile!
Eu vi São Castilho com a sua leiteria
E a bola que bateu na trave e entraria
Eu vi Clovis, Edmilson, Robson, Jair Marinho,
Eu vi Altair dando um belo "carrinho".
Eu vi Pinheiro bater pênalti de bico,
Vi Evaldo, Joaquinzinho e até Pipico.
Eu vi Paulinho cobrar um escanteio,
P´ro Telê fazer um golaço de voleio.
Eu vi Maurinho pular mais alto que o goleiro,
E dar um golpe de testa, certeiro.
Eu vi Procópio, expulso, voltar a campo semi-nú,
Prá comemorar um gol com o Rei Zulu.
Eu vi Flávio fazer 3 no Palmeiras, no Morumbi,
E vi 4 no Santos, na Vila, com Manoel e Ubiraci.
Eu vi Samarone com toda sua ginga,
E o drible desconcertante do Cafuringa.
Eu vi aquele cruzamento do Oliveira,
Que encontrava o Mickey na banheira.
Eu vi Marco Antônio em linda jogada pessoal,
E vi Silveira isolar a bola na geral.
Eu vi nosso canhotinha Gerson, com a tricolor,
E muitos outros, que também jogaram com amor.
Eu vi a puxeta de calcanhar, tão bonita,
Do Carlos Alberto Torres, nosso "Capita".
Eu vi a máquina, dizia a gente: "É covardia!"
com "Rivelino, Paulo César & Cia.".
Máquina que vi dar um show em Paris,
Com a torcida de pé, pedindo bis.
Eu vi o Papel fazer uma defesa sensacional,
E o gol de malandragem do "gringo" Doval.
Eu vi Rivelino em genial jogada de xadrez,
desmoronar a defesa do "velho freguês".
Eu vi o gol olímpico de Paulo Cezar Cajú,
e os dois gols do Manfrini no Fla Flu.
Eu vi Rubens Gálaxie, Cléber e Pintinho,
A força de búfalo do Gil, a raça do Edinho.
Eu cantei "João de Deus" na arquibancada,
P´ra que ganhasse do Bangu, de virada,
Nosso time tricampeão, com tantos nomes:
Paulo Vitor, Aldo, Duílio, Ricardo Gomes.
Time desse quilate, ainda está por vir,
Seguro na defesa e no meio, com Jandir.
Time guerreiro, mas que jogava bonito,
A classe do Delei, a garra do Romerito.
Eu vi Washington e Assis, nosso casal 20,
Era um show, um assombro, um acinte:
Washington fez aquele golaço no Vasco,
E o Flamengo sucumbiu duas vezes ao Carrasco.
Ora Tato, ora Paulinho, atacando pelo flanco,
Com o sempre eficaz o apoio do Branco.
Eu vi inúmeros feitos do nosso tricolor,
Que da taça Olímpica é o detentor.
Eu vi a máquina, vi timinho, vi timaço,
vi gol de letra, gol chorado, vi golaço.
Eu vi gol de mão, Wilton que diga,
E vi gol de Renato com a barriga.
Irmãos tricolores: atenham-se aos fatos,
Somos nós os que temos mais campeonatos.
E também nós, o que temos mais vitórias,
Passado, presente e futuro de glórias.
Por séculos, milênios e vidas inteiras
Temos orgulho do clube das Laranjeiras.
E a alegria eterna de torcer
Pelo time que sempre vence,
E a dádiva divina de nascer,
viver e morrer Fluminense!
(Nelson Goyanna)
* Texto enviado pelos amigos Nane e Edson. Obrigada!
Eu vi o Escurinho dar o drible da vaca
E chegar veloz à linha de fundo,
Cruzando para o Valdo encantar o mundo.
E também a mim, jovem espectador,
que nascera, fanático torcedor,
Deste tradicional clube de três cores.
Que estará sempre entre os vencedores,
Desde os tempos de nossos ancestrais,
Das conquistas que vêm dos tempos de Batatais,
Pedro Amorim, Romeu, Tim, Russo e outros mais,
Das grandezas que contavam nossos pais;
Que desde Veludo, Pindaro, Orlando, Carlyle,
Com Didi nas Laranjeiras de dava baile!
Eu vi São Castilho com a sua leiteria
E a bola que bateu na trave e entraria
Eu vi Clovis, Edmilson, Robson, Jair Marinho,
Eu vi Altair dando um belo "carrinho".
Eu vi Pinheiro bater pênalti de bico,
Vi Evaldo, Joaquinzinho e até Pipico.
Eu vi Paulinho cobrar um escanteio,
P´ro Telê fazer um golaço de voleio.
Eu vi Maurinho pular mais alto que o goleiro,
E dar um golpe de testa, certeiro.
Eu vi Procópio, expulso, voltar a campo semi-nú,
Prá comemorar um gol com o Rei Zulu.
Eu vi Flávio fazer 3 no Palmeiras, no Morumbi,
E vi 4 no Santos, na Vila, com Manoel e Ubiraci.
Eu vi Samarone com toda sua ginga,
E o drible desconcertante do Cafuringa.
Eu vi aquele cruzamento do Oliveira,
Que encontrava o Mickey na banheira.
Eu vi Marco Antônio em linda jogada pessoal,
E vi Silveira isolar a bola na geral.
Eu vi nosso canhotinha Gerson, com a tricolor,
E muitos outros, que também jogaram com amor.
Eu vi a puxeta de calcanhar, tão bonita,
Do Carlos Alberto Torres, nosso "Capita".
Eu vi a máquina, dizia a gente: "É covardia!"
com "Rivelino, Paulo César & Cia.".
Máquina que vi dar um show em Paris,
Com a torcida de pé, pedindo bis.
Eu vi o Papel fazer uma defesa sensacional,
E o gol de malandragem do "gringo" Doval.
Eu vi Rivelino em genial jogada de xadrez,
desmoronar a defesa do "velho freguês".
Eu vi o gol olímpico de Paulo Cezar Cajú,
e os dois gols do Manfrini no Fla Flu.
Eu vi Rubens Gálaxie, Cléber e Pintinho,
A força de búfalo do Gil, a raça do Edinho.
Eu cantei "João de Deus" na arquibancada,
P´ra que ganhasse do Bangu, de virada,
Nosso time tricampeão, com tantos nomes:
Paulo Vitor, Aldo, Duílio, Ricardo Gomes.
Time desse quilate, ainda está por vir,
Seguro na defesa e no meio, com Jandir.
Time guerreiro, mas que jogava bonito,
A classe do Delei, a garra do Romerito.
Eu vi Washington e Assis, nosso casal 20,
Era um show, um assombro, um acinte:
Washington fez aquele golaço no Vasco,
E o Flamengo sucumbiu duas vezes ao Carrasco.
Ora Tato, ora Paulinho, atacando pelo flanco,
Com o sempre eficaz o apoio do Branco.
Eu vi inúmeros feitos do nosso tricolor,
Que da taça Olímpica é o detentor.
Eu vi a máquina, vi timinho, vi timaço,
vi gol de letra, gol chorado, vi golaço.
Eu vi gol de mão, Wilton que diga,
E vi gol de Renato com a barriga.
Irmãos tricolores: atenham-se aos fatos,
Somos nós os que temos mais campeonatos.
E também nós, o que temos mais vitórias,
Passado, presente e futuro de glórias.
Por séculos, milênios e vidas inteiras
Temos orgulho do clube das Laranjeiras.
E a alegria eterna de torcer
Pelo time que sempre vence,
E a dádiva divina de nascer,
viver e morrer Fluminense!
(Nelson Goyanna)
* Texto enviado pelos amigos Nane e Edson. Obrigada!
sexta-feira, 9 de maio de 2008
Festa No Céu
(Carlos Freitas, o Casoba - 21/07/2005)
Como fazia todos os anos, há vários anos, o locutor preparava-se para iniciar sua transmissão. Era para ele o grande dia, quando ele podia reviver seus tempos de maior glória. Ainda era cedo, mas mesmo assim ele já preparava seu microfone e sua garganta para narrar a partida de futebol, que seria o seu grande momento.
E ensaiava:
“Bom dia meus amigos eternos. Mais um 21 de julho. O dia está maravilhoso, como são todos os dias por aqui. Céu azul, sem nuvens. O céu do Céu é realmente celestial!”
Os Tricolores chegavam às dúzias e a festa prometia ser sensacional, como sempre. Ela acontecia há mais de 100 anos, mas a deste ano vinha sendo uma das mais esperadas. Afinal, o Fluminense voltara a ser campeão e havia muita gente nova.
O Anderson Costa era um dos novatos, mas era dos mais empolgados e participativos. Guerreiro, exatamente como sempre fora, nos seus tempos de SempreFlu. Chegara cedo e enfeitara todo o local com bandeiras, bolas e faixas. Ele e Tia Helena cumprimentaram-se efusivamente. Ela, com sua indefectível camisa da Fiel Tricolor, estava alegre, irradiando simpatia e emoção. "O Fluminense é o mais amado do universo", repetia.
Chegavam Tricolores de todas as partes. Famosos e anônimos. Pessoas de todas as épocas. Alguns haviam vivido o início do século XX e trajavam seus chapéus e ternos impecáveis. Outros, mais recentes, preferiam trajes esportivos e a camisa Tricolor.
O pessoal da música reuniu-se no bar. Numa parceria inusitada, dois amigos cantavam uma versão estilizada do hino Tricolor, que combinava samba e bossa nova, piano e violão. Quando terminaram, o aplauso foi geral.
- Ficou divino, Tom! Parabéns Cartola!
- Obrigado, Elis! – retrucou o sambista, com um sorriso que espelhava uma paz infinita.
- Obrigado, meu anjo! – respondeu o maestro - E você, não vai cantar?
- Daqui a pouco. Estou esperando o Bôscoli chegar. Ele vai trazer uma canção nova que acabou de compor: “Jovem Flu no Paraíso”.
- Eu já ouvi. É angelical! Todos os Tricolores precisam conhecê-la, assim na Terra como no Céu. Acho que deveríamos enviar a inspiração para alguém lá de baixo. Que acham? Que tal o Ivan?
- É uma boa idéia! Vamos pensar nisso.
Uma figura séria assistia à cena. Em seu canto, tímido, falando pouco, pensativo e sozinho, mas
atento a tudo. Pensava que mudaram as estações mas nada mudou no amor daquelas pessoas pelo Fluminense. O amor que ele conheceu em Brasília e sempre carregou consigo. “Quem um dia irá dizer que não existe razão pras coisas feitas pelo coração?”.
Em contrapartida, outra figura era falante e extrovertida. Oscar Cox era o mais festejado. Era ele o responsável maior por tudo aquilo. Todos vinham cumprimentá-lo, ao que ele respondia com um largo e orgulhoso sorriso.
As crianças faziam uma grande farra. Corriam em todas as direções. Cantavam canções da torcida, de várias fases do Fluminense. Algumas criaturas iluminadas foram convocadas para olhar por elas, apesar de que nada de mal poderia acontecer por ali, especialmente neste dia, em que a paz e a harmonia imperavam.
Próximo à piscina, um grupo discutia política. Figueiredo gabava-se de ser pé-quente, pois enquanto esteve no poder o Fluminense foi campeão várias vezes. Sérgio Porto nunca concordava com Figueiredo, mas aquele argumento era verdadeiro e ele teve que admitir que foi uma boa fase do clube. Barbosa Lima apenas sorriu e disse: "eu vivi os maiores momentos do Fluminense". Coelho Neto pouco intervinha, mas olhou ternamente para o amigo e profetizou: "os melhores momentos do Fluminense ainda estão por vir".
Nélson estava exaltado.
- Eu estava lá, Mário. Todos os Tricolores vivos e mortos estavam lá. Só lorpas e pascácios acreditavam que o Volta Redonda nos tiraria o título. Estava escrito há mais de 6 mil anos.
Mário Lago respondeu:
- Eu também estava lá, Nelson. Eu também estava. O Fluminense na verdade nunca deixou de
fazer parte das minhas preocupações existenciais.
Flávio Cavalcanti e Jota Silvestre analisavam a televisão e a música brasileira antiga e
contemporânea, mas foram interrompidos por uma enorme algazarra das crianças.
- Ele chegou! Ele chegou!
Ele vinha com o seu traje de sempre: camiseta do Flu, uma bolsa cheia de pó-de-arroz, fita Tricolor na cabeça e muita alegria. Jogava o pó nas crianças, uma a uma, e em quem mais se aproximasse.
- Careca! Careca! Careca! – gritava a criançada eufórica.
Ele olhava para todos com seu largo sorriso. Olhava as camisas, as bandeiras, os Tricolores de todas as épocas, de todos os 103 anos de luta e de glória. "Eu sempre pensei que se realmente existisse o Paraíso, ele seria assim!"
Ximbica estava ocupado. O futebol estava para começar e ele preparava com carinho o uniforme dos times. Os jogadores já se aglomeravam no campo e o locutor já estava a postos em sua cabine:
“Senhoras e senhores, tudo pronto para o início do espetáculo. Jogadores em campo, e agora vem vindo o juiz. Mas... o que é isso, minha gente? Esse juiz está vestido de uma forma muito...digamos, engraçada...”
Os jogadores riram muito com o uniforme do juiz.
- Ô, Lafond! Que roupa é essa?
Ele não se fazia de rogado:
- Vamos lá, vamos lá! Castilho para um lado, Batatais para o outro. Doval para um lado,
Cafuringa para o outro. Tião Macalé para um lado....
O futebol correu às mil maravilhas. As duas torcidas cantavam felizes as mesmas músicas. Todas exaltando a paixão infinita e inabalável pelo Fluminense. Findo o jogo, o presidente eterno entregou a taça para o time campeão e o troféu de artilheiro para Cafuringa, que marcou 4 gols.
- Obrigado, seu Xuarte. – agradeceu o atacante.
- Schwartz, filho. Schwartz.
Missão cumprida, o locutor encerrava sua transmissão.
“Está deserto o campo de jogo. Parabéns ao time campeão. Vamos encerrando nossa transmissão.
Aqui vos fala Oduvaldo Cozzi, seu criado, se despedindo dos amigos ouvintes, Tricolores de todo o univ....”
Parou, diante do grande êxtase que tomou conta do local. Largou o microfone, e foi se juntar aos demais companheiros Tricolores naquele momento sublime.
Ele vinha chegando.
As pessoas se levantavam emocionadas. Alguns aplaudiam. Alguns choravam. De repente, todos cantaram a canção querida, tantas vezes entoada por todos os Tricolores do Céu e da Terra. Aquela que exaltava a sua missão de paz e o quanto ele era bem-vindo. Naquele momento todos sentiram o espírito Tricolor inundado de felicidade e orgulho.
E ele vinha caminhando, com o passo firme e o sorriso largo. Acenava para a multidão e abençoava o povo que o amava. Sua batina era parecida com a que sempre usou em seus tempos terrenos.
Mas agora ela tinha as três cores.
Adivinhem quem era.
Como fazia todos os anos, há vários anos, o locutor preparava-se para iniciar sua transmissão. Era para ele o grande dia, quando ele podia reviver seus tempos de maior glória. Ainda era cedo, mas mesmo assim ele já preparava seu microfone e sua garganta para narrar a partida de futebol, que seria o seu grande momento.
E ensaiava:
“Bom dia meus amigos eternos. Mais um 21 de julho. O dia está maravilhoso, como são todos os dias por aqui. Céu azul, sem nuvens. O céu do Céu é realmente celestial!”
Os Tricolores chegavam às dúzias e a festa prometia ser sensacional, como sempre. Ela acontecia há mais de 100 anos, mas a deste ano vinha sendo uma das mais esperadas. Afinal, o Fluminense voltara a ser campeão e havia muita gente nova.
O Anderson Costa era um dos novatos, mas era dos mais empolgados e participativos. Guerreiro, exatamente como sempre fora, nos seus tempos de SempreFlu. Chegara cedo e enfeitara todo o local com bandeiras, bolas e faixas. Ele e Tia Helena cumprimentaram-se efusivamente. Ela, com sua indefectível camisa da Fiel Tricolor, estava alegre, irradiando simpatia e emoção. "O Fluminense é o mais amado do universo", repetia.
Chegavam Tricolores de todas as partes. Famosos e anônimos. Pessoas de todas as épocas. Alguns haviam vivido o início do século XX e trajavam seus chapéus e ternos impecáveis. Outros, mais recentes, preferiam trajes esportivos e a camisa Tricolor.
O pessoal da música reuniu-se no bar. Numa parceria inusitada, dois amigos cantavam uma versão estilizada do hino Tricolor, que combinava samba e bossa nova, piano e violão. Quando terminaram, o aplauso foi geral.
- Ficou divino, Tom! Parabéns Cartola!
- Obrigado, Elis! – retrucou o sambista, com um sorriso que espelhava uma paz infinita.
- Obrigado, meu anjo! – respondeu o maestro - E você, não vai cantar?
- Daqui a pouco. Estou esperando o Bôscoli chegar. Ele vai trazer uma canção nova que acabou de compor: “Jovem Flu no Paraíso”.
- Eu já ouvi. É angelical! Todos os Tricolores precisam conhecê-la, assim na Terra como no Céu. Acho que deveríamos enviar a inspiração para alguém lá de baixo. Que acham? Que tal o Ivan?
- É uma boa idéia! Vamos pensar nisso.
Uma figura séria assistia à cena. Em seu canto, tímido, falando pouco, pensativo e sozinho, mas
atento a tudo. Pensava que mudaram as estações mas nada mudou no amor daquelas pessoas pelo Fluminense. O amor que ele conheceu em Brasília e sempre carregou consigo. “Quem um dia irá dizer que não existe razão pras coisas feitas pelo coração?”.
Em contrapartida, outra figura era falante e extrovertida. Oscar Cox era o mais festejado. Era ele o responsável maior por tudo aquilo. Todos vinham cumprimentá-lo, ao que ele respondia com um largo e orgulhoso sorriso.
As crianças faziam uma grande farra. Corriam em todas as direções. Cantavam canções da torcida, de várias fases do Fluminense. Algumas criaturas iluminadas foram convocadas para olhar por elas, apesar de que nada de mal poderia acontecer por ali, especialmente neste dia, em que a paz e a harmonia imperavam.
Próximo à piscina, um grupo discutia política. Figueiredo gabava-se de ser pé-quente, pois enquanto esteve no poder o Fluminense foi campeão várias vezes. Sérgio Porto nunca concordava com Figueiredo, mas aquele argumento era verdadeiro e ele teve que admitir que foi uma boa fase do clube. Barbosa Lima apenas sorriu e disse: "eu vivi os maiores momentos do Fluminense". Coelho Neto pouco intervinha, mas olhou ternamente para o amigo e profetizou: "os melhores momentos do Fluminense ainda estão por vir".
Nélson estava exaltado.
- Eu estava lá, Mário. Todos os Tricolores vivos e mortos estavam lá. Só lorpas e pascácios acreditavam que o Volta Redonda nos tiraria o título. Estava escrito há mais de 6 mil anos.
Mário Lago respondeu:
- Eu também estava lá, Nelson. Eu também estava. O Fluminense na verdade nunca deixou de
fazer parte das minhas preocupações existenciais.
Flávio Cavalcanti e Jota Silvestre analisavam a televisão e a música brasileira antiga e
contemporânea, mas foram interrompidos por uma enorme algazarra das crianças.
- Ele chegou! Ele chegou!
Ele vinha com o seu traje de sempre: camiseta do Flu, uma bolsa cheia de pó-de-arroz, fita Tricolor na cabeça e muita alegria. Jogava o pó nas crianças, uma a uma, e em quem mais se aproximasse.
- Careca! Careca! Careca! – gritava a criançada eufórica.
Ele olhava para todos com seu largo sorriso. Olhava as camisas, as bandeiras, os Tricolores de todas as épocas, de todos os 103 anos de luta e de glória. "Eu sempre pensei que se realmente existisse o Paraíso, ele seria assim!"
Ximbica estava ocupado. O futebol estava para começar e ele preparava com carinho o uniforme dos times. Os jogadores já se aglomeravam no campo e o locutor já estava a postos em sua cabine:
“Senhoras e senhores, tudo pronto para o início do espetáculo. Jogadores em campo, e agora vem vindo o juiz. Mas... o que é isso, minha gente? Esse juiz está vestido de uma forma muito...digamos, engraçada...”
Os jogadores riram muito com o uniforme do juiz.
- Ô, Lafond! Que roupa é essa?
Ele não se fazia de rogado:
- Vamos lá, vamos lá! Castilho para um lado, Batatais para o outro. Doval para um lado,
Cafuringa para o outro. Tião Macalé para um lado....
O futebol correu às mil maravilhas. As duas torcidas cantavam felizes as mesmas músicas. Todas exaltando a paixão infinita e inabalável pelo Fluminense. Findo o jogo, o presidente eterno entregou a taça para o time campeão e o troféu de artilheiro para Cafuringa, que marcou 4 gols.
- Obrigado, seu Xuarte. – agradeceu o atacante.
- Schwartz, filho. Schwartz.
Missão cumprida, o locutor encerrava sua transmissão.
“Está deserto o campo de jogo. Parabéns ao time campeão. Vamos encerrando nossa transmissão.
Aqui vos fala Oduvaldo Cozzi, seu criado, se despedindo dos amigos ouvintes, Tricolores de todo o univ....”
Parou, diante do grande êxtase que tomou conta do local. Largou o microfone, e foi se juntar aos demais companheiros Tricolores naquele momento sublime.
Ele vinha chegando.
As pessoas se levantavam emocionadas. Alguns aplaudiam. Alguns choravam. De repente, todos cantaram a canção querida, tantas vezes entoada por todos os Tricolores do Céu e da Terra. Aquela que exaltava a sua missão de paz e o quanto ele era bem-vindo. Naquele momento todos sentiram o espírito Tricolor inundado de felicidade e orgulho.
E ele vinha caminhando, com o passo firme e o sorriso largo. Acenava para a multidão e abençoava o povo que o amava. Sua batina era parecida com a que sempre usou em seus tempos terrenos.
Mas agora ela tinha as três cores.
Adivinhem quem era.
sábado, 19 de abril de 2008
Fanatismo traduzido em palavras
Eu não tenho conhecimento de algum outro torcedor tão fanático e que tenha escrito tanto sobre o clube amado como o Nelson Rodrigues sobre o Fluminense.
"A Grande Guerra seria apenas a paisagem, apenas o fundo das nossas botinadas. Enquanto morria um mundo e começava outro, eu só via o Fluminense".
"Eu vos digo que o melhor time é o Fluminense. E podem me dizer que os fatos provam o contrário, que eu vos respondo: pior para os fatos"
"Se quer saber o futuro do Fluminense, olhe para o seu passado. A história tricolor traduz a predestinação para a glória".
“O Fluminense nasceu com a vocação da eternidade. Tudo pode passar, só o Tricolor não passará jamais. Quem diz é o óbvio ululante”.
“Sou tricolor. Sempre fui tricolor. Eu já diria que era Fluminense em vidas passadas. Antes, muito antes, da presente encarnação”.
"Só existe um Tricolor, os demais são times de três cores".
"Nas situações de rotina, um `pó-de-arroz' pode ficar em casa abanando-se com a Revista do Rádio. Mas quando o Fluminense precisa de número, acontece o suave milagre: os tricolores vivos, doentes e mortos aparecem. Os vivos saem de suas casas, os doentes de suas camas e os mortos de suas tumbas".
"A Grande Guerra seria apenas a paisagem, apenas o fundo das nossas botinadas. Enquanto morria um mundo e começava outro, eu só via o Fluminense".
"Eu vos digo que o melhor time é o Fluminense. E podem me dizer que os fatos provam o contrário, que eu vos respondo: pior para os fatos"
"Se quer saber o futuro do Fluminense, olhe para o seu passado. A história tricolor traduz a predestinação para a glória".
“O Fluminense nasceu com a vocação da eternidade. Tudo pode passar, só o Tricolor não passará jamais. Quem diz é o óbvio ululante”.
“Sou tricolor. Sempre fui tricolor. Eu já diria que era Fluminense em vidas passadas. Antes, muito antes, da presente encarnação”.
"Só existe um Tricolor, os demais são times de três cores".
"Nas situações de rotina, um `pó-de-arroz' pode ficar em casa abanando-se com a Revista do Rádio. Mas quando o Fluminense precisa de número, acontece o suave milagre: os tricolores vivos, doentes e mortos aparecem. Os vivos saem de suas casas, os doentes de suas camas e os mortos de suas tumbas".
segunda-feira, 17 de março de 2008
Frases
"Esqueça os fatos, a razão, a lógica.O Fluminense desafia todos eles e vence.Essas coisas não combinam com o Tricolor,ele está acima disso,é uma questão mais de amor, paixão, tradição,coragem, esperança, superação e acima de tudo, emoção.Fluminense? Não se explica...." (Júnior Costa)
"Grandes são os outros, o Fluminense é enorme."
(Revista Lance! 2005 - Série Grandes Clubes)
"O Fluminense independe de conquistas, o Fluminense está entre o ser e o devir, o Fluminense é o ser. É Fluminense e basta”. (Sidney Garambone)
"O Fluminense não nasceu para ser unanimidade nem massa de manobra do interesse demagógico das elites opressoras. O Fluminense nasceu para atravessar a harmonia do bloco dos contentes. Nasceu para incomodar o senso comum. Essa é a nossa sina". (Autor desconhecido)
* Se alguém souber o autor da frase acima, favor informar.
"Grandes são os outros, o Fluminense é enorme."
(Revista Lance! 2005 - Série Grandes Clubes)
"O Fluminense independe de conquistas, o Fluminense está entre o ser e o devir, o Fluminense é o ser. É Fluminense e basta”. (Sidney Garambone)
"O Fluminense não nasceu para ser unanimidade nem massa de manobra do interesse demagógico das elites opressoras. O Fluminense nasceu para atravessar a harmonia do bloco dos contentes. Nasceu para incomodar o senso comum. Essa é a nossa sina". (Autor desconhecido)
* Se alguém souber o autor da frase acima, favor informar.
quinta-feira, 13 de março de 2008
O Fluminense somos nós
"O nosso Fluminense, em sua essência, em sua história e tradição, não tem nada a ver com o que temos visto.
O Fluminense é sua torcida.
Foi ela quem segurou a barra nos anos negros.
Foi ela quem apoiou o clube nos piores momentos, lotando os estádios em divisões inferiores.
O nosso Fluminense não é este Fluminense de desmandos administrativos, de salários atrasados, de dívidas impagáveis.
O nosso Fluminense não é o paraíso dos empresários, das vendas absurdas de promissoras revelações e das incríveis compras de jogadores que não somam.
O nosso Fluminense não é o que apóia ações estranhas, ao lado de Eurico e do falecido Caixa D'Água.
Não fomos nós que abrimos champanhe para comemorar viradas de mesa.
Somos o Fluminense campeão.
Somos o Fluminense vencedor.
Somos Manfrini, somos Rivellino, somos Paulo César Lima, somos Romerito, somos Assis, somos Deley, somos Branco, somos Parreira.
Somos o Fluminense de Telê.
Somos o Fluminense de Castilho.
Somos a torcida que fez a mais bela homenagem a João Paulo II em pleno dia de Fla-Flu decisivo. Estamos a postos para apoiar neste momento difícil, porque são o clube e sua história que estão em risco.
Não os que hoje o dirigem.
Estes vão passar e serão esquecidos.
O nosso Fluminense não tem nada a ver com eles.
Desmandos, atrasos, locupletação... O Fluminense não é nada disso.
O Fluminense somos nós."
( Manifesto escrito pela Sampa Flu em 2006)
O Fluminense é sua torcida.
Foi ela quem segurou a barra nos anos negros.
Foi ela quem apoiou o clube nos piores momentos, lotando os estádios em divisões inferiores.
O nosso Fluminense não é este Fluminense de desmandos administrativos, de salários atrasados, de dívidas impagáveis.
O nosso Fluminense não é o paraíso dos empresários, das vendas absurdas de promissoras revelações e das incríveis compras de jogadores que não somam.
O nosso Fluminense não é o que apóia ações estranhas, ao lado de Eurico e do falecido Caixa D'Água.
Não fomos nós que abrimos champanhe para comemorar viradas de mesa.
Somos o Fluminense campeão.
Somos o Fluminense vencedor.
Somos Manfrini, somos Rivellino, somos Paulo César Lima, somos Romerito, somos Assis, somos Deley, somos Branco, somos Parreira.
Somos o Fluminense de Telê.
Somos o Fluminense de Castilho.
Somos a torcida que fez a mais bela homenagem a João Paulo II em pleno dia de Fla-Flu decisivo. Estamos a postos para apoiar neste momento difícil, porque são o clube e sua história que estão em risco.
Não os que hoje o dirigem.
Estes vão passar e serão esquecidos.
O nosso Fluminense não tem nada a ver com eles.
Desmandos, atrasos, locupletação... O Fluminense não é nada disso.
O Fluminense somos nós."
( Manifesto escrito pela Sampa Flu em 2006)
domingo, 2 de março de 2008
Depoimentos de tricolores no ano do centenário 2
Evandro Mesquita
Cantor e tricolor
‘Ser Fluminense é ser a favor do craque’
“O Tricolor tem aquele toque de classe, o respeito à tradição e a tudo o que o Fluminense representa no futebol brasileiro. E é muito alegre ser parte desta torcida, sentir-se cúmplice dela nas ruas. A torcida do Fluminense não é aquela coisa superpopular. Mas é composta de pessoas interessantes, esta é a diferença. Sou tricolor por causa de meu pai, apesar de ter tios rubro-negros e alvinegros. Como esquecer a época maravilhosa da Máquina Tricolor? Nunca vou esquecer um amistoso no Maracanã, contra o Bayern de Munique. Naquele dia, Cafuringa encarnou Garrincha. Mário Sérgio e Rivelino estavam fazendo mágica em campo. O Fluminense deu olé em Beckenbauer. Ser Fluminense é ser guerreiro para enfrentar as horas difíceis, é ser a favor da paz, da alegria, do craque e da bola na rede.”
PEDRO MALAN
Ministro da Fazenda e tricolor
'Como é eterno o Fluminense'
“Sou tricolor de coração. Torcer há décadas pelo Fluminense é, como dizia Nelson Rodrigues, sentir-se partícipe de um drama shakespeareano. Momentos de dúvidas que fariam corar a um Hamlet, situações de euforia que fariam um Falstaff parecer um tímido introvertido, momentos heróicos em que o time parece comportar-se como o vitorioso exército inglês em Agincourt após ouvir o apelo magnífico de Henrique V às suas tropas antes da batalha. Shakespeare reencarnado no Rio de Janeiro do Século XX, penso como Nelson Rodrigues, seria um inevitável tricolor.Lembro-me da primeira vez em que fui ao Maracanã para ver o Fluminense jogar, no início dos anos 50: Castilho, Píndaro e Pinheiro... Nomes que Shakespeare não hesitaria
em utilizar em sua obra eterna. Como é eterno o Fluminense. Cem anos de História –comemorados com mais um título no Centenário desse time tantas vezes campeão. Cem anos marcados por alguns momentos mais difíceis, que tiveram, entretanto, o efeito de fazer o time ressurgir não das cinzas como Fênix, porque nunca se deixou transformar em cinzas. Na verdade, o Fluminense gerou imitadores de todo tipo: todos gostariam de ter a história e a tradição do Fluminense. Afinal, o que é o Flamengo senão uma dissidência futebolística do tricolor, em busca das mesmas glórias? O que é o Botafogo senão o primo-irmão cujo torcedor apenas não ousa dizer de público que seu outro time de coração é o Fluminense? O que é o Vasco da Gama, senão uma tentativa razoavelmente bem sucedida de combinar o Fluminense e o Benfica? O que é o São Paulo, senão um tricolor apaulistado? E todos os times tricolores do país e do mundo que se inspiraram na bandeira do glorioso time das Laranjeiras? Paremos por aqui. Não se deve humilhar adversários com a força de nossas tradições. Que sinalizam mais 100 anos de vitórias. ”
Tony Platão
Cantor e tricolor
'O que não me mata só me fortalece'
“A frase é de Nietzsche: "o que não me mata só me fortalece". Então, o Fluminense é "nietzschiano". Foi parar na Terceira Divisão, não morreu e se fortaleceu. A torcida se mostrou ainda mais fiel.Comecei a ir ao Maracanã com seis anos. Antes disso, não me lembro de nada. O Fluminense é minha primeira referência afetiva. Está acima de nomes. Flamengo é Zico, Botafogo é Garrincha, mas Fluminense é Fluminense.Perco o sono, a fome, não sei me desligar do clube. Em 84, estava cantando com o Hojerizah numa boate, na hora da final com o Flamengo. Tentei adiar o show, em vão. O cara da iluminação era tricolor e ficou na coxia me passando o resultado. Saímos do palco e a platéia, lotada, pedia bis. Estava 1 a 0, faltava pouco. Peguei o rádio, resisti à pressão da banda e só voltei com o Fluminense campeão.”
Fernanda Montenegro
Atriz e tricolor
'Beleza, sofisticação e muito charme'
“Sempre me defini como uma torcedora light. Mas o Fluminense foi, para mim, uma questão de simpatia. Acho que este tipo de coisa não se explica. Veio na juventude e ficou. O Fluminense tem alguns traços característicos: a sede bonita e sofisticada, a freqüência elitizada, o charme. Mas quando o time entra em campo, é a hora da garra, da força. Freqüentei jogos nas Laranjeiras entre os 15 e 18 anos. Os traços do clube combinam com o perfil do torcedor. O botafoguense é o intelectual sofrido. Já o torcedor do Fluminense tem a marca do fair play e da perseverança. Os rebaixamentos foram uma humilhação na alma tricolor. Mas o torcedor tricolor soube esperar sua hora. Agora voltamos a vencer. As vitórias me alegram.”
Bibi Ferreira
Atriz, diretora e tricolor
'O meu Fluminense pertence a mim’
Não digo "o Fluminense". É o "meu Fluminense". Nunca vi o clube como propriedade dos torcedores, de associados. Desde jovem, achava que o clube pertencia a mim, morava no meu coração.Na infância, meu tio me levava aos jogos. Depois, tive uma amiga, Helena, que namorava o Tim. Nós saímos com ele. Tim era uma referência em nossas vidas, um ídolo.Freqüentava bailes, carnaval na sede. Não abandonei nem nas fases ruins. Amo o meu clube. Era uma torcedora entusiasmada. Nos gols, gritava "meu Fluminense!". Era do bem ser tricolor. Um clube bonito, alinhado. Eu ia aos jogos com uma encharpe tricolor, combinava saia e camisa nas cores do clube. O Fluminense é elegante.
Cantor e tricolor
‘Ser Fluminense é ser a favor do craque’
“O Tricolor tem aquele toque de classe, o respeito à tradição e a tudo o que o Fluminense representa no futebol brasileiro. E é muito alegre ser parte desta torcida, sentir-se cúmplice dela nas ruas. A torcida do Fluminense não é aquela coisa superpopular. Mas é composta de pessoas interessantes, esta é a diferença. Sou tricolor por causa de meu pai, apesar de ter tios rubro-negros e alvinegros. Como esquecer a época maravilhosa da Máquina Tricolor? Nunca vou esquecer um amistoso no Maracanã, contra o Bayern de Munique. Naquele dia, Cafuringa encarnou Garrincha. Mário Sérgio e Rivelino estavam fazendo mágica em campo. O Fluminense deu olé em Beckenbauer. Ser Fluminense é ser guerreiro para enfrentar as horas difíceis, é ser a favor da paz, da alegria, do craque e da bola na rede.”
PEDRO MALAN
Ministro da Fazenda e tricolor
'Como é eterno o Fluminense'
“Sou tricolor de coração. Torcer há décadas pelo Fluminense é, como dizia Nelson Rodrigues, sentir-se partícipe de um drama shakespeareano. Momentos de dúvidas que fariam corar a um Hamlet, situações de euforia que fariam um Falstaff parecer um tímido introvertido, momentos heróicos em que o time parece comportar-se como o vitorioso exército inglês em Agincourt após ouvir o apelo magnífico de Henrique V às suas tropas antes da batalha. Shakespeare reencarnado no Rio de Janeiro do Século XX, penso como Nelson Rodrigues, seria um inevitável tricolor.Lembro-me da primeira vez em que fui ao Maracanã para ver o Fluminense jogar, no início dos anos 50: Castilho, Píndaro e Pinheiro... Nomes que Shakespeare não hesitaria
em utilizar em sua obra eterna. Como é eterno o Fluminense. Cem anos de História –comemorados com mais um título no Centenário desse time tantas vezes campeão. Cem anos marcados por alguns momentos mais difíceis, que tiveram, entretanto, o efeito de fazer o time ressurgir não das cinzas como Fênix, porque nunca se deixou transformar em cinzas. Na verdade, o Fluminense gerou imitadores de todo tipo: todos gostariam de ter a história e a tradição do Fluminense. Afinal, o que é o Flamengo senão uma dissidência futebolística do tricolor, em busca das mesmas glórias? O que é o Botafogo senão o primo-irmão cujo torcedor apenas não ousa dizer de público que seu outro time de coração é o Fluminense? O que é o Vasco da Gama, senão uma tentativa razoavelmente bem sucedida de combinar o Fluminense e o Benfica? O que é o São Paulo, senão um tricolor apaulistado? E todos os times tricolores do país e do mundo que se inspiraram na bandeira do glorioso time das Laranjeiras? Paremos por aqui. Não se deve humilhar adversários com a força de nossas tradições. Que sinalizam mais 100 anos de vitórias. ”
Tony Platão
Cantor e tricolor
'O que não me mata só me fortalece'
“A frase é de Nietzsche: "o que não me mata só me fortalece". Então, o Fluminense é "nietzschiano". Foi parar na Terceira Divisão, não morreu e se fortaleceu. A torcida se mostrou ainda mais fiel.Comecei a ir ao Maracanã com seis anos. Antes disso, não me lembro de nada. O Fluminense é minha primeira referência afetiva. Está acima de nomes. Flamengo é Zico, Botafogo é Garrincha, mas Fluminense é Fluminense.Perco o sono, a fome, não sei me desligar do clube. Em 84, estava cantando com o Hojerizah numa boate, na hora da final com o Flamengo. Tentei adiar o show, em vão. O cara da iluminação era tricolor e ficou na coxia me passando o resultado. Saímos do palco e a platéia, lotada, pedia bis. Estava 1 a 0, faltava pouco. Peguei o rádio, resisti à pressão da banda e só voltei com o Fluminense campeão.”
Fernanda Montenegro
Atriz e tricolor
'Beleza, sofisticação e muito charme'
“Sempre me defini como uma torcedora light. Mas o Fluminense foi, para mim, uma questão de simpatia. Acho que este tipo de coisa não se explica. Veio na juventude e ficou. O Fluminense tem alguns traços característicos: a sede bonita e sofisticada, a freqüência elitizada, o charme. Mas quando o time entra em campo, é a hora da garra, da força. Freqüentei jogos nas Laranjeiras entre os 15 e 18 anos. Os traços do clube combinam com o perfil do torcedor. O botafoguense é o intelectual sofrido. Já o torcedor do Fluminense tem a marca do fair play e da perseverança. Os rebaixamentos foram uma humilhação na alma tricolor. Mas o torcedor tricolor soube esperar sua hora. Agora voltamos a vencer. As vitórias me alegram.”
Bibi Ferreira
Atriz, diretora e tricolor
'O meu Fluminense pertence a mim’
Não digo "o Fluminense". É o "meu Fluminense". Nunca vi o clube como propriedade dos torcedores, de associados. Desde jovem, achava que o clube pertencia a mim, morava no meu coração.Na infância, meu tio me levava aos jogos. Depois, tive uma amiga, Helena, que namorava o Tim. Nós saímos com ele. Tim era uma referência em nossas vidas, um ídolo.Freqüentava bailes, carnaval na sede. Não abandonei nem nas fases ruins. Amo o meu clube. Era uma torcedora entusiasmada. Nos gols, gritava "meu Fluminense!". Era do bem ser tricolor. Um clube bonito, alinhado. Eu ia aos jogos com uma encharpe tricolor, combinava saia e camisa nas cores do clube. O Fluminense é elegante.
Depoimentos de tricolores no ano do centenário
Em homenagem ao centenário do Fluminense, o jornal Lance! reuniu uma série de depoimentos de tricolores ilustres.
CHACAL
Poeta, produtor de eventos e tricolor
'Sou tricolor desde antes de nascer'
“Visto a camisa e o gorro tricolor para escrever essas linhas. Assoviando o hino, digo que sou tricolor antes de nascer... Ser tricolor para mim, é mais que uma opção. É um presente do destino, um estilo de vida elegante. Não a elegância que a grana ou a posição social possam trazer, mas a nobreza que vem da arte de viver a vida se sabendo tricolor, sabendo que o vermelho e o verde das três cores o permitem viver em profundidade, como se olhasse através de um óculos em 3D e o branco lhe trouxesse a paz de saber viver a vida como ela é: tricolor da cabeça aos pés. Ave Nelson !!! Salve, salve meu Flu centurião!!!!!!!”
Noca da Portela
Compositor de sambas e tricolor
‘Ainda me emociono quando vejo o Flu’
“Eu tenho o maior orgulho de dizer que sou tricolor. Sou como o saudoso Mário Lago, tricolor e comunista, e faço questão de mostrar isso. Aliás, o mundo do samba é cheio de tricolores. Paulo da Portela e Cartola eram tricolores de faltar ao samba para ver o Flu. E, graças a Deus, posso dizer que sou um homem feliz. Meu pai, flamenguista, me levou pela primeira vez a um Fla-Flu, em 1938, nas Laranjeiras. Metemos três ou quatro neles (foi 3 a 0) e de lá pra cá só comemoro. Cansei de ver Castilho jogar, a Máquina e a turma do Casal 20 então, nem se fala. Era ir para o Maraca com a certeza da vitória. Eu até hoje me emociono quando vejo o Fluminense joga”
FAUSTO FAWCETT
Cantor, compositor, escritor e tricolor
'Cada jogo, um espetáculo à parte'
“Cada jogo do Fluminense é um espetáculo à parte que, me desculpe Leonardo da Vinci, nem a Mona Lisa consegue chegar aos pés da grandiosidade dessa obras de arte. Torcer para o Fluminense é poder ter um sentimento de eternidade que só os Césares e Augustos podiam experimentar – e que nós, tricolores, estamos saboreando especialmente nesta data.”
Ivan Lins
Cantor e Tricolor
'O mais carioca dos clubes cariocas'
“Eu tinha sete anos, morava de frente para a Praia de Icaraí. Não tinha time e no meu prédio só tinha tricolor. Mas havia um menino mais velho, irmão do namorado da minha irmã, que batia nos mais novos, fez pressão e me fez ser Vasco. Ele roubava minha pipa, minhas bolinhas de gude. Ninguém me defendia, era "briga de vascaínos". E no colégio ainda me diziam que eu era Fluminense, pois morava no Estado do Rio. Cansei. Um dia, cheguei ao colégio e perguntei: "Posso virar Fluminense?" Fui carregado nos ombros e ouvi a frase do alívio. "Agora, aquele menino nunca mais te encosta a mão". Eu me senti protegido, aprendi a adorar o Fluminense. Criei imagem de que ser Fluminense é morar de frente para a praia, a imagem de que todo mundo é Fluminense. Para mim, é o clube mais carioca. Minha identificação é total. Penso na bandeira do Rio, me vêm à cabeça o encarnado, o verde e o branco. Tenho até muita simpatia pelo Flamengo, só criei bronca do Vasco. Nas vitórias, fico impossível. "Vão ter que me engolir", grito. E nos últimos anos, cada vitória tem tido um gosto mais especial. Afinal, elas têm sido escassas. Mas cada alegria que o Fluminense me dá é inesquecível. Em 84, Assis fez o gol do título em cima do Flamengo. Eu estava na cabine da TV Bandeirantes. Quem tem a gravação do jogo ouve um berro logo após o grito do locutor. Sou eu, pulando feito louco na cabine. Hoje, estarei no Salão Nobre do Fluminense mostrando o show "Jobiniando". Tom Jobim era a cara do Rio, como o Fluminense. Tem tudo a ver com a minha visão do que é o Tricolor. Vou cantar de graça, é claro. Cem anos não se faz todo dia. Através da minha arte, vou presentear meu clube.”
Vitral de Almeida
Marquês das Laranjeiras
‘O futebol brasileiro começa pelo Fluzão’
Tricolores do céu e terra! Gostei da idéia do LANCE de presentear a todos com a verdadeira história do futebol brasileiro. Sim, porque falar do Centenário Tricolor é o mesmo que falar do Brasil, pois o Fluzão sempre foi o pioneiro em tudo. Fomos os primeiros campeões cariocas. Aliás, somos os primeiros tetracampeões. Fomos o primeiro time carioca a ganhar o Rio-São Paulo (único invicto até hoje). Campeonato Brasileiro? Ganhamos em 70 e no ano seguinte mudaram de nome. Também saímos na frente. Campeão Mundial? No Rio, Só o Flu. Quem é alfabetizado sabe que o bacalhau é vice e o urubu só ganhou um amistoso, nada reconhecido pela Fifa. Temos também a Taça Olímpica. Alguém no Brasil tem? Óbvio que não. Como diria Nélson Rodrigues, quando freqüentava a minha casa:"E Laranjeiras, não se dá um passo sem tropeçar numa glória.”
Arthur Moreira Lima
Pianista e tricolor
‘O Fluminense para mim é uma catarse’
"Torço pela Seleção, mas com o Fluminense é diferente. É uma catarse, como se o time defendesse meus ideais. Em 1968, eu morava em Moscou. Sempre que ligava para o Brasil, para falar com minha mãe, havia um cara do SNI fazendo escuta de minhas ligações. Perguntei por cada membro da família. Quando perguntei como estava o Fluminense, surgiu uma voz: "Está uma porcaria, esse meio-campo não joga nada". Naquele momento, o agente deixou de ser agente e foi Fluminense. É o estado de espírito. Meu amigo maestro Laércio de Freitas costuma dizer, após suas apresentações: "Toquei SON: somente o necessário". O Fluminense joga SON. Não dá de cinco ou seis sem necessidade. Por mais que já tenha feito todo tipo de apresentação, vivi uma emoção diferente em 84. A TV Globo colocou um piano no Aterro, na véspera da decisão com o Flamengo, para que eu tocasse o hino do Flu. Fui de terno branco, com a camisa tricolor por baixo. Assim que terminei, corri para a câmera e gritei: "Nense!", de forma alucinada. No Brasileiro, na semifinal contra o Corinthians, apostei com Toquinho. Ou ele rasparia o bigode ou eu rasparia o cabelo. Até Sócrates brincou comigo, dizendo que a Fiel me esperava em São Paulo. Nós ganhamos. Em toda minha vida, jamais conheci outro time que não fosse o Fluminense. ”
CHACAL
Poeta, produtor de eventos e tricolor
'Sou tricolor desde antes de nascer'
“Visto a camisa e o gorro tricolor para escrever essas linhas. Assoviando o hino, digo que sou tricolor antes de nascer... Ser tricolor para mim, é mais que uma opção. É um presente do destino, um estilo de vida elegante. Não a elegância que a grana ou a posição social possam trazer, mas a nobreza que vem da arte de viver a vida se sabendo tricolor, sabendo que o vermelho e o verde das três cores o permitem viver em profundidade, como se olhasse através de um óculos em 3D e o branco lhe trouxesse a paz de saber viver a vida como ela é: tricolor da cabeça aos pés. Ave Nelson !!! Salve, salve meu Flu centurião!!!!!!!”
Noca da Portela
Compositor de sambas e tricolor
‘Ainda me emociono quando vejo o Flu’
“Eu tenho o maior orgulho de dizer que sou tricolor. Sou como o saudoso Mário Lago, tricolor e comunista, e faço questão de mostrar isso. Aliás, o mundo do samba é cheio de tricolores. Paulo da Portela e Cartola eram tricolores de faltar ao samba para ver o Flu. E, graças a Deus, posso dizer que sou um homem feliz. Meu pai, flamenguista, me levou pela primeira vez a um Fla-Flu, em 1938, nas Laranjeiras. Metemos três ou quatro neles (foi 3 a 0) e de lá pra cá só comemoro. Cansei de ver Castilho jogar, a Máquina e a turma do Casal 20 então, nem se fala. Era ir para o Maraca com a certeza da vitória. Eu até hoje me emociono quando vejo o Fluminense joga”
FAUSTO FAWCETT
Cantor, compositor, escritor e tricolor
'Cada jogo, um espetáculo à parte'
“Cada jogo do Fluminense é um espetáculo à parte que, me desculpe Leonardo da Vinci, nem a Mona Lisa consegue chegar aos pés da grandiosidade dessa obras de arte. Torcer para o Fluminense é poder ter um sentimento de eternidade que só os Césares e Augustos podiam experimentar – e que nós, tricolores, estamos saboreando especialmente nesta data.”
Ivan Lins
Cantor e Tricolor
'O mais carioca dos clubes cariocas'
“Eu tinha sete anos, morava de frente para a Praia de Icaraí. Não tinha time e no meu prédio só tinha tricolor. Mas havia um menino mais velho, irmão do namorado da minha irmã, que batia nos mais novos, fez pressão e me fez ser Vasco. Ele roubava minha pipa, minhas bolinhas de gude. Ninguém me defendia, era "briga de vascaínos". E no colégio ainda me diziam que eu era Fluminense, pois morava no Estado do Rio. Cansei. Um dia, cheguei ao colégio e perguntei: "Posso virar Fluminense?" Fui carregado nos ombros e ouvi a frase do alívio. "Agora, aquele menino nunca mais te encosta a mão". Eu me senti protegido, aprendi a adorar o Fluminense. Criei imagem de que ser Fluminense é morar de frente para a praia, a imagem de que todo mundo é Fluminense. Para mim, é o clube mais carioca. Minha identificação é total. Penso na bandeira do Rio, me vêm à cabeça o encarnado, o verde e o branco. Tenho até muita simpatia pelo Flamengo, só criei bronca do Vasco. Nas vitórias, fico impossível. "Vão ter que me engolir", grito. E nos últimos anos, cada vitória tem tido um gosto mais especial. Afinal, elas têm sido escassas. Mas cada alegria que o Fluminense me dá é inesquecível. Em 84, Assis fez o gol do título em cima do Flamengo. Eu estava na cabine da TV Bandeirantes. Quem tem a gravação do jogo ouve um berro logo após o grito do locutor. Sou eu, pulando feito louco na cabine. Hoje, estarei no Salão Nobre do Fluminense mostrando o show "Jobiniando". Tom Jobim era a cara do Rio, como o Fluminense. Tem tudo a ver com a minha visão do que é o Tricolor. Vou cantar de graça, é claro. Cem anos não se faz todo dia. Através da minha arte, vou presentear meu clube.”
Vitral de Almeida
Marquês das Laranjeiras
‘O futebol brasileiro começa pelo Fluzão’
Tricolores do céu e terra! Gostei da idéia do LANCE de presentear a todos com a verdadeira história do futebol brasileiro. Sim, porque falar do Centenário Tricolor é o mesmo que falar do Brasil, pois o Fluzão sempre foi o pioneiro em tudo. Fomos os primeiros campeões cariocas. Aliás, somos os primeiros tetracampeões. Fomos o primeiro time carioca a ganhar o Rio-São Paulo (único invicto até hoje). Campeonato Brasileiro? Ganhamos em 70 e no ano seguinte mudaram de nome. Também saímos na frente. Campeão Mundial? No Rio, Só o Flu. Quem é alfabetizado sabe que o bacalhau é vice e o urubu só ganhou um amistoso, nada reconhecido pela Fifa. Temos também a Taça Olímpica. Alguém no Brasil tem? Óbvio que não. Como diria Nélson Rodrigues, quando freqüentava a minha casa:"E Laranjeiras, não se dá um passo sem tropeçar numa glória.”
Arthur Moreira Lima
Pianista e tricolor
‘O Fluminense para mim é uma catarse’
"Torço pela Seleção, mas com o Fluminense é diferente. É uma catarse, como se o time defendesse meus ideais. Em 1968, eu morava em Moscou. Sempre que ligava para o Brasil, para falar com minha mãe, havia um cara do SNI fazendo escuta de minhas ligações. Perguntei por cada membro da família. Quando perguntei como estava o Fluminense, surgiu uma voz: "Está uma porcaria, esse meio-campo não joga nada". Naquele momento, o agente deixou de ser agente e foi Fluminense. É o estado de espírito. Meu amigo maestro Laércio de Freitas costuma dizer, após suas apresentações: "Toquei SON: somente o necessário". O Fluminense joga SON. Não dá de cinco ou seis sem necessidade. Por mais que já tenha feito todo tipo de apresentação, vivi uma emoção diferente em 84. A TV Globo colocou um piano no Aterro, na véspera da decisão com o Flamengo, para que eu tocasse o hino do Flu. Fui de terno branco, com a camisa tricolor por baixo. Assim que terminei, corri para a câmera e gritei: "Nense!", de forma alucinada. No Brasileiro, na semifinal contra o Corinthians, apostei com Toquinho. Ou ele rasparia o bigode ou eu rasparia o cabelo. Até Sócrates brincou comigo, dizendo que a Fiel me esperava em São Paulo. Nós ganhamos. Em toda minha vida, jamais conheci outro time que não fosse o Fluminense. ”
domingo, 24 de fevereiro de 2008
O Fluminense pelo mundo 6
Alemanha
Em 1975, o Fluminense venceu por 1x0 o Bayern, no maracanã.
Video com os melhores momentos do jogo:
http://br.youtube.com/watch?v=Uu1k-KoACkY&NR=1
PS: Obrigada a quem postou esse vídeo! É sempre bom rever grandes momentos da História do Fluminense.
Em 1975, o Fluminense venceu por 1x0 o Bayern, no maracanã.
Video com os melhores momentos do jogo:
http://br.youtube.com/watch?v=Uu1k-KoACkY&NR=1
PS: Obrigada a quem postou esse vídeo! É sempre bom rever grandes momentos da História do Fluminense.
sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008
A origem da palavra torcedor
"No começo do futebol, ir ao estádio era um ato de elegância, principalmente, no Fluminense. Por isso o Fluminense até hoje tem essa fama de clube aristocrático. As mulheres se enfeitavam como se fosse ao Grande Prêmio Brasil, colocavam vestidos de alta costura, chapéus, luvas. Mesmo que a temperatura na cidade estivesse por volta dos 40º de temperatura, elas iam de luvas. Como o calor era muito grande, elas tiravam as luvas e ficavam com as luvas nas mãos, e como ficavam nervosas com o jogo, elas as torciam ansiosamente. Os homens usavam a palheta, um chapéu de palha muito comum na época, muito elegante e também ficavam com o chapéu na mão enquanto torciam. O Coelho Neto, que além de poeta e cronista era pai de dois jogadores do Fluminense: o Preguinho, que foi o primeiro homem a fazer um gol pela seleção brasileira em uma Copa do Mundo, e do Mano, que morreu em conseqüência de um jogo de futebol, levou uma bolada e acabou morrendo; pois o Coelho Neto escreveu uma crônica em que ele usava a expressão “as torcedoras”, referindo-se às mulheres e dali a expressão pegou e nasceu a torcida. Havia quem dissesse que torcida vinha do fato de as pessoas torcerem os fatos, de o torcedor torcer os fatos a favor de seu clube, mas não foi daí que o termo veio não. Apesar de que quem torce, realmente torce as coisas e até distorce. Mas, na verdade, não foi por isso, foi mesmo pelo gesto das moças, principalmente, das que torciam as luvas entre as mãos". (Jornalista Luiz Mendes)
Fonte: http://www.cte.uerj.br/download/luiz_mendes.pdf
Fonte: http://www.cte.uerj.br/download/luiz_mendes.pdf
segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008
O Flu foi convidado a disputar o Torneio de Seul, criado em comemoração a inauguração do estádio olímpico. Fomos campeões do torneio, mas só tem um problema com a informação que eu passei.
Estou na dúvida se esse primeiro jogo foi mesmo contra a seleção chinesa. Tenho uma matéria do Jornal do Brasil de outubro de 2005 que diz exatamente o que eu escrevi. Entretanto, no livro "História do Fluminense", de Paulo Coelho Neto, não há menção ao jogo contra a China. O primeiro jogo do Flu no torneio foi contra a seleção da Coréia.
Não sei se antes de começar o torneio o Flu fez um amistoso contra a seleção chinesa ou se a matéria do JB estava errada.
Fora isso, não sei o que esse Fluminense de Camarões pode ter a ver com o Flu, mas vou tentar descobrir.
Desculpem pelo possível erro! =)
Estou na dúvida se esse primeiro jogo foi mesmo contra a seleção chinesa. Tenho uma matéria do Jornal do Brasil de outubro de 2005 que diz exatamente o que eu escrevi. Entretanto, no livro "História do Fluminense", de Paulo Coelho Neto, não há menção ao jogo contra a China. O primeiro jogo do Flu no torneio foi contra a seleção da Coréia.
Não sei se antes de começar o torneio o Flu fez um amistoso contra a seleção chinesa ou se a matéria do JB estava errada.
Fora isso, não sei o que esse Fluminense de Camarões pode ter a ver com o Flu, mas vou tentar descobrir.
Desculpem pelo possível erro! =)
domingo, 17 de fevereiro de 2008
O Fluminense pelo mundo 5
3) Ásia
Coréia do Sul
O Fluminense inaugurou o estádio Olímpico de Seul, construído para os Jogos Olímpicos de 1988. O jogo foi contra a seleção da China em 1984. Vitória do Flu por 1x0, gol do Washington.
4) África
Camarões
O Fluminense de Camarões.
http://www.fluminencefc.com/
Convênios do Flu pelo mundo
http://www.futurepros.tv/page/page/2918149.htm
http://www.childrensaid.org.uk/mumuquinha-spain.html
Coréia do Sul
O Fluminense inaugurou o estádio Olímpico de Seul, construído para os Jogos Olímpicos de 1988. O jogo foi contra a seleção da China em 1984. Vitória do Flu por 1x0, gol do Washington.
4) África
Camarões
O Fluminense de Camarões.
http://www.fluminencefc.com/
Convênios do Flu pelo mundo
http://www.futurepros.tv/page/page/2918149.htm
http://www.childrensaid.org.uk/mumuquinha-spain.html
sexta-feira, 15 de fevereiro de 2008
O Fluminense pelo mundo 4
Chile
Todos os jogos feitos pelo Flu no Chile:
1) 7 de mayo de 1950. Estadio Nacional. Colo-Colo 3 / Fluminense 0
2) 14 de mayo de 1950. Estadio Nacional. Selección Chilena 2 / Fluminense 2
3) 18 de mayo de 1950. Estadio Nacional. Colo-Colo 1 / Fluminense 1
4) 21 de mayo de 1950. Playa Ancha. Santiago Wanderers 1 / Fluminense 6
5) 7 de febrero de 1953. Estadio Centenario, Montevideo. Copa Montevideo. Fluminense 3 / Colo-Colo 0
6) 27 de febrero de 1960. Estadio Nacional. Selección Chilena 0 / Fluminense 0
7) 19 de febrero de 1976. Estadio Sausalito, Viña del Mar.Copa Viña del Mar. Fluminense 1 / Unión Española 0
8) 21 de febrero de 1976. Estadio Sausalito, Viña del Mar. Copa Viña del Mar. Everton 0 / Fluminense 0
9) 25 de febrero de 1976. Municipal de Concepción. Deportes Concepción 0 / Fluminense 4
10) 8 de octubre de 1980. Estadio Nacional. Selección Chilena 3 / Fluminense 0.
11) 09/11/2005. San Carlos de Apoquindo. Universidad Católica do Chile 2 / Fluminense 0
Fonte: Site da Universidad Catolica do Chile.
Argentina
- O Fluminense foi o primeiro clube brasileiro a jogar no estádio do Banfield. Foi em 2005 pela Sul-americana. Mesmo tendo perdido o jogo, a diretoria do Banfield presenteou o Fluminense com uma placa comemorativa.
- Na reunião do Congresso de Roma de 1949, o Fluminense foi escolhido pelo Comitê Olímpico Internacional o ganhador da Taça Olímpica. Na ocasião, o Flu recebeu apoio de dirigentes esportivos de diversos países. Um dos maiores apoiadores estrangeiros do Flu na reunião foi o dirigente argentino Horacio Bustos Moron.
Todos os jogos feitos pelo Flu no Chile:
1) 7 de mayo de 1950. Estadio Nacional. Colo-Colo 3 / Fluminense 0
2) 14 de mayo de 1950. Estadio Nacional. Selección Chilena 2 / Fluminense 2
3) 18 de mayo de 1950. Estadio Nacional. Colo-Colo 1 / Fluminense 1
4) 21 de mayo de 1950. Playa Ancha. Santiago Wanderers 1 / Fluminense 6
5) 7 de febrero de 1953. Estadio Centenario, Montevideo. Copa Montevideo. Fluminense 3 / Colo-Colo 0
6) 27 de febrero de 1960. Estadio Nacional. Selección Chilena 0 / Fluminense 0
7) 19 de febrero de 1976. Estadio Sausalito, Viña del Mar.Copa Viña del Mar. Fluminense 1 / Unión Española 0
8) 21 de febrero de 1976. Estadio Sausalito, Viña del Mar. Copa Viña del Mar. Everton 0 / Fluminense 0
9) 25 de febrero de 1976. Municipal de Concepción. Deportes Concepción 0 / Fluminense 4
10) 8 de octubre de 1980. Estadio Nacional. Selección Chilena 3 / Fluminense 0.
11) 09/11/2005. San Carlos de Apoquindo. Universidad Católica do Chile 2 / Fluminense 0
Fonte: Site da Universidad Catolica do Chile.
Argentina
- O Fluminense foi o primeiro clube brasileiro a jogar no estádio do Banfield. Foi em 2005 pela Sul-americana. Mesmo tendo perdido o jogo, a diretoria do Banfield presenteou o Fluminense com uma placa comemorativa.
- Na reunião do Congresso de Roma de 1949, o Fluminense foi escolhido pelo Comitê Olímpico Internacional o ganhador da Taça Olímpica. Na ocasião, o Flu recebeu apoio de dirigentes esportivos de diversos países. Um dos maiores apoiadores estrangeiros do Flu na reunião foi o dirigente argentino Horacio Bustos Moron.
O Fluminense pelo mundo 3
2) AMÉRICA
Estados Unidos
- O general-presidente Dwight Einsenhower, famoso por sua participação na Segunda Guerra Mundial, é o sócio honorário nº 32 do Fluminense. Ele obteve o título em uma de suas vindas ao Brasil na década de 50.
- Até Hollywood já veio para o Fluminense. Em 2002, na sede do clube, foram filmadas cenas do filme "The Games of Their Lives" ("Duelos de Campeões"), com Gerard Butler ( “300”, “O Fantasma da Ópera”, “P.S. Eu Te Amo”).
México
- Fluminense F.C., da Cidade do México.
Segundo Paulo Coelho Neto, no livro “A História do Fluminense” (p.454) foi criado um clube na Cidade do México inspirado no Fluminense.
Uruguai
- A torcida do Fluminense não se limita ao território brasileiro. A Torcida Fluruguay é uma prova disso. Criada pelos irmãos uruguaios Legnani, essa torcida é fruto da fascinação que o Flu exerceu em Francisco, o irmão mais velho. Tudo começou por causa de uma matéria que saiu sobre o Flu numa revista sobre futebol. Foi paixão à primeira vista. Francisco influenciou o irmão Javier, que também se apaixonou pelas três cores que traduzem tradição.
Blog da torcida
www.8p.com.br/fluruguaypurapasion/flog/#
Reportagem interessante que conta a história deles com o Flu.
http://www.sempreflu.com.br/arquivos/diverso15.htm?PHPSESSID=4a05ee37366d1c601010bcfa931f3fe5
- O Peñarol é o clube estrangeiro que mais jogou contra o Fluminense. Foram nove partidas. A primeira aconteceu em 1944 com vitória do clube uruguaio por 4x1.
Estados Unidos
- O general-presidente Dwight Einsenhower, famoso por sua participação na Segunda Guerra Mundial, é o sócio honorário nº 32 do Fluminense. Ele obteve o título em uma de suas vindas ao Brasil na década de 50.
- Até Hollywood já veio para o Fluminense. Em 2002, na sede do clube, foram filmadas cenas do filme "The Games of Their Lives" ("Duelos de Campeões"), com Gerard Butler ( “300”, “O Fantasma da Ópera”, “P.S. Eu Te Amo”).
México
- Fluminense F.C., da Cidade do México.
Segundo Paulo Coelho Neto, no livro “A História do Fluminense” (p.454) foi criado um clube na Cidade do México inspirado no Fluminense.
Uruguai
- A torcida do Fluminense não se limita ao território brasileiro. A Torcida Fluruguay é uma prova disso. Criada pelos irmãos uruguaios Legnani, essa torcida é fruto da fascinação que o Flu exerceu em Francisco, o irmão mais velho. Tudo começou por causa de uma matéria que saiu sobre o Flu numa revista sobre futebol. Foi paixão à primeira vista. Francisco influenciou o irmão Javier, que também se apaixonou pelas três cores que traduzem tradição.
Blog da torcida
www.8p.com.br/fluruguaypurapasion/flog/#
Reportagem interessante que conta a história deles com o Flu.
http://www.sempreflu.com.br/arquivos/diverso15.htm?PHPSESSID=4a05ee37366d1c601010bcfa931f3fe5
- O Peñarol é o clube estrangeiro que mais jogou contra o Fluminense. Foram nove partidas. A primeira aconteceu em 1944 com vitória do clube uruguaio por 4x1.
O Fluminense pelo mundo 2
Espanha
Eu citei o jornalista inglês que torce para o Fluminense. Ele não é o único jornalista estrangeiro torcedor do clube. O espanhol Hans Henningsen é mais um jornalista tricolor de coração. Ele é (ou era) correspondente no Rio de vários jornais europeus. Hans era chamado por Nelson Rodrigues de "marinheiro sueco" devido suas feições nórdicas. Hans chegou a participar de mesas redondas na tv brasileira junto com Nelson, João Saldanha, Armando Nogueira, entre outros.
Inglaterra ( de novo)
Há muito tempo li uma matéria sobre a origem britânica do Fluminense. Infelizmente, o site saiu do ar. A sorte é que eu tinha guardado o texto. Pra quem tiver interesse em ler:
FLUMINENSE FOOTBALL CLUB
The British Influence
by Robert Shaw
In my youth in England, when I was fostering what a future boss believed to be an unhealthy obsession for football, I rarely stopped to wonder where the FA Cup was held or where England played before Wembley was built. Similarly, as I became more interested in Brazilian football, the 1950 World Cup loomed so massively in mind that I neglected to consider where the world’s most talented football nation played their games before the Estádio Mario Filho was constructed.
Like me almost every other football fan can recite that the stadium more popularly known as the Maracanã once held around 200,000, but where did Brazil play before 1950? In various places, including Vasco’s São Januário stadium. But the first game to be universally accorded international status was at Fluminense’s club ground in Laranjeiras. The opposition _ Argentina perhaps, or maybe the rugged Uruguayans _ even Portugal or Spain?
No, the first international played by Brazil was against my home town team of Exeter City in July 1914. This staggered me the first time I heard it and still has pretty much the same effect. Although Exeter City have now been relegated to the nether regions of British football _ the Vauxhall Conference I believe it is called - after a disastrous flirtation with Uri Geller and Michael Jackson at board level _ the Brazilian national side has gone on to somewhat better things.
But this 1914 match is just one of the gems hidden in what is one of Rio´s heritage treasure troves. Fluminense is in part a fabulous record of the British community’s influence on Rio life in the early part of the century. Fluminense, as any ‘Tricolores’ fans will know, is 101 years old and although they only play state championship games against smaller Rio state clubs at the ground these days, the British influence on the club and its early history has been well documented, and nowhere better than in the book ‘An Entirely Different Game’ by Aidan Hamilton, a fellow West Countryman and one of Rio’s most authoritative football historians. His meticulously researched account tells succinctly in the following extract how Anglo-Brazilian Oscar Cox established Fluminense: ‘Paradoxically, the two losses incurred by the Rio team in São Paulo were the prelude to the founding of the capital’s first football club. One week
after the trip, 22 year-old Oscar Cox and 19 others from the upper echelons of Carioca society met to establish Fluminense Football Club. The fact that most of their names were Brazilian belied the club’s strong British character.’
Fluminense also took on a former Liverpool player Harry Welfare who arrived in Rio in 1913 _ he helped the team to three titles before later becoming Vasco’s coach. Other British connections with the club came in later friendlies between Fluminense and teams such as Motherwell, Arsenal and Southampton. While Vasco and Flamengo have drawn much of their support from working-class Cariocas, Fluminense has been regarded as the city’s well-heeled football club. As Hamilton explains: "Back in the 1920s they had all sorts of things here _ recitals, concerts and plays. You can conjure up images of people arriving in fancy motor cars with tuxedos and gowns."
Fluminense is still much more than a football club although the first team which includes Romário still trains in Laranjeiras, but the club also has a range of other sporting facilities from swimming and tennis to a shooting range. When you step into the old library and overflowing trophy room you can clearly see the significance of Olympic sports in the history of the club. There is also a feeling of walking back through time into a Rio that evokes Edwardian England - with a tropical touch of course. Traditions at the club these days are also maintained by the rule requiring that members wear only Fluminense colours _ although with an eye to their marketability this includes shirts of a silver-grey tone and bright orange shirts which Fluminense has never worn in a competitive league game but which are astonishingly popular. But Fluminense’s most traditional colours are green-red-and-white which explains the nickname "Tricolores". Some great names from Brazilian footballing history have appeared in those colours. The impressive list includes Didi, Rivelino and Branco. While the club last won a national championship in 1984, it had a great run to the semi-finals of the national championship last season before going down to Corinthians.
Among the more controversial aspects of its history are its ‘pó de arroz’ nickname. Black players had to apply powder to their faces to be acceptable in football which operated a colour bar both on and off the field in the first few decades of the 20th Century. Years afterwards some Flu fans recalled this period by tossing powder over each other at various points in the game. More recently Flu jumped from the third division to the first by invitation. Quizzed about this, Hamilton maintains that this "reflects the more general corruption associated with Brazilian football. The history and traditions are there and Fluminense has always been one of the elite."
Fluminense these days also has the reputation of being a club that is well-administered, at least by the standards of football in Rio. President David Ficshel acknowledges the special link with Britain. "Our traditions are very important for us at the club and Britain played a special part in the founding of Fluminense. We hope to revive that connection."
Indeed the club already has some British members who work in the city. Many simply enjoy using the sport facilities rather than swearing that Flu is their team. As a club it continues to offer a distinct slice of British history, a thriving social club and a range of facilities that can be hired for events. Members benefit from a busy calendar. Fluminense, a treasure in the city’s heritage is tucked alongside the Governor’s Palace in Laranjeiras. It offers something for everyone’s tastes whether dedicated followers of football or not. But just out of curiosity it is worth visiting a chapter of Rio’s British past. The club is an invitation to leaf through that history, while enjoying the benefits of a modern sports and social club. And for football fans it really is a must.
For more details about Fluminense contact:
Fluminense Football Club
Rua Alvaro Chaves 41, Laranjeiras, Rio de Janeiro
Tel: 2533.7240 Website: www.fluminense.com.br
Aidan Hamilton, ‘An Entirely Different Game- the British Influence on
Brazilian Football’ (Mainstream Publishing, 1998)
Robert Shaw is the football writer on Brazilian soccer for Britain´s The Daily Telegraph.
PS: O site se chamava "umbrellaonline".
Eu citei o jornalista inglês que torce para o Fluminense. Ele não é o único jornalista estrangeiro torcedor do clube. O espanhol Hans Henningsen é mais um jornalista tricolor de coração. Ele é (ou era) correspondente no Rio de vários jornais europeus. Hans era chamado por Nelson Rodrigues de "marinheiro sueco" devido suas feições nórdicas. Hans chegou a participar de mesas redondas na tv brasileira junto com Nelson, João Saldanha, Armando Nogueira, entre outros.
Inglaterra ( de novo)
Há muito tempo li uma matéria sobre a origem britânica do Fluminense. Infelizmente, o site saiu do ar. A sorte é que eu tinha guardado o texto. Pra quem tiver interesse em ler:
FLUMINENSE FOOTBALL CLUB
The British Influence
by Robert Shaw
In my youth in England, when I was fostering what a future boss believed to be an unhealthy obsession for football, I rarely stopped to wonder where the FA Cup was held or where England played before Wembley was built. Similarly, as I became more interested in Brazilian football, the 1950 World Cup loomed so massively in mind that I neglected to consider where the world’s most talented football nation played their games before the Estádio Mario Filho was constructed.
Like me almost every other football fan can recite that the stadium more popularly known as the Maracanã once held around 200,000, but where did Brazil play before 1950? In various places, including Vasco’s São Januário stadium. But the first game to be universally accorded international status was at Fluminense’s club ground in Laranjeiras. The opposition _ Argentina perhaps, or maybe the rugged Uruguayans _ even Portugal or Spain?
No, the first international played by Brazil was against my home town team of Exeter City in July 1914. This staggered me the first time I heard it and still has pretty much the same effect. Although Exeter City have now been relegated to the nether regions of British football _ the Vauxhall Conference I believe it is called - after a disastrous flirtation with Uri Geller and Michael Jackson at board level _ the Brazilian national side has gone on to somewhat better things.
But this 1914 match is just one of the gems hidden in what is one of Rio´s heritage treasure troves. Fluminense is in part a fabulous record of the British community’s influence on Rio life in the early part of the century. Fluminense, as any ‘Tricolores’ fans will know, is 101 years old and although they only play state championship games against smaller Rio state clubs at the ground these days, the British influence on the club and its early history has been well documented, and nowhere better than in the book ‘An Entirely Different Game’ by Aidan Hamilton, a fellow West Countryman and one of Rio’s most authoritative football historians. His meticulously researched account tells succinctly in the following extract how Anglo-Brazilian Oscar Cox established Fluminense: ‘Paradoxically, the two losses incurred by the Rio team in São Paulo were the prelude to the founding of the capital’s first football club. One week
after the trip, 22 year-old Oscar Cox and 19 others from the upper echelons of Carioca society met to establish Fluminense Football Club. The fact that most of their names were Brazilian belied the club’s strong British character.’
Fluminense also took on a former Liverpool player Harry Welfare who arrived in Rio in 1913 _ he helped the team to three titles before later becoming Vasco’s coach. Other British connections with the club came in later friendlies between Fluminense and teams such as Motherwell, Arsenal and Southampton. While Vasco and Flamengo have drawn much of their support from working-class Cariocas, Fluminense has been regarded as the city’s well-heeled football club. As Hamilton explains: "Back in the 1920s they had all sorts of things here _ recitals, concerts and plays. You can conjure up images of people arriving in fancy motor cars with tuxedos and gowns."
Fluminense is still much more than a football club although the first team which includes Romário still trains in Laranjeiras, but the club also has a range of other sporting facilities from swimming and tennis to a shooting range. When you step into the old library and overflowing trophy room you can clearly see the significance of Olympic sports in the history of the club. There is also a feeling of walking back through time into a Rio that evokes Edwardian England - with a tropical touch of course. Traditions at the club these days are also maintained by the rule requiring that members wear only Fluminense colours _ although with an eye to their marketability this includes shirts of a silver-grey tone and bright orange shirts which Fluminense has never worn in a competitive league game but which are astonishingly popular. But Fluminense’s most traditional colours are green-red-and-white which explains the nickname "Tricolores". Some great names from Brazilian footballing history have appeared in those colours. The impressive list includes Didi, Rivelino and Branco. While the club last won a national championship in 1984, it had a great run to the semi-finals of the national championship last season before going down to Corinthians.
Among the more controversial aspects of its history are its ‘pó de arroz’ nickname. Black players had to apply powder to their faces to be acceptable in football which operated a colour bar both on and off the field in the first few decades of the 20th Century. Years afterwards some Flu fans recalled this period by tossing powder over each other at various points in the game. More recently Flu jumped from the third division to the first by invitation. Quizzed about this, Hamilton maintains that this "reflects the more general corruption associated with Brazilian football. The history and traditions are there and Fluminense has always been one of the elite."
Fluminense these days also has the reputation of being a club that is well-administered, at least by the standards of football in Rio. President David Ficshel acknowledges the special link with Britain. "Our traditions are very important for us at the club and Britain played a special part in the founding of Fluminense. We hope to revive that connection."
Indeed the club already has some British members who work in the city. Many simply enjoy using the sport facilities rather than swearing that Flu is their team. As a club it continues to offer a distinct slice of British history, a thriving social club and a range of facilities that can be hired for events. Members benefit from a busy calendar. Fluminense, a treasure in the city’s heritage is tucked alongside the Governor’s Palace in Laranjeiras. It offers something for everyone’s tastes whether dedicated followers of football or not. But just out of curiosity it is worth visiting a chapter of Rio’s British past. The club is an invitation to leaf through that history, while enjoying the benefits of a modern sports and social club. And for football fans it really is a must.
For more details about Fluminense contact:
Fluminense Football Club
Rua Alvaro Chaves 41, Laranjeiras, Rio de Janeiro
Tel: 2533.7240 Website: www.fluminense.com.br
Aidan Hamilton, ‘An Entirely Different Game- the British Influence on
Brazilian Football’ (Mainstream Publishing, 1998)
Robert Shaw is the football writer on Brazilian soccer for Britain´s The Daily Telegraph.
PS: O site se chamava "umbrellaonline".
quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008
O Fluminense pelo mundo
Como o Fluminense é visto no Brasil nós já sabemos. Mas e no exterior? O que a imprensa inglesa já escreveu sobre o clube? Quais são as ligações entre o Flu e alguns clubes portugueses? Qual foi o primeiro jogo internacional do Tricolor e qual o clube estrangeiro que mais vezes enfrentou o Flu? Quais os clubes criados em outros países em homenagem ao Fluminense? No decorrer do tópico, vou responder essas perguntas e colocar outras informações.
1) EUROPA
Portugal
- A camisa do clube Estrela Da Amadora de Portugal foi inspirada no Fluminense. http://www.gardenal.org/balipodo/2007/08/estrela-da-amadora.html
-Fluminense F.C., de Lisboa
Segundo Paulo Coelho Neto, no livro “A História do Fluminense” (p.454) foi criado em Lisboa um clube em homenagem ao Fluminense.
-Camisa do Sporting
O Sporting de Portugal estreou o estilo de sua camisa atual – listrada verde e branca- em um jogo contra o Fluminense disputado nas Laranjeiras, em 1928. O Flu venceu por 4x1.
http://www.centenariosporting.com/index.php?content=2071
Curiosidade: O Sporting é um dos clubes estrangeiros que mais vezes enfrentou o Flu. Foram sete jogos no total.
Reino Unido
- A estréia do Flu contra clubes estrangeiros foi contra o Corinthians de Londres, em 1910. O time inglês veio ao Brasil a convite do Fluminense. O nome do clube londrino não é uma coincidência com o clube paulista. Depois do jogo contra o Flu, o qual venceu de goleada, o Corinthians fez uma excursão pelo estado de São Paulo. Um grupo de operários que viu um jogo do Corinthians inglês teve a idéia de criar um clube brasileiro com esse nome.
- http://news.bbc.co.uk/sport1/hi/tv_and_radio/world_football/2188923.stm
Artigo escrito em virtude do centenário do Flu. Conta brevemente o início da história do clube, desde a fundação por Oscar Cox, passando por Preguinho e a Taça Olímpica.
P.S.: O escritor desse artigo, o jornalista inglês Aidan Hamilton, torce para o Fluminense (na Inglaterra ele torce para o centenário Bristol City). Ele escreveu o livro “UM JOGO INTEIRAMENTE DIFERENTE”, que conta a história da influência do futebol inglês no Brasil. O livro tem várias passagens sobre o Fluminense, seja para falar do Oscar Cox, do Welfare ou para elogiar nosso clube. Hamilton enalteceu o Flu Memória e escreveu que o nosso clube é um dos mais organizados do planeta- no sentido de preservar a história e organizar o vasto material arquivado.
- http://news.bbc.co.uk/sport2/hi/football/2813989.stm
Esse artigo da BBC diz que “o clube mais tradicional da cidade” foi a escolha da Rocinha para o carnaval de 2003 e que a escola pretendia melhorar sua posição no carnaval por causa da popularidade do clube. Depois fala sobre os rebaixamentos e cita a controvérsia da virada de mesa. Continua afirmando que o Flu fez boas temporadas e que está pensando no futuro ao revelar bons jogadores, como o Carlos Alberto.
“Poucos anos atrás, parecia que o Fluminense FC poderia não estar vivo para comemorar seu centenário. Ele caiu para a terceira divisão. Muitos previram que o fim estava à vista. No final, a sua tradição o salvou”.
- http://news.bbc.co.uk/sport2/hi/football/scot_prem/6495353.stmA BBC fez uma promoção “Se você pudesse ver qualquer jogo de futebol, em qualquer lugar do planeta, onde você iria?” O ganhador escolheu ver Fluminense x Vasco, pelo estadual de 2007.
- http://news.bbc.co.uk/1/hi/world/americas/1853730.stm
Artigo da BBC em que aparece o Prncipe Charles segurando a camisa do Fluminense.
- O Príncipe de Galles, Eduardo VIII, é presidente de Honra do Fluminense. Seu irmão mais novo, George, que acabou se tornando rei porque Eduardo VIII abdicou ao trono para se casar com uma americana, é vice-presidente de Honra do Flu. Em 1931, eles vieram ao Brasil e visitaram o Fluminense. O Ministério do Exterior brasileiro pediu ao Flu que organizasse uma partida comemorativa para os príncipes britânicos. O Flu assim fez, organizou uma partida entre um combinado paulista e um carioca (6x1 pro Rio). Os príncipes adoraram e Eduardo VIII escreveu um agradecimento para o Fluminense no livro de visitas do clube.
Itália
-http://www.gazzetta.it/Calcio/Primo_Piano/2007/01_Gennaio/07/renato.shtml
A “Gazzeta dello sport” fez uma matéria sobre o Renato Gaúcho em janeiro de 2007. Tem um parágrafo especial sobre o gol de barriga. “Flamenguistas atônitos e desesperados, “fluminenses” fora de controle pela alegria. Os gritos do narrador “Renatoooooo, goooool de barriga”. Depois, Portaluppi faz o sinal da cruz, reza e agradece aos céus. O gol de barriga no Flamengo é uma imagem sacra do futebol brasileiro, como o drible de Garrincha e a bicicleta de Pelé”.
- Foto da torcida do Flu em um site da torcida Ultras da A S Roma. http://www.asromaultras.it/tribu_fotografie.html
- Existe o Fluminense da Itália, mas falarei mais sobre ele depois.
Dinamarca
Na Dinamarca também tem um Fluminense.
http://www.fluminense.dk/
França
http://www.sambafoot.com/fr/articles/150_Le_retour_en_grace_du_Fluminense_page_1.html
“O hino composto por Lamartine Babo reflete perfeitamente a grandeza mítica do clube "três cores que traduzem tradição". Mesmo as infelizes campanhas de 1997 e 1998, quando o Fluminense caiu para a terceira divisão nacional, não puderam deteriorar o vencedor clube carioca, realçado por uma magnífica sala de troféu”.
1) EUROPA
Portugal
- A camisa do clube Estrela Da Amadora de Portugal foi inspirada no Fluminense. http://www.gardenal.org/balipodo/2007/08/estrela-da-amadora.html
-Fluminense F.C., de Lisboa
Segundo Paulo Coelho Neto, no livro “A História do Fluminense” (p.454) foi criado em Lisboa um clube em homenagem ao Fluminense.
-Camisa do Sporting
O Sporting de Portugal estreou o estilo de sua camisa atual – listrada verde e branca- em um jogo contra o Fluminense disputado nas Laranjeiras, em 1928. O Flu venceu por 4x1.
http://www.centenariosporting.com/index.php?content=2071
Curiosidade: O Sporting é um dos clubes estrangeiros que mais vezes enfrentou o Flu. Foram sete jogos no total.
Reino Unido
- A estréia do Flu contra clubes estrangeiros foi contra o Corinthians de Londres, em 1910. O time inglês veio ao Brasil a convite do Fluminense. O nome do clube londrino não é uma coincidência com o clube paulista. Depois do jogo contra o Flu, o qual venceu de goleada, o Corinthians fez uma excursão pelo estado de São Paulo. Um grupo de operários que viu um jogo do Corinthians inglês teve a idéia de criar um clube brasileiro com esse nome.
- http://news.bbc.co.uk/sport1/hi/tv_and_radio/world_football/2188923.stm
Artigo escrito em virtude do centenário do Flu. Conta brevemente o início da história do clube, desde a fundação por Oscar Cox, passando por Preguinho e a Taça Olímpica.
P.S.: O escritor desse artigo, o jornalista inglês Aidan Hamilton, torce para o Fluminense (na Inglaterra ele torce para o centenário Bristol City). Ele escreveu o livro “UM JOGO INTEIRAMENTE DIFERENTE”, que conta a história da influência do futebol inglês no Brasil. O livro tem várias passagens sobre o Fluminense, seja para falar do Oscar Cox, do Welfare ou para elogiar nosso clube. Hamilton enalteceu o Flu Memória e escreveu que o nosso clube é um dos mais organizados do planeta- no sentido de preservar a história e organizar o vasto material arquivado.
- http://news.bbc.co.uk/sport2/hi/football/2813989.stm
Esse artigo da BBC diz que “o clube mais tradicional da cidade” foi a escolha da Rocinha para o carnaval de 2003 e que a escola pretendia melhorar sua posição no carnaval por causa da popularidade do clube. Depois fala sobre os rebaixamentos e cita a controvérsia da virada de mesa. Continua afirmando que o Flu fez boas temporadas e que está pensando no futuro ao revelar bons jogadores, como o Carlos Alberto.
“Poucos anos atrás, parecia que o Fluminense FC poderia não estar vivo para comemorar seu centenário. Ele caiu para a terceira divisão. Muitos previram que o fim estava à vista. No final, a sua tradição o salvou”.
- http://news.bbc.co.uk/sport2/hi/football/scot_prem/6495353.stmA BBC fez uma promoção “Se você pudesse ver qualquer jogo de futebol, em qualquer lugar do planeta, onde você iria?” O ganhador escolheu ver Fluminense x Vasco, pelo estadual de 2007.
- http://news.bbc.co.uk/1/hi/world/americas/1853730.stm
Artigo da BBC em que aparece o Prncipe Charles segurando a camisa do Fluminense.
- O Príncipe de Galles, Eduardo VIII, é presidente de Honra do Fluminense. Seu irmão mais novo, George, que acabou se tornando rei porque Eduardo VIII abdicou ao trono para se casar com uma americana, é vice-presidente de Honra do Flu. Em 1931, eles vieram ao Brasil e visitaram o Fluminense. O Ministério do Exterior brasileiro pediu ao Flu que organizasse uma partida comemorativa para os príncipes britânicos. O Flu assim fez, organizou uma partida entre um combinado paulista e um carioca (6x1 pro Rio). Os príncipes adoraram e Eduardo VIII escreveu um agradecimento para o Fluminense no livro de visitas do clube.
Itália
-http://www.gazzetta.it/Calcio/Primo_Piano/2007/01_Gennaio/07/renato.shtml
A “Gazzeta dello sport” fez uma matéria sobre o Renato Gaúcho em janeiro de 2007. Tem um parágrafo especial sobre o gol de barriga. “Flamenguistas atônitos e desesperados, “fluminenses” fora de controle pela alegria. Os gritos do narrador “Renatoooooo, goooool de barriga”. Depois, Portaluppi faz o sinal da cruz, reza e agradece aos céus. O gol de barriga no Flamengo é uma imagem sacra do futebol brasileiro, como o drible de Garrincha e a bicicleta de Pelé”.
- Foto da torcida do Flu em um site da torcida Ultras da A S Roma. http://www.asromaultras.it/tribu_fotografie.html
- Existe o Fluminense da Itália, mas falarei mais sobre ele depois.
Dinamarca
Na Dinamarca também tem um Fluminense.
http://www.fluminense.dk/
França
http://www.sambafoot.com/fr/articles/150_Le_retour_en_grace_du_Fluminense_page_1.html
“O hino composto por Lamartine Babo reflete perfeitamente a grandeza mítica do clube "três cores que traduzem tradição". Mesmo as infelizes campanhas de 1997 e 1998, quando o Fluminense caiu para a terceira divisão nacional, não puderam deteriorar o vencedor clube carioca, realçado por uma magnífica sala de troféu”.
segunda-feira, 4 de fevereiro de 2008
A eterna magia do Fla x Flu
“Até hoje em todo o mundo não há um jogo que chegue aos pés do Fla-Flu. Que é cada vez mais empolgante. E cada jogo entre o Fluminense e o Flamengo parece ser o maior do século e será assim eternamente”. (Nelson Rodrigues)
Tema de diversos textos e músicas. Ponto turístico para os estrangeiros. Inspiração de escritores, cantores, jornalistas e torcedores, no Brasil e no mundo. O Fla-Flu, ao longo de seus 95 anos de existência, fascina e emociona. Um clássico do futebol que transcendeu o próprio esporte e virou expressão para diversos assuntos.
Turistas no Fla-Flu
-Só pela agência de turismo Be a local, 90 estrangeiros foram assistir ao Fla-Flu de outubro do ano passado. Isso porque nem era alta temporada. Não é à toa que, na maioria das vezes, o jogo de sábado de carnaval no Maracanã é um Fla-Flu. E, independente da situação das duas equipes, está sempre cheio de turistas.
-Vídeo de estrangeiros no Fla-Flu da decisão da Taça Rio de 2005, vencido pelo Fluminense por 4x1. http://www.youtube.com/watch?v=_ZIaoj8pXHU
-Uma agência de turismos francesa oferece um pacote turístico pra quem deseja vir ao Brasil ver um Fla-Flu. “Uma experiência inesquecível, a atmosfera de Flamengo e Fluminense é única e só se encontra no Brasil”. http://www.osoleil.fr/billet-match-bresil-maracana.htm
O Fla-Flu pelo mundo
-Alemanha:
“O big bang brasileiro: Fla-Flu” http://fussballblog.espace.ch/200412/&page=1
Existe um festival na Europa apenas sobre filmes de futebol, chamado festival 11mm,. A 3ª edição, que aconteceu em Berlim ano passado, teve 43 filmes, destes, 4 falam sobre o futebol brasileiro. Um deles, o único sobre clubes, se chama Flamengo – Fluminense. Foi produzido pela TV franco-germânica Arte. A sinopse do filme diz que o Fla-Flu “é mais do que um jogo de futebol: é a alma do futebol brasileiro. O filme trata o clássico em seu contexto social, cultural e político”. http://www.11-mm.de/filme_2006/flamengo_fluminense.htm
-França:Dvd sobre os grandes clássicos. Les grands duels du sport: Flamengo-Fluminense.http://img.clubic.com/photo/00209302.jpg
-Japão:“O Fla-Flu da tradição”. O fim do texto diz : “o Maracanã e o futebol carioca continuam fascinando as pessoas”. Flu.html" target="_blank">http://moronobu.hp.infoseek.co.jp/a5fFla-Flu.html
-Espanha: “Um dos espetáculos esportivos mais espetaculares que se pode presenciar na América do Sul”. Esse texto conta a história do Fla-Flu e cita o recorde mundial de público, que pertence ao Fla-Flu de 63. “Quando eles se enfrentam a cidade pára e as rivalidades explodem”. http://www.futbolfactory.futbolweb.net/index.php?ff=pa_legend&idpartido=16
-Site da Fifa:“O futebol brasileiro têm vários clássicos, mas nenhum é capaz de entusiasmar tantos os torcedores quanto esse centenário clássico entre Flamengo e Fluminense”.http://www.fifa.com/en/organisation/index/0,1521,27708,00.html?articleid=27708
Textos de escritores
-Eduardo Galeano em seu famoso livro “El fútbol a sol y sombra” (p. 40), escreveu sobre esse grande clássico.
Historias de Fla y Flu (parte final)
"Desde entonces, padre e hijo, hijo rebelde, padre abandonado, se dedican a odiarse. Cada clásico Fla-Flu es una nueva batalla de esta guerra de nunca acabar. Los dos aman a la misma ciudad, Río de Janeiro, perezosa, pecadora, que lánguidamente se deja querer y se divierte ofreciéndose a los dos sin darse a ninguno. Padre e hijo juegan para la amante que juega con ellos. Por ella se baten, y ella acude a los duelos vestida de fiesta."
-José Lins do Rego
"Mais do que os homens lutam no gramado, há o espetáculo dos que trepam nas arquibancadas, dos que se apinham nas gerais, dos que se acomodam nas cadeiras de pistas. Nunca vi tanta semelhança entre tanta gente. Todos os setenta mil espectadores que enchem um "Fla-Flu" se parecem, sofrem as mesmas reações, jogam os mesmos insultos, dão os mesmos gritos. Fico no meio de todos e os sinto como irmãos, nas vitórias e nas derrotas. As conversas que escuto, as brigas que assisto, os ditos, as graças, os doestos que largam são como se saíssem de homens e mulheres da mesma classe."
-Armando Nogueira
(Coluna de abril de 2003 no Jornal do Brasil )
“A química do Fla-Flu”
"Meu personagem da semana não é um jogador: meu personagem é um jogo. Mais que um jogo, é uma entidade do futebol- uma entidade chamada Fla-Flu, essa bela sigla com timbre de verso que os tempos já converteram em lenda. Domingo, foi tarde de Fla-Flu, no Maracanã. E, pra que se cumpra, mais uma vez, a tradição da alternância no altar do triunfo, agora, foi a vez do Flamengo. Vi a partida e posso dizer a quem não viu que a vitória do Flamengo foi realmente arrasadora. Tão arrasadora quanto a do Fluminense, em jogo recente. Sempre foi assim e sempre assim será. Uma lá, outra cá. Porque o Fla-Flu não é uma simples partida entre duas equipes, entre dois clubes, entre duas torcidas. O Fla-Flu tem camisa própria. Tem desígnios que são só seus. O Fla-Flu tem torcida própria. Tanto é verdade que, outro dia, conheci uma moça, numa roda em que se falava de futebol. Perguntei-lhe, amavelmente: por qual você torce? E a moça me respondeu, candidamente: Eu torço pelo Fla-Flu. Só uma coisa explica esta moça: é a encantadora química do Fla-Flu".
-Nélson Rodrigues
"Ontem, encontrei-me com a grã-fina das narinas de cadáver. Ela veio para mim feliz do encontro. Disse: - Vou ao Fla-Flu. Imaginem vocês que, outro dia, ela me entra no "Mário Filho" e pergunta:- " Quem é a bola? " Não sabia quem era a bola, mas era tocada pela magia do Fla-Flu. Sabe quem é o Fla-Flu e não sabe quem é a bola. (...)Eu queria dizer que o Fla-Flu apaixona até os neutros. Ou por outra: -diante do formidável clássico não há neutros, não há indiferentes. Há sujeitos que não gostam do Fluminense, não gostam do Flamengo, mas estão lá. Encontrei um desses, no último Fla-Flu. No intervalo, fui tomar um café. No caminho, vi o meu conhecido num canto, estrebuchante. E mais: - babava na gravata. Aquilo me escandalizou: - "O rapaz! Você não é Flamengo não é Fluminense. Estás torcendo por quem?" Arquejou: - "Torço contra os dois". Mas torcia, o desgraçado... (Grã-Fina das Narinas de Cadáver)
-Paulo Vinícius Coelho
Blog do PVC
PUBLICADO EM 3/10/2006
"O MAIOR CLÁSSICO DO BRASIL
Contados os dez últimos clássicos, o Fla-Flu é o que mais público leva ao estádio, na comparação com Atlético x Cruzeiro, Corinthians x São Paulo, Vasco x Flamengo, Grenal. São 37 mil pagantes por partida, em média, contra 35 mil do clássico mineiro, 32 mil do Clássico dos Milhões e 30 mil de Corinthians x São Paulo. Curioso que Vasco x Flamengo foi final de Copa do Brasil e de campeonato carioca, em 2004, na lista dos dez últimos confrontos. E mesmo assim perde para o Fla-Flu".
- Além desses, inúmeros outros também já escreveram sobre o Fla-Flu. Tostão, por exemplo, já escreveu que considera o Fla-Flu um dos maiores clássicos do mundo.
Expressão que transcende o futebol
-O jornalista Luiz Zanin no jornal Estadão explicou bem isso.
04/10/2006
Fla-Flu
"Hoje à noite tem Fla-Flu no Maracanã. É o clássico mais emblemático do futebol brasileiro. Tanto assim que a expressão é usada sempre que surge um tira-teima entre duas tendências inconciliáveis. Por exemplo, o segundo turno das eleições é um Fla-Flu entre Alckmin e Lula. O termo foi inventado pelo jornalista Mario Filho, simpatizante do Flamengo, autor de O Negro no Futebol Brasileiro, e que hoje é nome oficial do Maracanã – Estádio Mario Filho, chama-se o velho Maraca. O irmão de Mario, o grande dramaturgo Nelson Rodrigues, era Fluminense doente. Nelson, o maior cronista esportivo que este país já conheceu, cunhou uma frase célebre, “O Fla-Flu não tem começo. O Fla-Flu não tem fim. O Fla-Flu começou quarenta minutos antes do nada”. Genial, né? Só que dá pena ver um Fla-Flu com esses dois times de agora. Isso é bastante comum em matérias de política, ciência, economia, entretenimento". http://www.fazenda.gov.br/resenhaeletronica/MostraMateria.asp?page=&cod=355619
-Selo musical Fla-Flu, administrado por uma gravadora francesa chamada Naif, que lançou o disco Cru (2005) do Seu Jorge.
-Bola da diadora chamada Fla-Flu. http://www.kappsoccer.com/catalog.asp?maincategory=Equipment&subcategory=Balls&brand=Diadora
Livros
- "FLA-FLU...e as Multidões Despertaram!" (Editora Europa, autoria de Néson Rodrigues e Mário Filho, organizado por Oscar Maron Filho e Renato Ferreira, 1987)
- "FLA-FLU, O Jogo do Século!" (Editora Letras e Expressões, autoria de Roberto Assaf e Clóvis Martins, 1999)
Músicas
-Marcha Fla-Flu de 1940 (Haroldo Lobo e David Nasser).
-Citado no Hino do Bangu: "A torcida reunida até parece a do Fla-Flu" e no do Flamengo “No Fla-Flu, é o Ai, Jesus”.
-Desafio do Fla-Flu (Caju & Castanha)
-Companhia de dança O Corpo, na coreografia Ongotô, tem uma música composta por Caetano Veloso e José Wisnik chamada Fla-Flu. http://www.blogger.com/www.mundoteatral.com.ar/ar/cartelera/verinfo.php?uid=1472http://www.blogger.com/www.mundoteatral.com.ar/ar/cartelera/verinfo.php?uid=1472
Recordes de público
-O maior recorde entre clubes da história do futebol mundial. O jogo do dia 15/12/1963, válido pelo campeonato carioca, teve 194.603 espectadores, sendo 177.656 pagantes. O segundo recorde entre clubes também pertence ao Fla-Flu, 171.599 pessoas pagaram para ver o jogo do campeonato carioca de 1969. O Fla-Flu já teve mais de 30 jogos com o público superior a 100.000 pessoas.
Curiosidades
- Oscar Niemeyer já jogou um Fla-Flu. O famoso arquiteto brasileiro jogou no juvenil do Tricolor aos 17 anos, em 1925. O jogo, que terminou empatado em 1x1, foi uma preliminar de um Fla-Flu do campeonato carioca daquele ano e foi disputado nas Laranjeiras.
- Totó no RS é conhecido como Fla-Flu.
- Já teve Fla-Flu na Ilha do Retiro, estádio do Sport Club do Recife. Em 1947, os dois clubes estavam fazendo excursão no Nordeste e aproveitaram pra fazer esse amistoso. “Nunca se viu tanta gente na Ilha como naquela tarde de 13 de junho”. http://www.museudosesportes.com.br/memoriafotografica2.php?id=1991
- O histórico do clássico: http://www.footballderbies.com/results/index.php?id=53
“Não interessa que seja ou não um grande jogo. Só as partidas medíocres precisam ter qualidade. O Fla-Flu vale emocionalmente. Ou por outra: - é Fla-Flu e basta”. (Nelson Rodrigues)
Tema de diversos textos e músicas. Ponto turístico para os estrangeiros. Inspiração de escritores, cantores, jornalistas e torcedores, no Brasil e no mundo. O Fla-Flu, ao longo de seus 95 anos de existência, fascina e emociona. Um clássico do futebol que transcendeu o próprio esporte e virou expressão para diversos assuntos.
Turistas no Fla-Flu
-Só pela agência de turismo Be a local, 90 estrangeiros foram assistir ao Fla-Flu de outubro do ano passado. Isso porque nem era alta temporada. Não é à toa que, na maioria das vezes, o jogo de sábado de carnaval no Maracanã é um Fla-Flu. E, independente da situação das duas equipes, está sempre cheio de turistas.
-Vídeo de estrangeiros no Fla-Flu da decisão da Taça Rio de 2005, vencido pelo Fluminense por 4x1. http://www.youtube.com/watch?v=_ZIaoj8pXHU
-Uma agência de turismos francesa oferece um pacote turístico pra quem deseja vir ao Brasil ver um Fla-Flu. “Uma experiência inesquecível, a atmosfera de Flamengo e Fluminense é única e só se encontra no Brasil”. http://www.osoleil.fr/billet-match-bresil-maracana.htm
O Fla-Flu pelo mundo
-Alemanha:
“O big bang brasileiro: Fla-Flu” http://fussballblog.espace.ch/200412/&page=1
Existe um festival na Europa apenas sobre filmes de futebol, chamado festival 11mm,. A 3ª edição, que aconteceu em Berlim ano passado, teve 43 filmes, destes, 4 falam sobre o futebol brasileiro. Um deles, o único sobre clubes, se chama Flamengo – Fluminense. Foi produzido pela TV franco-germânica Arte. A sinopse do filme diz que o Fla-Flu “é mais do que um jogo de futebol: é a alma do futebol brasileiro. O filme trata o clássico em seu contexto social, cultural e político”. http://www.11-mm.de/filme_2006/flamengo_fluminense.htm
-França:Dvd sobre os grandes clássicos. Les grands duels du sport: Flamengo-Fluminense.http://img.clubic.com/photo/00209302.jpg
-Japão:“O Fla-Flu da tradição”. O fim do texto diz : “o Maracanã e o futebol carioca continuam fascinando as pessoas”. Flu.html" target="_blank">http://moronobu.hp.infoseek.co.jp/a5fFla-Flu.html
-Espanha: “Um dos espetáculos esportivos mais espetaculares que se pode presenciar na América do Sul”. Esse texto conta a história do Fla-Flu e cita o recorde mundial de público, que pertence ao Fla-Flu de 63. “Quando eles se enfrentam a cidade pára e as rivalidades explodem”. http://www.futbolfactory.futbolweb.net/index.php?ff=pa_legend&idpartido=16
-Site da Fifa:“O futebol brasileiro têm vários clássicos, mas nenhum é capaz de entusiasmar tantos os torcedores quanto esse centenário clássico entre Flamengo e Fluminense”.http://www.fifa.com/en/organisation/index/0,1521,27708,00.html?articleid=27708
Textos de escritores
-Eduardo Galeano em seu famoso livro “El fútbol a sol y sombra” (p. 40), escreveu sobre esse grande clássico.
Historias de Fla y Flu (parte final)
"Desde entonces, padre e hijo, hijo rebelde, padre abandonado, se dedican a odiarse. Cada clásico Fla-Flu es una nueva batalla de esta guerra de nunca acabar. Los dos aman a la misma ciudad, Río de Janeiro, perezosa, pecadora, que lánguidamente se deja querer y se divierte ofreciéndose a los dos sin darse a ninguno. Padre e hijo juegan para la amante que juega con ellos. Por ella se baten, y ella acude a los duelos vestida de fiesta."
-José Lins do Rego
"Mais do que os homens lutam no gramado, há o espetáculo dos que trepam nas arquibancadas, dos que se apinham nas gerais, dos que se acomodam nas cadeiras de pistas. Nunca vi tanta semelhança entre tanta gente. Todos os setenta mil espectadores que enchem um "Fla-Flu" se parecem, sofrem as mesmas reações, jogam os mesmos insultos, dão os mesmos gritos. Fico no meio de todos e os sinto como irmãos, nas vitórias e nas derrotas. As conversas que escuto, as brigas que assisto, os ditos, as graças, os doestos que largam são como se saíssem de homens e mulheres da mesma classe."
-Armando Nogueira
(Coluna de abril de 2003 no Jornal do Brasil )
“A química do Fla-Flu”
"Meu personagem da semana não é um jogador: meu personagem é um jogo. Mais que um jogo, é uma entidade do futebol- uma entidade chamada Fla-Flu, essa bela sigla com timbre de verso que os tempos já converteram em lenda. Domingo, foi tarde de Fla-Flu, no Maracanã. E, pra que se cumpra, mais uma vez, a tradição da alternância no altar do triunfo, agora, foi a vez do Flamengo. Vi a partida e posso dizer a quem não viu que a vitória do Flamengo foi realmente arrasadora. Tão arrasadora quanto a do Fluminense, em jogo recente. Sempre foi assim e sempre assim será. Uma lá, outra cá. Porque o Fla-Flu não é uma simples partida entre duas equipes, entre dois clubes, entre duas torcidas. O Fla-Flu tem camisa própria. Tem desígnios que são só seus. O Fla-Flu tem torcida própria. Tanto é verdade que, outro dia, conheci uma moça, numa roda em que se falava de futebol. Perguntei-lhe, amavelmente: por qual você torce? E a moça me respondeu, candidamente: Eu torço pelo Fla-Flu. Só uma coisa explica esta moça: é a encantadora química do Fla-Flu".
-Nélson Rodrigues
"Ontem, encontrei-me com a grã-fina das narinas de cadáver. Ela veio para mim feliz do encontro. Disse: - Vou ao Fla-Flu. Imaginem vocês que, outro dia, ela me entra no "Mário Filho" e pergunta:- " Quem é a bola? " Não sabia quem era a bola, mas era tocada pela magia do Fla-Flu. Sabe quem é o Fla-Flu e não sabe quem é a bola. (...)Eu queria dizer que o Fla-Flu apaixona até os neutros. Ou por outra: -diante do formidável clássico não há neutros, não há indiferentes. Há sujeitos que não gostam do Fluminense, não gostam do Flamengo, mas estão lá. Encontrei um desses, no último Fla-Flu. No intervalo, fui tomar um café. No caminho, vi o meu conhecido num canto, estrebuchante. E mais: - babava na gravata. Aquilo me escandalizou: - "O rapaz! Você não é Flamengo não é Fluminense. Estás torcendo por quem?" Arquejou: - "Torço contra os dois". Mas torcia, o desgraçado... (Grã-Fina das Narinas de Cadáver)
-Paulo Vinícius Coelho
Blog do PVC
PUBLICADO EM 3/10/2006
"O MAIOR CLÁSSICO DO BRASIL
Contados os dez últimos clássicos, o Fla-Flu é o que mais público leva ao estádio, na comparação com Atlético x Cruzeiro, Corinthians x São Paulo, Vasco x Flamengo, Grenal. São 37 mil pagantes por partida, em média, contra 35 mil do clássico mineiro, 32 mil do Clássico dos Milhões e 30 mil de Corinthians x São Paulo. Curioso que Vasco x Flamengo foi final de Copa do Brasil e de campeonato carioca, em 2004, na lista dos dez últimos confrontos. E mesmo assim perde para o Fla-Flu".
- Além desses, inúmeros outros também já escreveram sobre o Fla-Flu. Tostão, por exemplo, já escreveu que considera o Fla-Flu um dos maiores clássicos do mundo.
Expressão que transcende o futebol
-O jornalista Luiz Zanin no jornal Estadão explicou bem isso.
04/10/2006
Fla-Flu
"Hoje à noite tem Fla-Flu no Maracanã. É o clássico mais emblemático do futebol brasileiro. Tanto assim que a expressão é usada sempre que surge um tira-teima entre duas tendências inconciliáveis. Por exemplo, o segundo turno das eleições é um Fla-Flu entre Alckmin e Lula. O termo foi inventado pelo jornalista Mario Filho, simpatizante do Flamengo, autor de O Negro no Futebol Brasileiro, e que hoje é nome oficial do Maracanã – Estádio Mario Filho, chama-se o velho Maraca. O irmão de Mario, o grande dramaturgo Nelson Rodrigues, era Fluminense doente. Nelson, o maior cronista esportivo que este país já conheceu, cunhou uma frase célebre, “O Fla-Flu não tem começo. O Fla-Flu não tem fim. O Fla-Flu começou quarenta minutos antes do nada”. Genial, né? Só que dá pena ver um Fla-Flu com esses dois times de agora. Isso é bastante comum em matérias de política, ciência, economia, entretenimento". http://www.fazenda.gov.br/resenhaeletronica/MostraMateria.asp?page=&cod=355619
-Selo musical Fla-Flu, administrado por uma gravadora francesa chamada Naif, que lançou o disco Cru (2005) do Seu Jorge.
-Bola da diadora chamada Fla-Flu. http://www.kappsoccer.com/catalog.asp?maincategory=Equipment&subcategory=Balls&brand=Diadora
Livros
- "FLA-FLU...e as Multidões Despertaram!" (Editora Europa, autoria de Néson Rodrigues e Mário Filho, organizado por Oscar Maron Filho e Renato Ferreira, 1987)
- "FLA-FLU, O Jogo do Século!" (Editora Letras e Expressões, autoria de Roberto Assaf e Clóvis Martins, 1999)
Músicas
-Marcha Fla-Flu de 1940 (Haroldo Lobo e David Nasser).
-Citado no Hino do Bangu: "A torcida reunida até parece a do Fla-Flu" e no do Flamengo “No Fla-Flu, é o Ai, Jesus”.
-Desafio do Fla-Flu (Caju & Castanha)
-Companhia de dança O Corpo, na coreografia Ongotô, tem uma música composta por Caetano Veloso e José Wisnik chamada Fla-Flu. http://www.blogger.com/www.mundoteatral.com.ar/ar/cartelera/verinfo.php?uid=1472http://www.blogger.com/www.mundoteatral.com.ar/ar/cartelera/verinfo.php?uid=1472
Recordes de público
-O maior recorde entre clubes da história do futebol mundial. O jogo do dia 15/12/1963, válido pelo campeonato carioca, teve 194.603 espectadores, sendo 177.656 pagantes. O segundo recorde entre clubes também pertence ao Fla-Flu, 171.599 pessoas pagaram para ver o jogo do campeonato carioca de 1969. O Fla-Flu já teve mais de 30 jogos com o público superior a 100.000 pessoas.
Curiosidades
- Oscar Niemeyer já jogou um Fla-Flu. O famoso arquiteto brasileiro jogou no juvenil do Tricolor aos 17 anos, em 1925. O jogo, que terminou empatado em 1x1, foi uma preliminar de um Fla-Flu do campeonato carioca daquele ano e foi disputado nas Laranjeiras.
- Totó no RS é conhecido como Fla-Flu.
- Já teve Fla-Flu na Ilha do Retiro, estádio do Sport Club do Recife. Em 1947, os dois clubes estavam fazendo excursão no Nordeste e aproveitaram pra fazer esse amistoso. “Nunca se viu tanta gente na Ilha como naquela tarde de 13 de junho”. http://www.museudosesportes.com.br/memoriafotografica2.php?id=1991
- O histórico do clássico: http://www.footballderbies.com/results/index.php?id=53
“Não interessa que seja ou não um grande jogo. Só as partidas medíocres precisam ter qualidade. O Fla-Flu vale emocionalmente. Ou por outra: - é Fla-Flu e basta”. (Nelson Rodrigues)
domingo, 3 de fevereiro de 2008
Chico Buarque e o Fluminense
- Em 69, Chico escreveu o artigo "Um tricolor em Roma".
“(...) é muito fácil ser rubro-negro. Fácil de mais. É como ser a favor do sol no meio do deserto, ou comemorar o Dia da Árvore no coração da Amazônia. Aliás, nunca existiu um flamenguista. Flamengar é verbo imperfeito que só se conjuga no plural. Por exemplo: E advogo, tu bates o ponto, ele mata mosquito; nós flamengamos, vós flamengais, eles flamengam. Mas torcer pelo Fluminense, modéstia à parte, requer outros talentos. Precisa saber dançar sem batucada. O tricolor chora e ri sem ninguém por perto. Ele merece um campeonato, ele merece”.
Na íntegra:
http://chicobuarque.uol.com.br/texto/menu_artigos.htm
- Trecho da música “Bom tempo”.
“Satisfeito
Alegria batendo no peito
Radinho contando direito
A vitória do meu tricolor”
Ps: Tem uma gravação dessa música com a Elis Regina, em que antes de cantar esse trecho ela diz “Jovem Flu”, referindo – se a torcida organizada daquela época, a qual o próprio Chico fazia parte.
- Quando nasceu uma das filhas do Chico Burque, o sambista rubro-negro Ciro Monteiro mandou de presente uma camisa do Flamengo. Teve como resposta a maravilhosa música “Ilmo Sr. Ciro Monteiro ou Receita Pra Virar Casaca de Neném”.
"Amigo Ciro
Muito te admiro
O meu chapéu te tiro
Muito humildemente
Minha petiz
Agradece a camisa
Que lhe deste à guisa
De gentil presente
Mas caro nego
Um pano rubro-negro
É presente de grego
Não de um bom irmão
Nós separados
Nas arquibancadas
Temos sido tão chegados
Na desolação
Amigo velho
Amei o teu conselho
Amei o teu vermelho
Que é de tanto ardor
Mas quis o verde
Que te quero verde
É bom pra quem vai ter
De ser bom sofredor
Pintei de branco o teu preto
Ficando completo
O jogo da cor
Virei-lhe o listrado do peito
E nasceu desse jeito
Uma outra tricolor"
- Nota da coluna do Ancelmo Gois em 19/04/2005
Chico é campeão
Chico Buarque, tricolor doente, estava aflito em Nova York, domingo, porque não tinha como assistir à decisão entre Fluminense e Volta Redonda.
Acredite. Nosso herói ligou para a TV Globo, implorou por uma saída e, ufa!, foi autorizado a ver o jogo no escritório da emissora no centro vazio, vazio de Manhatan. Saiu de lá todo feliz.
“(...) é muito fácil ser rubro-negro. Fácil de mais. É como ser a favor do sol no meio do deserto, ou comemorar o Dia da Árvore no coração da Amazônia. Aliás, nunca existiu um flamenguista. Flamengar é verbo imperfeito que só se conjuga no plural. Por exemplo: E advogo, tu bates o ponto, ele mata mosquito; nós flamengamos, vós flamengais, eles flamengam. Mas torcer pelo Fluminense, modéstia à parte, requer outros talentos. Precisa saber dançar sem batucada. O tricolor chora e ri sem ninguém por perto. Ele merece um campeonato, ele merece”.
Na íntegra:
http://chicobuarque.uol.com.br/texto/menu_artigos.htm
- Trecho da música “Bom tempo”.
“Satisfeito
Alegria batendo no peito
Radinho contando direito
A vitória do meu tricolor”
Ps: Tem uma gravação dessa música com a Elis Regina, em que antes de cantar esse trecho ela diz “Jovem Flu”, referindo – se a torcida organizada daquela época, a qual o próprio Chico fazia parte.
- Quando nasceu uma das filhas do Chico Burque, o sambista rubro-negro Ciro Monteiro mandou de presente uma camisa do Flamengo. Teve como resposta a maravilhosa música “Ilmo Sr. Ciro Monteiro ou Receita Pra Virar Casaca de Neném”.
"Amigo Ciro
Muito te admiro
O meu chapéu te tiro
Muito humildemente
Minha petiz
Agradece a camisa
Que lhe deste à guisa
De gentil presente
Mas caro nego
Um pano rubro-negro
É presente de grego
Não de um bom irmão
Nós separados
Nas arquibancadas
Temos sido tão chegados
Na desolação
Amigo velho
Amei o teu conselho
Amei o teu vermelho
Que é de tanto ardor
Mas quis o verde
Que te quero verde
É bom pra quem vai ter
De ser bom sofredor
Pintei de branco o teu preto
Ficando completo
O jogo da cor
Virei-lhe o listrado do peito
E nasceu desse jeito
Uma outra tricolor"
- Nota da coluna do Ancelmo Gois em 19/04/2005
Chico é campeão
Chico Buarque, tricolor doente, estava aflito em Nova York, domingo, porque não tinha como assistir à decisão entre Fluminense e Volta Redonda.
Acredite. Nosso herói ligou para a TV Globo, implorou por uma saída e, ufa!, foi autorizado a ver o jogo no escritório da emissora no centro vazio, vazio de Manhatan. Saiu de lá todo feliz.
sábado, 2 de fevereiro de 2008
Para ser um gigante
No instante em que escrevo estas palavras, o Fluminense Football Club está completando o seu primeiro centenário. Não são cem anos de regatas, críquete, tênis ou carteado – mas de futebol. O Fluminense é o mais antigo clube de futebol do Rio de Janeiro, um dos mais antigos do Brasil e, indiscutivelmente, o que mais contribuiu para o desenvolvimento do esporte que hoje nos identifica como nação. Ao contrário dos demais grandes clubes cariocas, o Tricolor das Laranjeiras tem o futebol em sua certidão de nascimento e na heráldica de seu escudo.
O Fluminense é daqueles clubes sem os quais as cinco estrelas que a camisa do Brasil exibe hoje talvez nunca tivessem sido bordadas. Não apenas porque cedeu muitos jogadores para a Seleção, mas principalmente porque estabeleceu os paradigmas da administração esportiva no país. Já em 1904, por exemplo, o clube fundado por Oscar Cox inspirou e apoiou a formação das equipes de futebol de Botafogo, Bangu e América, clubes com os quais disputou o primeiro campeonato carioca em 1906. Disputou e venceu.
Falo em vitória e chego à pergunta fatal de uma crônica que pretende fazer um inventário das glórias do Tricolor. Quando o Fluminense terá sido maior? Para responder a esta pergunta eu poderia escolher um dos 29 títulos estaduais conquistados pelo time, os títulos brasileiros de 1970 e 1984, a Taça Olímpica de 1949 ou ainda o campeonato mundial interclubes de 1952. Mas será que os momentos mais heróicos do Fluminense terão sido aqueles nos quais conquistou campeonatos?
“O Fluminense nasceu com a vocação da eternidade. Tudo pode passar, mas o Tricolor não passará jamais”. O autor desta frase também é eterno. Chama-se Nelson Rodrigues – o maior cronista e dramaturgo brasileiro de todos os tempos. Na avaliação de Nelsinho, seu primogênito, o bardo da Aldeia Campista é o maior troféu da história do Fluminense – e o único que jamais será erguido por outros clubes. Trata-se de uma bela resposta para a minha pergunta aí de cima. E é um orgulho saber que o maior tricolor da história não freqüentou gramados nem gabinetes acarpetados, mas construiu sua mística do lado de cá da máquina de escrever. Mas não quero centrar minha escolha da grande glória do clube num indivíduo.
Em meu coração há um recanto especial para um jogo contra o Náutico, pela terceira divisão do Campeonato Brasileiro. Num Maracanã com arquibancadas interditadas para obras, uma inacreditável multidão de torcedores lotou a geral, quarta-feira à noite, para, sob chuva torrencial, empurrar o time durante a quadra mais difícil de sua existência. Naquele dia eu tive a mais absoluta certeza que o Tricolor jamais desapareceria, nem com três rebaixamentos seguidos, nem com mil anos de crises e gestões desastrosas. Ali eu entendi que não há abismo suficientemente grande para tragar um clube como o Fluminense.
Mas se eu tivesse que escolher apenas um momento para simbolizar a grandeza do clube da rua Álvaro Chaves, eu voltaria no tempo, até 7 de julho de 1912, data em que foi disputado o primeiro Fla x Flu. Com um time formado pelos tricolores campeões invictos de 1911, que deixaram o clube após uma desavença, o Flamengo era a nova sensação do futebol carioca. Do outro lado, o Fluminense encarava a maior ameaça de sua história. Se perdesse – o que seria natural – o futebol no clube correria grande risco de encerrar as atividades. Mas a heróica e renovada equipe tricolor venceu o Fla x Flu – que permanecerá para sempre como o mais importante da história – e salvou o time do desaparecimento.
Para ser um gigante, não fazem falta títulos mirabolantes, equipes inesquecíveis ou milhões de fanáticos torcedores. O Fluminense tem tudo isso, como de resto quase todos os grandes clubes mundo afora. Não é isso que torna o Tricolor diferente dos demais. Para ser um gigante é preciso mostrar valor diante do inimigo invencível e face ao mais profundo dos abismos. Por duas vezes, ao longo de seu primeiro centenário, o Fluminense esteve à beira da aniquilação – e sobreviveu. Foi com tal fidalguia que o clube das três cores que traduzem tradição se tornou uma lenda. Um clube que, quando menor pareceu, aí mesmo foi que provou ser um gigante.
(Marcos Caetano)
* Crônica publicada no Jornal do Brasil no dia 21/07/2002
O Fluminense é daqueles clubes sem os quais as cinco estrelas que a camisa do Brasil exibe hoje talvez nunca tivessem sido bordadas. Não apenas porque cedeu muitos jogadores para a Seleção, mas principalmente porque estabeleceu os paradigmas da administração esportiva no país. Já em 1904, por exemplo, o clube fundado por Oscar Cox inspirou e apoiou a formação das equipes de futebol de Botafogo, Bangu e América, clubes com os quais disputou o primeiro campeonato carioca em 1906. Disputou e venceu.
Falo em vitória e chego à pergunta fatal de uma crônica que pretende fazer um inventário das glórias do Tricolor. Quando o Fluminense terá sido maior? Para responder a esta pergunta eu poderia escolher um dos 29 títulos estaduais conquistados pelo time, os títulos brasileiros de 1970 e 1984, a Taça Olímpica de 1949 ou ainda o campeonato mundial interclubes de 1952. Mas será que os momentos mais heróicos do Fluminense terão sido aqueles nos quais conquistou campeonatos?
“O Fluminense nasceu com a vocação da eternidade. Tudo pode passar, mas o Tricolor não passará jamais”. O autor desta frase também é eterno. Chama-se Nelson Rodrigues – o maior cronista e dramaturgo brasileiro de todos os tempos. Na avaliação de Nelsinho, seu primogênito, o bardo da Aldeia Campista é o maior troféu da história do Fluminense – e o único que jamais será erguido por outros clubes. Trata-se de uma bela resposta para a minha pergunta aí de cima. E é um orgulho saber que o maior tricolor da história não freqüentou gramados nem gabinetes acarpetados, mas construiu sua mística do lado de cá da máquina de escrever. Mas não quero centrar minha escolha da grande glória do clube num indivíduo.
Em meu coração há um recanto especial para um jogo contra o Náutico, pela terceira divisão do Campeonato Brasileiro. Num Maracanã com arquibancadas interditadas para obras, uma inacreditável multidão de torcedores lotou a geral, quarta-feira à noite, para, sob chuva torrencial, empurrar o time durante a quadra mais difícil de sua existência. Naquele dia eu tive a mais absoluta certeza que o Tricolor jamais desapareceria, nem com três rebaixamentos seguidos, nem com mil anos de crises e gestões desastrosas. Ali eu entendi que não há abismo suficientemente grande para tragar um clube como o Fluminense.
Mas se eu tivesse que escolher apenas um momento para simbolizar a grandeza do clube da rua Álvaro Chaves, eu voltaria no tempo, até 7 de julho de 1912, data em que foi disputado o primeiro Fla x Flu. Com um time formado pelos tricolores campeões invictos de 1911, que deixaram o clube após uma desavença, o Flamengo era a nova sensação do futebol carioca. Do outro lado, o Fluminense encarava a maior ameaça de sua história. Se perdesse – o que seria natural – o futebol no clube correria grande risco de encerrar as atividades. Mas a heróica e renovada equipe tricolor venceu o Fla x Flu – que permanecerá para sempre como o mais importante da história – e salvou o time do desaparecimento.
Para ser um gigante, não fazem falta títulos mirabolantes, equipes inesquecíveis ou milhões de fanáticos torcedores. O Fluminense tem tudo isso, como de resto quase todos os grandes clubes mundo afora. Não é isso que torna o Tricolor diferente dos demais. Para ser um gigante é preciso mostrar valor diante do inimigo invencível e face ao mais profundo dos abismos. Por duas vezes, ao longo de seu primeiro centenário, o Fluminense esteve à beira da aniquilação – e sobreviveu. Foi com tal fidalguia que o clube das três cores que traduzem tradição se tornou uma lenda. Um clube que, quando menor pareceu, aí mesmo foi que provou ser um gigante.
(Marcos Caetano)
* Crônica publicada no Jornal do Brasil no dia 21/07/2002
terça-feira, 29 de janeiro de 2008
TATUAGEM - Para sempre no coração
"As tres cores entram pela retina, resvalam na mente e ficam tatuadas no coração. É para sempre, não há como tirar. Vai-se a infância, torna-se adulto, vêm os amores que, as vezes, se vão. Vêm os filhos, vão-se os amigos, as mulheres, os filhos se casam, parentes se vão, mas estão as tres cores no teu coração. Vem a velhice, os filhos mudaram, as mulheres o largaram, Solidão, mas permanece no peito, o Fluzão. É o mais longo amor de toda uma vida, tatuagem grudada ,tatuagem sofrida, só solta do peito junto d'alma na tua subida. Tatuada na infância e para além dessa vida. Nunca haverá, despedida". (Joaquim Carlos)
Texto que eu escrevi
"Meu amigo mais antigo, meu primeiro amor. Presença marcante no meu passado, no meu presente e no meu futuro. Responsável por transformar domingos tediosos em dias maravilhosos e por dar graça às noites de quarta-feira. Presente em algumas de minhas primeiras lembranças. Meu companheiro de todas as horas. Está comigo todo santo dia desde quando eu consigo me lembrar. Capacidade de mudar o meu humor como ninguém mais consegue. A alegria do meu coração, que me domina, me fascina e me emociona. Meu amor incondicional. Meu Fluzão, meu campeão, minha paixão!" (Natália L)
Gesto nobre reconhecido
“Antes de Fluminense e América jogarem pelo returno do carioca de 1925, o presidente americano Raul Meirelles Reis faleceu. Em sinal de luto, os rubros decidiram então não comparecer ao jogo, entregando ao Fluminense os pontos pela vitória. O Flu recusou e pediu o adiamento do jogo, o que não foi aceito pela Liga, confirmando a vitória do Flu por W.O. O América, entretanto, sensibilizou-se com o gesto Tricolor e lhe enviou um ofício de agradecimento:
“(...)Embora o nobre gesto não nos surpreende-se, nem por isso deixou de sensibilizar extremamente o América(...)” (Trecho retirado da revista "Fluminense - A história do Tricolor das Laranjeiras" feita pelo Lance! Em 99)
“(...)Embora o nobre gesto não nos surpreende-se, nem por isso deixou de sensibilizar extremamente o América(...)” (Trecho retirado da revista "Fluminense - A história do Tricolor das Laranjeiras" feita pelo Lance! Em 99)
Mais frases
“Ao ser perguntado sobre qual foi a sua maior emoção no futebol, Telê Santana surpreendeu ao não citar nenhum de seus inúmeros títulos como jogador ou treinador: “A minha grande emoção senti como torcedor, quando, ainda jovem, em São João del Rey, ouvi pelo rádio o gol de Ademir contra o Botafogo, que deu ao Fluminense o título de supercampeão Carioca de 1946”. Só esta declaração já é mais do que suficiente para definir o que o Fluminense representa na vida de Telê Santana”. (Trecho retirado do livro "Fluminense História, Conquistas e Glórias no futebol")
“Eu praticamente nasci com a camisa do Fluminense. Meu pai conta que foi a primeira coisa que ele me deu no hospital”. (Julio César Romero, filho do Romerito)
“Do lado esquerdo do peito, um pouco abaixo do radinho de pilha, o escudo protege o coração tricolor. E o escudo sorri. Não quero explicar esse sorriso. Não venham me falar de letras e ilusões infantis. Do alto da minha paixão, vivo eternos 11 anos de idade e o escudo me sorri sussurrante. O Fluminense é a minha terra do nunca. Sempre.” (Pedro Bial)
"Fluminense, pra mim, é a minha paixão, é a minha vida. Fluminense, pra mim, é segunda família. Enquanto joguei pelo tricolor, cheguei a seleção brasileira numa idade avançada e consegui ser tricampeão carioca e campeão brasileiro. Eu agradeço a Deus por ter jogado no Fluminense."(Assis)
“Eu praticamente nasci com a camisa do Fluminense. Meu pai conta que foi a primeira coisa que ele me deu no hospital”. (Julio César Romero, filho do Romerito)
“Do lado esquerdo do peito, um pouco abaixo do radinho de pilha, o escudo protege o coração tricolor. E o escudo sorri. Não quero explicar esse sorriso. Não venham me falar de letras e ilusões infantis. Do alto da minha paixão, vivo eternos 11 anos de idade e o escudo me sorri sussurrante. O Fluminense é a minha terra do nunca. Sempre.” (Pedro Bial)
"Fluminense, pra mim, é a minha paixão, é a minha vida. Fluminense, pra mim, é segunda família. Enquanto joguei pelo tricolor, cheguei a seleção brasileira numa idade avançada e consegui ser tricampeão carioca e campeão brasileiro. Eu agradeço a Deus por ter jogado no Fluminense."(Assis)
segunda-feira, 28 de janeiro de 2008
Ser Fluminense
Ser Fluminense é entender esporte com bom gosto. É ser leal sem ser boboca e ser limpo sem ser ingênuo.
Ser Fluminense é aplicar o senso estético à vida e misturar as cores de modo certo, dosar a largura do Grená, a profundidade do Verde com as planuras do Branco.
Ser Fluminense é saber pensar ao lado de sentir e emocionar-se com dignidade e discrição. É guardar modéstia, a disfarçar decisão, vontade e determinação. É calar o orgulho sem o perder. È reconhecer a qualidade alheia, aprimorando-se até suplanta-la.
Ser Fluminense não ser melhor, mas ser certo. Não é vencer a qualquer preço, mas vencer-se primeiro ser vitorioso depois.É não perder a capacidade de admirar e de (se) colocar metas sempre mais altas, aprimorando-se na busca! E jamais perder a esperança até o minuto final.
Ser Fluminense é gostar de talento, honradez, equilíbrio, limpeza, poesia, trabalho, paz, construção, justiça, criatividade, coragem serena e serenidade decidida.
Ser Fluminense é rejeitar abuso, humilhação, manha, soslaio, sorrateiros, desleais, temerosos, pretensão, soberba, tocaia, solércia, arrogância, suborno ou hipocrisia. È pelejar, tentar, ousar, crescer, descubrir-se, viver, saber, vislumbrar, ter curiosidade e construir.
Ser Fluminense é unir caráter com decisão, sentimento com ação, razão com justiça, vontade com sonho, percepção com fé, agudeza com profundidade, alegria com ser, fazer com construir, esperar com obter. É ter os olhos limpos, sem desrespeito, e claro como a esperança.
Ser Fluminense, enfim, é descobrir o melhor de cada um, para reparti-lo com os demais e saber a cada dia, amanhecer melhor, feliz pelo milagre da vida como prodígio de compreensão e trabalho, para construir o mundo de todos e de cada um, mundo no qual tremulará a bandeira tricolor.(Arthur da Távola)
Ser Fluminense é aplicar o senso estético à vida e misturar as cores de modo certo, dosar a largura do Grená, a profundidade do Verde com as planuras do Branco.
Ser Fluminense é saber pensar ao lado de sentir e emocionar-se com dignidade e discrição. É guardar modéstia, a disfarçar decisão, vontade e determinação. É calar o orgulho sem o perder. È reconhecer a qualidade alheia, aprimorando-se até suplanta-la.
Ser Fluminense não ser melhor, mas ser certo. Não é vencer a qualquer preço, mas vencer-se primeiro ser vitorioso depois.É não perder a capacidade de admirar e de (se) colocar metas sempre mais altas, aprimorando-se na busca! E jamais perder a esperança até o minuto final.
Ser Fluminense é gostar de talento, honradez, equilíbrio, limpeza, poesia, trabalho, paz, construção, justiça, criatividade, coragem serena e serenidade decidida.
Ser Fluminense é rejeitar abuso, humilhação, manha, soslaio, sorrateiros, desleais, temerosos, pretensão, soberba, tocaia, solércia, arrogância, suborno ou hipocrisia. È pelejar, tentar, ousar, crescer, descubrir-se, viver, saber, vislumbrar, ter curiosidade e construir.
Ser Fluminense é unir caráter com decisão, sentimento com ação, razão com justiça, vontade com sonho, percepção com fé, agudeza com profundidade, alegria com ser, fazer com construir, esperar com obter. É ter os olhos limpos, sem desrespeito, e claro como a esperança.
Ser Fluminense, enfim, é descobrir o melhor de cada um, para reparti-lo com os demais e saber a cada dia, amanhecer melhor, feliz pelo milagre da vida como prodígio de compreensão e trabalho, para construir o mundo de todos e de cada um, mundo no qual tremulará a bandeira tricolor.(Arthur da Távola)
"A Grande Guerra seria apenas a paisagem, apenas o fundo das nossas botinadas. Enquanto morria um mundo e começava outro, eu só via o Fluminense". (Nelson Rodrigues na crônica "Os Irmãos Karamazov")
"Eu nem sabia falar direito e o Fluminense já estava dentro de mim, do meu corpo, do meu coração. O Fluminense é a minha vida, uma paixão muito difícil de explicar". (João Coelho Neto, o Preguinho)
“Aceito esse desafio pelo Fluminense. Sua grandeza, seu real propósito de se reorganizar, de comprovar que não há qualquer mácula na história em chegar a essa condição desde que haja espírito para lutar e melhorar. Não faria isso por mais clube algum” (Parreira, ao aceitar ser técnico do Flu na terceira divisão)
"Eu ficava por conta da vida quando perdia jogo. Não brincava, não saia, não tinha nada que me fizesse alegria. O Fluminense era a minha paixão". (Telê Santana no filme "Saudações Tricolores")
“Ao dar a volta olímpica, pensei em todos torcedores tricolores e senti uma emoção cuja intensidade tão grande só pode ser compreendida por quem tem o Fluminense no coração”. (Paulo Victor, sobre a conquista do brasileiro de 84)
“É difícil não amar o Fluminense ao ver essa maravilhosa torcida nos apoiando com tanto carinho e dedicação”. (Vedrana, jogadora de basquete croata campeã brasileira pelo Flu em 98)
“É um sonho vê-lo com a camisa do Flu. Quero levá-lo em Xerém no fim do ano para fazer um teste. Seria mais uma realização da minha vida, pois o Fluminense é o clube que mais amo, o clube do meu coração. É como se eu fosse filho do clube”. (Romerito, sobre a possibilidade de seu filho jogar pelo Flu)
"Eu nem sabia falar direito e o Fluminense já estava dentro de mim, do meu corpo, do meu coração. O Fluminense é a minha vida, uma paixão muito difícil de explicar". (João Coelho Neto, o Preguinho)
“Aceito esse desafio pelo Fluminense. Sua grandeza, seu real propósito de se reorganizar, de comprovar que não há qualquer mácula na história em chegar a essa condição desde que haja espírito para lutar e melhorar. Não faria isso por mais clube algum” (Parreira, ao aceitar ser técnico do Flu na terceira divisão)
"Eu ficava por conta da vida quando perdia jogo. Não brincava, não saia, não tinha nada que me fizesse alegria. O Fluminense era a minha paixão". (Telê Santana no filme "Saudações Tricolores")
“Ao dar a volta olímpica, pensei em todos torcedores tricolores e senti uma emoção cuja intensidade tão grande só pode ser compreendida por quem tem o Fluminense no coração”. (Paulo Victor, sobre a conquista do brasileiro de 84)
“É difícil não amar o Fluminense ao ver essa maravilhosa torcida nos apoiando com tanto carinho e dedicação”. (Vedrana, jogadora de basquete croata campeã brasileira pelo Flu em 98)
“É um sonho vê-lo com a camisa do Flu. Quero levá-lo em Xerém no fim do ano para fazer um teste. Seria mais uma realização da minha vida, pois o Fluminense é o clube que mais amo, o clube do meu coração. É como se eu fosse filho do clube”. (Romerito, sobre a possibilidade de seu filho jogar pelo Flu)
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