domingo, 24 de fevereiro de 2008

O Fluminense pelo mundo 6

Alemanha


















Em 1975, o Fluminense venceu por 1x0 o Bayern, no maracanã.

Video com os melhores momentos do jogo:

http://br.youtube.com/watch?v=Uu1k-KoACkY&NR=1

PS: Obrigada a quem postou esse vídeo! É sempre bom rever grandes momentos da História do Fluminense.

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008

A origem da palavra torcedor

"No começo do futebol, ir ao estádio era um ato de elegância, principalmente, no Fluminense. Por isso o Fluminense até hoje tem essa fama de clube aristocrático. As mulheres se enfeitavam como se fosse ao Grande Prêmio Brasil, colocavam vestidos de alta costura, chapéus, luvas. Mesmo que a temperatura na cidade estivesse por volta dos 40º de temperatura, elas iam de luvas. Como o calor era muito grande, elas tiravam as luvas e ficavam com as luvas nas mãos, e como ficavam nervosas com o jogo, elas as torciam ansiosamente. Os homens usavam a palheta, um chapéu de palha muito comum na época, muito elegante e também ficavam com o chapéu na mão enquanto torciam. O Coelho Neto, que além de poeta e cronista era pai de dois jogadores do Fluminense: o Preguinho, que foi o primeiro homem a fazer um gol pela seleção brasileira em uma Copa do Mundo, e do Mano, que morreu em conseqüência de um jogo de futebol, levou uma bolada e acabou morrendo; pois o Coelho Neto escreveu uma crônica em que ele usava a expressão “as torcedoras”, referindo-se às mulheres e dali a expressão pegou e nasceu a torcida. Havia quem dissesse que torcida vinha do fato de as pessoas torcerem os fatos, de o torcedor torcer os fatos a favor de seu clube, mas não foi daí que o termo veio não. Apesar de que quem torce, realmente torce as coisas e até distorce. Mas, na verdade, não foi por isso, foi mesmo pelo gesto das moças, principalmente, das que torciam as luvas entre as mãos". (Jornalista Luiz Mendes)

Fonte: http://www.cte.uerj.br/download/luiz_mendes.pdf

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008

O Flu foi convidado a disputar o Torneio de Seul, criado em comemoração a inauguração do estádio olímpico. Fomos campeões do torneio, mas só tem um problema com a informação que eu passei.

Estou na dúvida se esse primeiro jogo foi mesmo contra a seleção chinesa. Tenho uma matéria do Jornal do Brasil de outubro de 2005 que diz exatamente o que eu escrevi. Entretanto, no livro "História do Fluminense", de Paulo Coelho Neto, não há menção ao jogo contra a China. O primeiro jogo do Flu no torneio foi contra a seleção da Coréia.

Não sei se antes de começar o torneio o Flu fez um amistoso contra a seleção chinesa ou se a matéria do JB estava errada.

Fora isso, não sei o que esse Fluminense de Camarões pode ter a ver com o Flu, mas vou tentar descobrir.

Desculpem pelo possível erro! =)

domingo, 17 de fevereiro de 2008

O Fluminense pelo mundo 5

3) Ásia

Coréia do Sul

O Fluminense inaugurou o estádio Olímpico de Seul, construído para os Jogos Olímpicos de 1988. O jogo foi contra a seleção da China em 1984. Vitória do Flu por 1x0, gol do Washington.

4) África

Camarões

O Fluminense de Camarões.

http://www.fluminencefc.com/


Convênios do Flu pelo mundo

http://www.futurepros.tv/page/page/2918149.htm

http://www.childrensaid.org.uk/mumuquinha-spain.html

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2008

O Fluminense pelo mundo 4

Chile

Todos os jogos feitos pelo Flu no Chile:

1) 7 de mayo de 1950. Estadio Nacional. Colo-Colo 3 / Fluminense 0
2) 14 de mayo de 1950. Estadio Nacional. Selección Chilena 2 / Fluminense 2
3) 18 de mayo de 1950. Estadio Nacional. Colo-Colo 1 / Fluminense 1
4) 21 de mayo de 1950. Playa Ancha. Santiago Wanderers 1 / Fluminense 6
5) 7 de febrero de 1953. Estadio Centenario, Montevideo. Copa Montevideo. Fluminense 3 / Colo-Colo 0
6) 27 de febrero de 1960. Estadio Nacional. Selección Chilena 0 / Fluminense 0
7) 19 de febrero de 1976. Estadio Sausalito, Viña del Mar.Copa Viña del Mar. Fluminense 1 / Unión Española 0
8) 21 de febrero de 1976. Estadio Sausalito, Viña del Mar. Copa Viña del Mar. Everton 0 / Fluminense 0
9) 25 de febrero de 1976. Municipal de Concepción. Deportes Concepción 0 / Fluminense 4
10) 8 de octubre de 1980. Estadio Nacional. Selección Chilena 3 / Fluminense 0.
11) 09/11/2005. San Carlos de Apoquindo. Universidad Católica do Chile 2 / Fluminense 0

Fonte: Site da Universidad Catolica do Chile.

Argentina

- O Fluminense foi o primeiro clube brasileiro a jogar no estádio do Banfield. Foi em 2005 pela Sul-americana. Mesmo tendo perdido o jogo, a diretoria do Banfield presenteou o Fluminense com uma placa comemorativa.

- Na reunião do Congresso de Roma de 1949, o Fluminense foi escolhido pelo Comitê Olímpico Internacional o ganhador da Taça Olímpica. Na ocasião, o Flu recebeu apoio de dirigentes esportivos de diversos países. Um dos maiores apoiadores estrangeiros do Flu na reunião foi o dirigente argentino Horacio Bustos Moron.

O Fluminense pelo mundo 3

2) AMÉRICA

Estados Unidos

- O general-presidente Dwight Einsenhower, famoso por sua participação na Segunda Guerra Mundial, é o sócio honorário nº 32 do Fluminense. Ele obteve o título em uma de suas vindas ao Brasil na década de 50.

- Até Hollywood já veio para o Fluminense. Em 2002, na sede do clube, foram filmadas cenas do filme "The Games of Their Lives" ("Duelos de Campeões"), com Gerard Butler ( “300”, “O Fantasma da Ópera”, “P.S. Eu Te Amo”).

México

- Fluminense F.C., da Cidade do México.
Segundo Paulo Coelho Neto, no livro “A História do Fluminense” (p.454) foi criado um clube na Cidade do México inspirado no Fluminense.

Uruguai

- A torcida do Fluminense não se limita ao território brasileiro. A Torcida Fluruguay é uma prova disso. Criada pelos irmãos uruguaios Legnani, essa torcida é fruto da fascinação que o Flu exerceu em Francisco, o irmão mais velho. Tudo começou por causa de uma matéria que saiu sobre o Flu numa revista sobre futebol. Foi paixão à primeira vista. Francisco influenciou o irmão Javier, que também se apaixonou pelas três cores que traduzem tradição.

Blog da torcida
www.8p.com.br/fluruguaypurapasion/flog/#

Reportagem interessante que conta a história deles com o Flu.
http://www.sempreflu.com.br/arquivos/diverso15.htm?PHPSESSID=4a05ee37366d1c601010bcfa931f3fe5

- O Peñarol é o clube estrangeiro que mais jogou contra o Fluminense. Foram nove partidas. A primeira aconteceu em 1944 com vitória do clube uruguaio por 4x1.

O Fluminense pelo mundo 2

Espanha

Eu citei o jornalista inglês que torce para o Fluminense. Ele não é o único jornalista estrangeiro torcedor do clube. O espanhol Hans Henningsen é mais um jornalista tricolor de coração. Ele é (ou era) correspondente no Rio de vários jornais europeus. Hans era chamado por Nelson Rodrigues de "marinheiro sueco" devido suas feições nórdicas. Hans chegou a participar de mesas redondas na tv brasileira junto com Nelson, João Saldanha, Armando Nogueira, entre outros.

Inglaterra ( de novo)

Há muito tempo li uma matéria sobre a origem britânica do Fluminense. Infelizmente, o site saiu do ar. A sorte é que eu tinha guardado o texto. Pra quem tiver interesse em ler:

FLUMINENSE FOOTBALL CLUB
The British Influence
by Robert Shaw

In my youth in England, when I was fostering what a future boss believed to be an unhealthy obsession for football, I rarely stopped to wonder where the FA Cup was held or where England played before Wembley was built. Similarly, as I became more interested in Brazilian football, the 1950 World Cup loomed so massively in mind that I neglected to consider where the world’s most talented football nation played their games before the Estádio Mario Filho was constructed.
Like me almost every other football fan can recite that the stadium more popularly known as the Maracanã once held around 200,000, but where did Brazil play before 1950? In various places, including Vasco’s São Januário stadium. But the first game to be universally accorded international status was at Fluminense’s club ground in Laranjeiras. The opposition _ Argentina perhaps, or maybe the rugged Uruguayans _ even Portugal or Spain?
No, the first international played by Brazil was against my home town team of Exeter City in July 1914. This staggered me the first time I heard it and still has pretty much the same effect. Although Exeter City have now been relegated to the nether regions of British football _ the Vauxhall Conference I believe it is called - after a disastrous flirtation with Uri Geller and Michael Jackson at board level _ the Brazilian national side has gone on to somewhat better things.

But this 1914 match is just one of the gems hidden in what is one of Rio´s heritage treasure troves. Fluminense is in part a fabulous record of the British community’s influence on Rio life in the early part of the century. Fluminense, as any ‘Tricolores’ fans will know, is 101 years old and although they only play state championship games against smaller Rio state clubs at the ground these days, the British influence on the club and its early history has been well documented, and nowhere better than in the book ‘An Entirely Different Game’ by Aidan Hamilton, a fellow West Countryman and one of Rio’s most authoritative football historians. His meticulously researched account tells succinctly in the following extract how Anglo-Brazilian Oscar Cox established Fluminense: ‘Paradoxically, the two losses incurred by the Rio team in São Paulo were the prelude to the founding of the capital’s first football club. One week
after the trip, 22 year-old Oscar Cox and 19 others from the upper echelons of Carioca society met to establish Fluminense Football Club. The fact that most of their names were Brazilian belied the club’s strong British character.’

Fluminense also took on a former Liverpool player Harry Welfare who arrived in Rio in 1913 _ he helped the team to three titles before later becoming Vasco’s coach. Other British connections with the club came in later friendlies between Fluminense and teams such as Motherwell, Arsenal and Southampton. While Vasco and Flamengo have drawn much of their support from working-class Cariocas, Fluminense has been regarded as the city’s well-heeled football club. As Hamilton explains: "Back in the 1920s they had all sorts of things here _ recitals, concerts and plays. You can conjure up images of people arriving in fancy motor cars with tuxedos and gowns."

Fluminense is still much more than a football club although the first team which includes Romário still trains in Laranjeiras, but the club also has a range of other sporting facilities from swimming and tennis to a shooting range. When you step into the old library and overflowing trophy room you can clearly see the significance of Olympic sports in the history of the club. There is also a feeling of walking back through time into a Rio that evokes Edwardian England - with a tropical touch of course. Traditions at the club these days are also maintained by the rule requiring that members wear only Fluminense colours _ although with an eye to their marketability this includes shirts of a silver-grey tone and bright orange shirts which Fluminense has never worn in a competitive league game but which are astonishingly popular. But Fluminense’s most traditional colours are green-red-and-white which explains the nickname "Tricolores". Some great names from Brazilian footballing history have appeared in those colours. The impressive list includes Didi, Rivelino and Branco. While the club last won a national championship in 1984, it had a great run to the semi-finals of the national championship last season before going down to Corinthians.

Among the more controversial aspects of its history are its ‘pó de arroz’ nickname. Black players had to apply powder to their faces to be acceptable in football which operated a colour bar both on and off the field in the first few decades of the 20th Century. Years afterwards some Flu fans recalled this period by tossing powder over each other at various points in the game. More recently Flu jumped from the third division to the first by invitation. Quizzed about this, Hamilton maintains that this "reflects the more general corruption associated with Brazilian football. The history and traditions are there and Fluminense has always been one of the elite."
Fluminense these days also has the reputation of being a club that is well-administered, at least by the standards of football in Rio. President David Ficshel acknowledges the special link with Britain. "Our traditions are very important for us at the club and Britain played a special part in the founding of Fluminense. We hope to revive that connection."
Indeed the club already has some British members who work in the city. Many simply enjoy using the sport facilities rather than swearing that Flu is their team. As a club it continues to offer a distinct slice of British history, a thriving social club and a range of facilities that can be hired for events. Members benefit from a busy calendar. Fluminense, a treasure in the city’s heritage is tucked alongside the Governor’s Palace in Laranjeiras. It offers something for everyone’s tastes whether dedicated followers of football or not. But just out of curiosity it is worth visiting a chapter of Rio’s British past. The club is an invitation to leaf through that history, while enjoying the benefits of a modern sports and social club. And for football fans it really is a must.

For more details about Fluminense contact:
Fluminense Football Club
Rua Alvaro Chaves 41, Laranjeiras, Rio de Janeiro
Tel: 2533.7240 Website: www.fluminense.com.br
Aidan Hamilton, ‘An Entirely Different Game- the British Influence on
Brazilian Football’ (Mainstream Publishing, 1998)
Robert Shaw is the football writer on Brazilian soccer for Britain´s The Daily Telegraph.

PS: O site se chamava "umbrellaonline".

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008

O Fluminense pelo mundo

Como o Fluminense é visto no Brasil nós já sabemos. Mas e no exterior? O que a imprensa inglesa já escreveu sobre o clube? Quais são as ligações entre o Flu e alguns clubes portugueses? Qual foi o primeiro jogo internacional do Tricolor e qual o clube estrangeiro que mais vezes enfrentou o Flu? Quais os clubes criados em outros países em homenagem ao Fluminense? No decorrer do tópico, vou responder essas perguntas e colocar outras informações.

1) EUROPA

Portugal

- A camisa do clube Estrela Da Amadora de Portugal foi inspirada no Fluminense. http://www.gardenal.org/balipodo/2007/08/estrela-da-amadora.html

-Fluminense F.C., de Lisboa

Segundo Paulo Coelho Neto, no livro “A História do Fluminense” (p.454) foi criado em Lisboa um clube em homenagem ao Fluminense.

-Camisa do Sporting

O Sporting de Portugal estreou o estilo de sua camisa atual – listrada verde e branca- em um jogo contra o Fluminense disputado nas Laranjeiras, em 1928. O Flu venceu por 4x1.
http://www.centenariosporting.com/index.php?content=2071

Curiosidade: O Sporting é um dos clubes estrangeiros que mais vezes enfrentou o Flu. Foram sete jogos no total.

Reino Unido

- A estréia do Flu contra clubes estrangeiros foi contra o Corinthians de Londres, em 1910. O time inglês veio ao Brasil a convite do Fluminense. O nome do clube londrino não é uma coincidência com o clube paulista. Depois do jogo contra o Flu, o qual venceu de goleada, o Corinthians fez uma excursão pelo estado de São Paulo. Um grupo de operários que viu um jogo do Corinthians inglês teve a idéia de criar um clube brasileiro com esse nome.

- http://news.bbc.co.uk/sport1/hi/tv_and_radio/world_football/2188923.stm
Artigo escrito em virtude do centenário do Flu. Conta brevemente o início da história do clube, desde a fundação por Oscar Cox, passando por Preguinho e a Taça Olímpica.

P.S.: O escritor desse artigo, o jornalista inglês Aidan Hamilton, torce para o Fluminense (na Inglaterra ele torce para o centenário Bristol City). Ele escreveu o livro “UM JOGO INTEIRAMENTE DIFERENTE”, que conta a história da influência do futebol inglês no Brasil. O livro tem várias passagens sobre o Fluminense, seja para falar do Oscar Cox, do Welfare ou para elogiar nosso clube. Hamilton enalteceu o Flu Memória e escreveu que o nosso clube é um dos mais organizados do planeta- no sentido de preservar a história e organizar o vasto material arquivado.

- http://news.bbc.co.uk/sport2/hi/football/2813989.stm
Esse artigo da BBC diz que “o clube mais tradicional da cidade” foi a escolha da Rocinha para o carnaval de 2003 e que a escola pretendia melhorar sua posição no carnaval por causa da popularidade do clube. Depois fala sobre os rebaixamentos e cita a controvérsia da virada de mesa. Continua afirmando que o Flu fez boas temporadas e que está pensando no futuro ao revelar bons jogadores, como o Carlos Alberto.

“Poucos anos atrás, parecia que o Fluminense FC poderia não estar vivo para comemorar seu centenário. Ele caiu para a terceira divisão. Muitos previram que o fim estava à vista. No final, a sua tradição o salvou”.

- http://news.bbc.co.uk/sport2/hi/football/scot_prem/6495353.stmA BBC fez uma promoção “Se você pudesse ver qualquer jogo de futebol, em qualquer lugar do planeta, onde você iria?” O ganhador escolheu ver Fluminense x Vasco, pelo estadual de 2007.

- http://news.bbc.co.uk/1/hi/world/americas/1853730.stm
Artigo da BBC em que aparece o Prncipe Charles segurando a camisa do Fluminense.

- O Príncipe de Galles, Eduardo VIII, é presidente de Honra do Fluminense. Seu irmão mais novo, George, que acabou se tornando rei porque Eduardo VIII abdicou ao trono para se casar com uma americana, é vice-presidente de Honra do Flu. Em 1931, eles vieram ao Brasil e visitaram o Fluminense. O Ministério do Exterior brasileiro pediu ao Flu que organizasse uma partida comemorativa para os príncipes britânicos. O Flu assim fez, organizou uma partida entre um combinado paulista e um carioca (6x1 pro Rio). Os príncipes adoraram e Eduardo VIII escreveu um agradecimento para o Fluminense no livro de visitas do clube.

Itália

-http://www.gazzetta.it/Calcio/Primo_Piano/2007/01_Gennaio/07/renato.shtml
A “Gazzeta dello sport” fez uma matéria sobre o Renato Gaúcho em janeiro de 2007. Tem um parágrafo especial sobre o gol de barriga. “Flamenguistas atônitos e desesperados, “fluminenses” fora de controle pela alegria. Os gritos do narrador “Renatoooooo, goooool de barriga”. Depois, Portaluppi faz o sinal da cruz, reza e agradece aos céus. O gol de barriga no Flamengo é uma imagem sacra do futebol brasileiro, como o drible de Garrincha e a bicicleta de Pelé”.

- Foto da torcida do Flu em um site da torcida Ultras da A S Roma. http://www.asromaultras.it/tribu_fotografie.html

- Existe o Fluminense da Itália, mas falarei mais sobre ele depois.

Dinamarca

Na Dinamarca também tem um Fluminense.

http://www.fluminense.dk/


França

http://www.sambafoot.com/fr/articles/150_Le_retour_en_grace_du_Fluminense_page_1.html

“O hino composto por Lamartine Babo reflete perfeitamente a grandeza mítica do clube "três cores que traduzem tradição". Mesmo as infelizes campanhas de 1997 e 1998, quando o Fluminense caiu para a terceira divisão nacional, não puderam deteriorar o vencedor clube carioca, realçado por uma magnífica sala de troféu”.

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2008

A eterna magia do Fla x Flu

“Até hoje em todo o mundo não há um jogo que chegue aos pés do Fla-Flu. Que é cada vez mais empolgante. E cada jogo entre o Fluminense e o Flamengo parece ser o maior do século e será assim eternamente”. (Nelson Rodrigues)

Tema de diversos textos e músicas. Ponto turístico para os estrangeiros. Inspiração de escritores, cantores, jornalistas e torcedores, no Brasil e no mundo. O Fla-Flu, ao longo de seus 95 anos de existência, fascina e emociona. Um clássico do futebol que transcendeu o próprio esporte e virou expressão para diversos assuntos.

Turistas no Fla-Flu

-Só pela agência de turismo Be a local, 90 estrangeiros foram assistir ao Fla-Flu de outubro do ano passado. Isso porque nem era alta temporada. Não é à toa que, na maioria das vezes, o jogo de sábado de carnaval no Maracanã é um Fla-Flu. E, independente da situação das duas equipes, está sempre cheio de turistas.

-Vídeo de estrangeiros no Fla-Flu da decisão da Taça Rio de 2005, vencido pelo Fluminense por 4x1. http://www.youtube.com/watch?v=_ZIaoj8pXHU

-Uma agência de turismos francesa oferece um pacote turístico pra quem deseja vir ao Brasil ver um Fla-Flu. “Uma experiência inesquecível, a atmosfera de Flamengo e Fluminense é única e só se encontra no Brasil”. http://www.osoleil.fr/billet-match-bresil-maracana.htm

O Fla-Flu pelo mundo

-Alemanha:

“O big bang brasileiro: Fla-Flu” http://fussballblog.espace.ch/200412/&page=1

Existe um festival na Europa apenas sobre filmes de futebol, chamado festival 11mm,. A 3ª edição, que aconteceu em Berlim ano passado, teve 43 filmes, destes, 4 falam sobre o futebol brasileiro. Um deles, o único sobre clubes, se chama Flamengo – Fluminense. Foi produzido pela TV franco-germânica Arte. A sinopse do filme diz que o Fla-Flu “é mais do que um jogo de futebol: é a alma do futebol brasileiro. O filme trata o clássico em seu contexto social, cultural e político”. http://www.11-mm.de/filme_2006/flamengo_fluminense.htm

-França:Dvd sobre os grandes clássicos. Les grands duels du sport: Flamengo-Fluminense.http://img.clubic.com/photo/00209302.jpg

-Japão:“O Fla-Flu da tradição”. O fim do texto diz : “o Maracanã e o futebol carioca continuam fascinando as pessoas”. Flu.html" target="_blank">http://moronobu.hp.infoseek.co.jp/a5fFla-Flu.html

-Espanha: “Um dos espetáculos esportivos mais espetaculares que se pode presenciar na América do Sul”. Esse texto conta a história do Fla-Flu e cita o recorde mundial de público, que pertence ao Fla-Flu de 63. “Quando eles se enfrentam a cidade pára e as rivalidades explodem”. http://www.futbolfactory.futbolweb.net/index.php?ff=pa_legend&idpartido=16

-Site da Fifa:“O futebol brasileiro têm vários clássicos, mas nenhum é capaz de entusiasmar tantos os torcedores quanto esse centenário clássico entre Flamengo e Fluminense”.http://www.fifa.com/en/organisation/index/0,1521,27708,00.html?articleid=27708

Textos de escritores

-Eduardo Galeano em seu famoso livro “El fútbol a sol y sombra” (p. 40), escreveu sobre esse grande clássico.

Historias de Fla y Flu (parte final)

"Desde entonces, padre e hijo, hijo rebelde, padre abandonado, se dedican a odiarse. Cada clásico Fla-Flu es una nueva batalla de esta guerra de nunca acabar. Los dos aman a la misma ciudad, Río de Janeiro, perezosa, pecadora, que lánguidamente se deja querer y se divierte ofreciéndose a los dos sin darse a ninguno. Padre e hijo juegan para la amante que juega con ellos. Por ella se baten, y ella acude a los duelos vestida de fiesta."

-José Lins do Rego

"Mais do que os homens lutam no gramado, há o espetáculo dos que trepam nas arquibancadas, dos que se apinham nas gerais, dos que se acomodam nas cadeiras de pistas. Nunca vi tanta semelhança entre tanta gente. Todos os setenta mil espectadores que enchem um "Fla-Flu" se parecem, sofrem as mesmas reações, jogam os mesmos insultos, dão os mesmos gritos. Fico no meio de todos e os sinto como irmãos, nas vitórias e nas derrotas. As conversas que escuto, as brigas que assisto, os ditos, as graças, os doestos que largam são como se saíssem de homens e mulheres da mesma classe."

-Armando Nogueira

(Coluna de abril de 2003 no Jornal do Brasil )

“A química do Fla-Flu”

"Meu personagem da semana não é um jogador: meu personagem é um jogo. Mais que um jogo, é uma entidade do futebol- uma entidade chamada Fla-Flu, essa bela sigla com timbre de verso que os tempos já converteram em lenda. Domingo, foi tarde de Fla-Flu, no Maracanã. E, pra que se cumpra, mais uma vez, a tradição da alternância no altar do triunfo, agora, foi a vez do Flamengo. Vi a partida e posso dizer a quem não viu que a vitória do Flamengo foi realmente arrasadora. Tão arrasadora quanto a do Fluminense, em jogo recente. Sempre foi assim e sempre assim será. Uma lá, outra cá. Porque o Fla-Flu não é uma simples partida entre duas equipes, entre dois clubes, entre duas torcidas. O Fla-Flu tem camisa própria. Tem desígnios que são só seus. O Fla-Flu tem torcida própria. Tanto é verdade que, outro dia, conheci uma moça, numa roda em que se falava de futebol. Perguntei-lhe, amavelmente: por qual você torce? E a moça me respondeu, candidamente: Eu torço pelo Fla-Flu. Só uma coisa explica esta moça: é a encantadora química do Fla-Flu".

-Nélson Rodrigues

"Ontem, encontrei-me com a grã-fina das narinas de cadáver. Ela veio para mim feliz do encontro. Disse: - Vou ao Fla-Flu. Imaginem vocês que, outro dia, ela me entra no "Mário Filho" e pergunta:- " Quem é a bola? " Não sabia quem era a bola, mas era tocada pela magia do Fla-Flu. Sabe quem é o Fla-Flu e não sabe quem é a bola. (...)Eu queria dizer que o Fla-Flu apaixona até os neutros. Ou por outra: -diante do formidável clássico não há neutros, não há indiferentes. Há sujeitos que não gostam do Fluminense, não gostam do Flamengo, mas estão lá. Encontrei um desses, no último Fla-Flu. No intervalo, fui tomar um café. No caminho, vi o meu conhecido num canto, estrebuchante. E mais: - babava na gravata. Aquilo me escandalizou: - "O rapaz! Você não é Flamengo não é Fluminense. Estás torcendo por quem?" Arquejou: - "Torço contra os dois". Mas torcia, o desgraçado... (Grã-Fina das Narinas de Cadáver)

-Paulo Vinícius Coelho

Blog do PVC

PUBLICADO EM 3/10/2006

"O MAIOR CLÁSSICO DO BRASIL

Contados os dez últimos clássicos, o Fla-Flu é o que mais público leva ao estádio, na comparação com Atlético x Cruzeiro, Corinthians x São Paulo, Vasco x Flamengo, Grenal. São 37 mil pagantes por partida, em média, contra 35 mil do clássico mineiro, 32 mil do Clássico dos Milhões e 30 mil de Corinthians x São Paulo. Curioso que Vasco x Flamengo foi final de Copa do Brasil e de campeonato carioca, em 2004, na lista dos dez últimos confrontos. E mesmo assim perde para o Fla-Flu".

- Além desses, inúmeros outros também já escreveram sobre o Fla-Flu. Tostão, por exemplo, já escreveu que considera o Fla-Flu um dos maiores clássicos do mundo.

Expressão que transcende o futebol

-O jornalista Luiz Zanin no jornal Estadão explicou bem isso.

04/10/2006
Fla-Flu

"Hoje à noite tem Fla-Flu no Maracanã. É o clássico mais emblemático do futebol brasileiro. Tanto assim que a expressão é usada sempre que surge um tira-teima entre duas tendências inconciliáveis. Por exemplo, o segundo turno das eleições é um Fla-Flu entre Alckmin e Lula. O termo foi inventado pelo jornalista Mario Filho, simpatizante do Flamengo, autor de O Negro no Futebol Brasileiro, e que hoje é nome oficial do Maracanã – Estádio Mario Filho, chama-se o velho Maraca. O irmão de Mario, o grande dramaturgo Nelson Rodrigues, era Fluminense doente. Nelson, o maior cronista esportivo que este país já conheceu, cunhou uma frase célebre, “O Fla-Flu não tem começo. O Fla-Flu não tem fim. O Fla-Flu começou quarenta minutos antes do nada”. Genial, né? Só que dá pena ver um Fla-Flu com esses dois times de agora. Isso é bastante comum em matérias de política, ciência, economia, entretenimento". http://www.fazenda.gov.br/resenhaeletronica/MostraMateria.asp?page=&cod=355619

-Selo musical Fla-Flu, administrado por uma gravadora francesa chamada Naif, que lançou o disco Cru (2005) do Seu Jorge.

-Bola da diadora chamada Fla-Flu. http://www.kappsoccer.com/catalog.asp?maincategory=Equipment&subcategory=Balls&brand=Diadora

Livros

- "FLA-FLU...e as Multidões Despertaram!" (Editora Europa, autoria de Néson Rodrigues e Mário Filho, organizado por Oscar Maron Filho e Renato Ferreira, 1987)

- "FLA-FLU, O Jogo do Século!" (Editora Letras e Expressões, autoria de Roberto Assaf e Clóvis Martins, 1999)

Músicas

-Marcha Fla-Flu de 1940 (Haroldo Lobo e David Nasser).

-Citado no Hino do Bangu: "A torcida reunida até parece a do Fla-Flu" e no do Flamengo “No Fla-Flu, é o Ai, Jesus”.

-Desafio do Fla-Flu (Caju & Castanha)

-Companhia de dança O Corpo, na coreografia Ongotô, tem uma música composta por Caetano Veloso e José Wisnik chamada Fla-Flu. http://www.blogger.com/www.mundoteatral.com.ar/ar/cartelera/verinfo.php?uid=1472http://www.blogger.com/www.mundoteatral.com.ar/ar/cartelera/verinfo.php?uid=1472

Recordes de público

-O maior recorde entre clubes da história do futebol mundial. O jogo do dia 15/12/1963, válido pelo campeonato carioca, teve 194.603 espectadores, sendo 177.656 pagantes. O segundo recorde entre clubes também pertence ao Fla-Flu, 171.599 pessoas pagaram para ver o jogo do campeonato carioca de 1969. O Fla-Flu já teve mais de 30 jogos com o público superior a 100.000 pessoas.

Curiosidades

- Oscar Niemeyer já jogou um Fla-Flu. O famoso arquiteto brasileiro jogou no juvenil do Tricolor aos 17 anos, em 1925. O jogo, que terminou empatado em 1x1, foi uma preliminar de um Fla-Flu do campeonato carioca daquele ano e foi disputado nas Laranjeiras.

- Totó no RS é conhecido como Fla-Flu.

- Já teve Fla-Flu na Ilha do Retiro, estádio do Sport Club do Recife. Em 1947, os dois clubes estavam fazendo excursão no Nordeste e aproveitaram pra fazer esse amistoso. “Nunca se viu tanta gente na Ilha como naquela tarde de 13 de junho”. http://www.museudosesportes.com.br/memoriafotografica2.php?id=1991

- O histórico do clássico: http://www.footballderbies.com/results/index.php?id=53

“Não interessa que seja ou não um grande jogo. Só as partidas medíocres precisam ter qualidade. O Fla-Flu vale emocionalmente. Ou por outra: - é Fla-Flu e basta”. (Nelson Rodrigues)

domingo, 3 de fevereiro de 2008

Chico Buarque e o Fluminense

- Em 69, Chico escreveu o artigo "Um tricolor em Roma".

“(...) é muito fácil ser rubro-negro. Fácil de mais. É como ser a favor do sol no meio do deserto, ou comemorar o Dia da Árvore no coração da Amazônia. Aliás, nunca existiu um flamenguista. Flamengar é verbo imperfeito que só se conjuga no plural. Por exemplo: E advogo, tu bates o ponto, ele mata mosquito; nós flamengamos, vós flamengais, eles flamengam. Mas torcer pelo Fluminense, modéstia à parte, requer outros talentos. Precisa saber dançar sem batucada. O tricolor chora e ri sem ninguém por perto. Ele merece um campeonato, ele merece”.

Na íntegra:

http://chicobuarque.uol.com.br/texto/menu_artigos.htm


- Trecho da música “Bom tempo”.

“Satisfeito
Alegria batendo no peito
Radinho contando direito
A vitória do meu tricolor”

Ps: Tem uma gravação dessa música com a Elis Regina, em que antes de cantar esse trecho ela diz “Jovem Flu”, referindo – se a torcida organizada daquela época, a qual o próprio Chico fazia parte.


- Quando nasceu uma das filhas do Chico Burque, o sambista rubro-negro Ciro Monteiro mandou de presente uma camisa do Flamengo. Teve como resposta a maravilhosa música “Ilmo Sr. Ciro Monteiro ou Receita Pra Virar Casaca de Neném”.

"Amigo Ciro
Muito te admiro
O meu chapéu te tiro
Muito humildemente
Minha petiz
Agradece a camisa
Que lhe deste à guisa
De gentil presente
Mas caro nego
Um pano rubro-negro
É presente de grego
Não de um bom irmão
Nós separados
Nas arquibancadas
Temos sido tão chegados
Na desolação

Amigo velho
Amei o teu conselho
Amei o teu vermelho
Que é de tanto ardor
Mas quis o verde
Que te quero verde
É bom pra quem vai ter
De ser bom sofredor
Pintei de branco o teu preto
Ficando completo
O jogo da cor
Virei-lhe o listrado do peito
E nasceu desse jeito
Uma outra tricolor"


- Nota da coluna do Ancelmo Gois em 19/04/2005

Chico é campeão

Chico Buarque, tricolor doente, estava aflito em Nova York, domingo, porque não tinha como assistir à decisão entre Fluminense e Volta Redonda.
Acredite. Nosso herói ligou para a TV Globo, implorou por uma saída e, ufa!, foi autorizado a ver o jogo no escritório da emissora no centro vazio, vazio de Manhatan. Saiu de lá todo feliz.

sábado, 2 de fevereiro de 2008

Para ser um gigante

No instante em que escrevo estas palavras, o Fluminense Football Club está completando o seu primeiro centenário. Não são cem anos de regatas, críquete, tênis ou carteado – mas de futebol. O Fluminense é o mais antigo clube de futebol do Rio de Janeiro, um dos mais antigos do Brasil e, indiscutivelmente, o que mais contribuiu para o desenvolvimento do esporte que hoje nos identifica como nação. Ao contrário dos demais grandes clubes cariocas, o Tricolor das Laranjeiras tem o futebol em sua certidão de nascimento e na heráldica de seu escudo.
O Fluminense é daqueles clubes sem os quais as cinco estrelas que a camisa do Brasil exibe hoje talvez nunca tivessem sido bordadas. Não apenas porque cedeu muitos jogadores para a Seleção, mas principalmente porque estabeleceu os paradigmas da administração esportiva no país. Já em 1904, por exemplo, o clube fundado por Oscar Cox inspirou e apoiou a formação das equipes de futebol de Botafogo, Bangu e América, clubes com os quais disputou o primeiro campeonato carioca em 1906. Disputou e venceu.

Falo em vitória e chego à pergunta fatal de uma crônica que pretende fazer um inventário das glórias do Tricolor. Quando o Fluminense terá sido maior? Para responder a esta pergunta eu poderia escolher um dos 29 títulos estaduais conquistados pelo time, os títulos brasileiros de 1970 e 1984, a Taça Olímpica de 1949 ou ainda o campeonato mundial interclubes de 1952. Mas será que os momentos mais heróicos do Fluminense terão sido aqueles nos quais conquistou campeonatos?

“O Fluminense nasceu com a vocação da eternidade. Tudo pode passar, mas o Tricolor não passará jamais”. O autor desta frase também é eterno. Chama-se Nelson Rodrigues – o maior cronista e dramaturgo brasileiro de todos os tempos. Na avaliação de Nelsinho, seu primogênito, o bardo da Aldeia Campista é o maior troféu da história do Fluminense – e o único que jamais será erguido por outros clubes. Trata-se de uma bela resposta para a minha pergunta aí de cima. E é um orgulho saber que o maior tricolor da história não freqüentou gramados nem gabinetes acarpetados, mas construiu sua mística do lado de cá da máquina de escrever. Mas não quero centrar minha escolha da grande glória do clube num indivíduo.

Em meu coração há um recanto especial para um jogo contra o Náutico, pela terceira divisão do Campeonato Brasileiro. Num Maracanã com arquibancadas interditadas para obras, uma inacreditável multidão de torcedores lotou a geral, quarta-feira à noite, para, sob chuva torrencial, empurrar o time durante a quadra mais difícil de sua existência. Naquele dia eu tive a mais absoluta certeza que o Tricolor jamais desapareceria, nem com três rebaixamentos seguidos, nem com mil anos de crises e gestões desastrosas. Ali eu entendi que não há abismo suficientemente grande para tragar um clube como o Fluminense.

Mas se eu tivesse que escolher apenas um momento para simbolizar a grandeza do clube da rua Álvaro Chaves, eu voltaria no tempo, até 7 de julho de 1912, data em que foi disputado o primeiro Fla x Flu. Com um time formado pelos tricolores campeões invictos de 1911, que deixaram o clube após uma desavença, o Flamengo era a nova sensação do futebol carioca. Do outro lado, o Fluminense encarava a maior ameaça de sua história. Se perdesse – o que seria natural – o futebol no clube correria grande risco de encerrar as atividades. Mas a heróica e renovada equipe tricolor venceu o Fla x Flu – que permanecerá para sempre como o mais importante da história – e salvou o time do desaparecimento.

Para ser um gigante, não fazem falta títulos mirabolantes, equipes inesquecíveis ou milhões de fanáticos torcedores. O Fluminense tem tudo isso, como de resto quase todos os grandes clubes mundo afora. Não é isso que torna o Tricolor diferente dos demais. Para ser um gigante é preciso mostrar valor diante do inimigo invencível e face ao mais profundo dos abismos. Por duas vezes, ao longo de seu primeiro centenário, o Fluminense esteve à beira da aniquilação – e sobreviveu. Foi com tal fidalguia que o clube das três cores que traduzem tradição se tornou uma lenda. Um clube que, quando menor pareceu, aí mesmo foi que provou ser um gigante.

(Marcos Caetano)

* Crônica publicada no Jornal do Brasil no dia 21/07/2002