"Esqueça os fatos, a razão, a lógica.O Fluminense desafia todos eles e vence.Essas coisas não combinam com o Tricolor,ele está acima disso,é uma questão mais de amor, paixão, tradição,coragem, esperança, superação e acima de tudo, emoção.Fluminense? Não se explica...." (Júnior Costa)
"Grandes são os outros, o Fluminense é enorme."
(Revista Lance! 2005 - Série Grandes Clubes)
"O Fluminense independe de conquistas, o Fluminense está entre o ser e o devir, o Fluminense é o ser. É Fluminense e basta”. (Sidney Garambone)
"O Fluminense não nasceu para ser unanimidade nem massa de manobra do interesse demagógico das elites opressoras. O Fluminense nasceu para atravessar a harmonia do bloco dos contentes. Nasceu para incomodar o senso comum. Essa é a nossa sina". (Autor desconhecido)
* Se alguém souber o autor da frase acima, favor informar.
segunda-feira, 17 de março de 2008
quinta-feira, 13 de março de 2008
O Fluminense somos nós
"O nosso Fluminense, em sua essência, em sua história e tradição, não tem nada a ver com o que temos visto.
O Fluminense é sua torcida.
Foi ela quem segurou a barra nos anos negros.
Foi ela quem apoiou o clube nos piores momentos, lotando os estádios em divisões inferiores.
O nosso Fluminense não é este Fluminense de desmandos administrativos, de salários atrasados, de dívidas impagáveis.
O nosso Fluminense não é o paraíso dos empresários, das vendas absurdas de promissoras revelações e das incríveis compras de jogadores que não somam.
O nosso Fluminense não é o que apóia ações estranhas, ao lado de Eurico e do falecido Caixa D'Água.
Não fomos nós que abrimos champanhe para comemorar viradas de mesa.
Somos o Fluminense campeão.
Somos o Fluminense vencedor.
Somos Manfrini, somos Rivellino, somos Paulo César Lima, somos Romerito, somos Assis, somos Deley, somos Branco, somos Parreira.
Somos o Fluminense de Telê.
Somos o Fluminense de Castilho.
Somos a torcida que fez a mais bela homenagem a João Paulo II em pleno dia de Fla-Flu decisivo. Estamos a postos para apoiar neste momento difícil, porque são o clube e sua história que estão em risco.
Não os que hoje o dirigem.
Estes vão passar e serão esquecidos.
O nosso Fluminense não tem nada a ver com eles.
Desmandos, atrasos, locupletação... O Fluminense não é nada disso.
O Fluminense somos nós."
( Manifesto escrito pela Sampa Flu em 2006)
O Fluminense é sua torcida.
Foi ela quem segurou a barra nos anos negros.
Foi ela quem apoiou o clube nos piores momentos, lotando os estádios em divisões inferiores.
O nosso Fluminense não é este Fluminense de desmandos administrativos, de salários atrasados, de dívidas impagáveis.
O nosso Fluminense não é o paraíso dos empresários, das vendas absurdas de promissoras revelações e das incríveis compras de jogadores que não somam.
O nosso Fluminense não é o que apóia ações estranhas, ao lado de Eurico e do falecido Caixa D'Água.
Não fomos nós que abrimos champanhe para comemorar viradas de mesa.
Somos o Fluminense campeão.
Somos o Fluminense vencedor.
Somos Manfrini, somos Rivellino, somos Paulo César Lima, somos Romerito, somos Assis, somos Deley, somos Branco, somos Parreira.
Somos o Fluminense de Telê.
Somos o Fluminense de Castilho.
Somos a torcida que fez a mais bela homenagem a João Paulo II em pleno dia de Fla-Flu decisivo. Estamos a postos para apoiar neste momento difícil, porque são o clube e sua história que estão em risco.
Não os que hoje o dirigem.
Estes vão passar e serão esquecidos.
O nosso Fluminense não tem nada a ver com eles.
Desmandos, atrasos, locupletação... O Fluminense não é nada disso.
O Fluminense somos nós."
( Manifesto escrito pela Sampa Flu em 2006)
domingo, 2 de março de 2008
Depoimentos de tricolores no ano do centenário 2
Evandro Mesquita
Cantor e tricolor
‘Ser Fluminense é ser a favor do craque’
“O Tricolor tem aquele toque de classe, o respeito à tradição e a tudo o que o Fluminense representa no futebol brasileiro. E é muito alegre ser parte desta torcida, sentir-se cúmplice dela nas ruas. A torcida do Fluminense não é aquela coisa superpopular. Mas é composta de pessoas interessantes, esta é a diferença. Sou tricolor por causa de meu pai, apesar de ter tios rubro-negros e alvinegros. Como esquecer a época maravilhosa da Máquina Tricolor? Nunca vou esquecer um amistoso no Maracanã, contra o Bayern de Munique. Naquele dia, Cafuringa encarnou Garrincha. Mário Sérgio e Rivelino estavam fazendo mágica em campo. O Fluminense deu olé em Beckenbauer. Ser Fluminense é ser guerreiro para enfrentar as horas difíceis, é ser a favor da paz, da alegria, do craque e da bola na rede.”
PEDRO MALAN
Ministro da Fazenda e tricolor
'Como é eterno o Fluminense'
“Sou tricolor de coração. Torcer há décadas pelo Fluminense é, como dizia Nelson Rodrigues, sentir-se partícipe de um drama shakespeareano. Momentos de dúvidas que fariam corar a um Hamlet, situações de euforia que fariam um Falstaff parecer um tímido introvertido, momentos heróicos em que o time parece comportar-se como o vitorioso exército inglês em Agincourt após ouvir o apelo magnífico de Henrique V às suas tropas antes da batalha. Shakespeare reencarnado no Rio de Janeiro do Século XX, penso como Nelson Rodrigues, seria um inevitável tricolor.Lembro-me da primeira vez em que fui ao Maracanã para ver o Fluminense jogar, no início dos anos 50: Castilho, Píndaro e Pinheiro... Nomes que Shakespeare não hesitaria
em utilizar em sua obra eterna. Como é eterno o Fluminense. Cem anos de História –comemorados com mais um título no Centenário desse time tantas vezes campeão. Cem anos marcados por alguns momentos mais difíceis, que tiveram, entretanto, o efeito de fazer o time ressurgir não das cinzas como Fênix, porque nunca se deixou transformar em cinzas. Na verdade, o Fluminense gerou imitadores de todo tipo: todos gostariam de ter a história e a tradição do Fluminense. Afinal, o que é o Flamengo senão uma dissidência futebolística do tricolor, em busca das mesmas glórias? O que é o Botafogo senão o primo-irmão cujo torcedor apenas não ousa dizer de público que seu outro time de coração é o Fluminense? O que é o Vasco da Gama, senão uma tentativa razoavelmente bem sucedida de combinar o Fluminense e o Benfica? O que é o São Paulo, senão um tricolor apaulistado? E todos os times tricolores do país e do mundo que se inspiraram na bandeira do glorioso time das Laranjeiras? Paremos por aqui. Não se deve humilhar adversários com a força de nossas tradições. Que sinalizam mais 100 anos de vitórias. ”
Tony Platão
Cantor e tricolor
'O que não me mata só me fortalece'
“A frase é de Nietzsche: "o que não me mata só me fortalece". Então, o Fluminense é "nietzschiano". Foi parar na Terceira Divisão, não morreu e se fortaleceu. A torcida se mostrou ainda mais fiel.Comecei a ir ao Maracanã com seis anos. Antes disso, não me lembro de nada. O Fluminense é minha primeira referência afetiva. Está acima de nomes. Flamengo é Zico, Botafogo é Garrincha, mas Fluminense é Fluminense.Perco o sono, a fome, não sei me desligar do clube. Em 84, estava cantando com o Hojerizah numa boate, na hora da final com o Flamengo. Tentei adiar o show, em vão. O cara da iluminação era tricolor e ficou na coxia me passando o resultado. Saímos do palco e a platéia, lotada, pedia bis. Estava 1 a 0, faltava pouco. Peguei o rádio, resisti à pressão da banda e só voltei com o Fluminense campeão.”
Fernanda Montenegro
Atriz e tricolor
'Beleza, sofisticação e muito charme'
“Sempre me defini como uma torcedora light. Mas o Fluminense foi, para mim, uma questão de simpatia. Acho que este tipo de coisa não se explica. Veio na juventude e ficou. O Fluminense tem alguns traços característicos: a sede bonita e sofisticada, a freqüência elitizada, o charme. Mas quando o time entra em campo, é a hora da garra, da força. Freqüentei jogos nas Laranjeiras entre os 15 e 18 anos. Os traços do clube combinam com o perfil do torcedor. O botafoguense é o intelectual sofrido. Já o torcedor do Fluminense tem a marca do fair play e da perseverança. Os rebaixamentos foram uma humilhação na alma tricolor. Mas o torcedor tricolor soube esperar sua hora. Agora voltamos a vencer. As vitórias me alegram.”
Bibi Ferreira
Atriz, diretora e tricolor
'O meu Fluminense pertence a mim’
Não digo "o Fluminense". É o "meu Fluminense". Nunca vi o clube como propriedade dos torcedores, de associados. Desde jovem, achava que o clube pertencia a mim, morava no meu coração.Na infância, meu tio me levava aos jogos. Depois, tive uma amiga, Helena, que namorava o Tim. Nós saímos com ele. Tim era uma referência em nossas vidas, um ídolo.Freqüentava bailes, carnaval na sede. Não abandonei nem nas fases ruins. Amo o meu clube. Era uma torcedora entusiasmada. Nos gols, gritava "meu Fluminense!". Era do bem ser tricolor. Um clube bonito, alinhado. Eu ia aos jogos com uma encharpe tricolor, combinava saia e camisa nas cores do clube. O Fluminense é elegante.
Cantor e tricolor
‘Ser Fluminense é ser a favor do craque’
“O Tricolor tem aquele toque de classe, o respeito à tradição e a tudo o que o Fluminense representa no futebol brasileiro. E é muito alegre ser parte desta torcida, sentir-se cúmplice dela nas ruas. A torcida do Fluminense não é aquela coisa superpopular. Mas é composta de pessoas interessantes, esta é a diferença. Sou tricolor por causa de meu pai, apesar de ter tios rubro-negros e alvinegros. Como esquecer a época maravilhosa da Máquina Tricolor? Nunca vou esquecer um amistoso no Maracanã, contra o Bayern de Munique. Naquele dia, Cafuringa encarnou Garrincha. Mário Sérgio e Rivelino estavam fazendo mágica em campo. O Fluminense deu olé em Beckenbauer. Ser Fluminense é ser guerreiro para enfrentar as horas difíceis, é ser a favor da paz, da alegria, do craque e da bola na rede.”
PEDRO MALAN
Ministro da Fazenda e tricolor
'Como é eterno o Fluminense'
“Sou tricolor de coração. Torcer há décadas pelo Fluminense é, como dizia Nelson Rodrigues, sentir-se partícipe de um drama shakespeareano. Momentos de dúvidas que fariam corar a um Hamlet, situações de euforia que fariam um Falstaff parecer um tímido introvertido, momentos heróicos em que o time parece comportar-se como o vitorioso exército inglês em Agincourt após ouvir o apelo magnífico de Henrique V às suas tropas antes da batalha. Shakespeare reencarnado no Rio de Janeiro do Século XX, penso como Nelson Rodrigues, seria um inevitável tricolor.Lembro-me da primeira vez em que fui ao Maracanã para ver o Fluminense jogar, no início dos anos 50: Castilho, Píndaro e Pinheiro... Nomes que Shakespeare não hesitaria
em utilizar em sua obra eterna. Como é eterno o Fluminense. Cem anos de História –comemorados com mais um título no Centenário desse time tantas vezes campeão. Cem anos marcados por alguns momentos mais difíceis, que tiveram, entretanto, o efeito de fazer o time ressurgir não das cinzas como Fênix, porque nunca se deixou transformar em cinzas. Na verdade, o Fluminense gerou imitadores de todo tipo: todos gostariam de ter a história e a tradição do Fluminense. Afinal, o que é o Flamengo senão uma dissidência futebolística do tricolor, em busca das mesmas glórias? O que é o Botafogo senão o primo-irmão cujo torcedor apenas não ousa dizer de público que seu outro time de coração é o Fluminense? O que é o Vasco da Gama, senão uma tentativa razoavelmente bem sucedida de combinar o Fluminense e o Benfica? O que é o São Paulo, senão um tricolor apaulistado? E todos os times tricolores do país e do mundo que se inspiraram na bandeira do glorioso time das Laranjeiras? Paremos por aqui. Não se deve humilhar adversários com a força de nossas tradições. Que sinalizam mais 100 anos de vitórias. ”
Tony Platão
Cantor e tricolor
'O que não me mata só me fortalece'
“A frase é de Nietzsche: "o que não me mata só me fortalece". Então, o Fluminense é "nietzschiano". Foi parar na Terceira Divisão, não morreu e se fortaleceu. A torcida se mostrou ainda mais fiel.Comecei a ir ao Maracanã com seis anos. Antes disso, não me lembro de nada. O Fluminense é minha primeira referência afetiva. Está acima de nomes. Flamengo é Zico, Botafogo é Garrincha, mas Fluminense é Fluminense.Perco o sono, a fome, não sei me desligar do clube. Em 84, estava cantando com o Hojerizah numa boate, na hora da final com o Flamengo. Tentei adiar o show, em vão. O cara da iluminação era tricolor e ficou na coxia me passando o resultado. Saímos do palco e a platéia, lotada, pedia bis. Estava 1 a 0, faltava pouco. Peguei o rádio, resisti à pressão da banda e só voltei com o Fluminense campeão.”
Fernanda Montenegro
Atriz e tricolor
'Beleza, sofisticação e muito charme'
“Sempre me defini como uma torcedora light. Mas o Fluminense foi, para mim, uma questão de simpatia. Acho que este tipo de coisa não se explica. Veio na juventude e ficou. O Fluminense tem alguns traços característicos: a sede bonita e sofisticada, a freqüência elitizada, o charme. Mas quando o time entra em campo, é a hora da garra, da força. Freqüentei jogos nas Laranjeiras entre os 15 e 18 anos. Os traços do clube combinam com o perfil do torcedor. O botafoguense é o intelectual sofrido. Já o torcedor do Fluminense tem a marca do fair play e da perseverança. Os rebaixamentos foram uma humilhação na alma tricolor. Mas o torcedor tricolor soube esperar sua hora. Agora voltamos a vencer. As vitórias me alegram.”
Bibi Ferreira
Atriz, diretora e tricolor
'O meu Fluminense pertence a mim’
Não digo "o Fluminense". É o "meu Fluminense". Nunca vi o clube como propriedade dos torcedores, de associados. Desde jovem, achava que o clube pertencia a mim, morava no meu coração.Na infância, meu tio me levava aos jogos. Depois, tive uma amiga, Helena, que namorava o Tim. Nós saímos com ele. Tim era uma referência em nossas vidas, um ídolo.Freqüentava bailes, carnaval na sede. Não abandonei nem nas fases ruins. Amo o meu clube. Era uma torcedora entusiasmada. Nos gols, gritava "meu Fluminense!". Era do bem ser tricolor. Um clube bonito, alinhado. Eu ia aos jogos com uma encharpe tricolor, combinava saia e camisa nas cores do clube. O Fluminense é elegante.
Depoimentos de tricolores no ano do centenário
Em homenagem ao centenário do Fluminense, o jornal Lance! reuniu uma série de depoimentos de tricolores ilustres.
CHACAL
Poeta, produtor de eventos e tricolor
'Sou tricolor desde antes de nascer'
“Visto a camisa e o gorro tricolor para escrever essas linhas. Assoviando o hino, digo que sou tricolor antes de nascer... Ser tricolor para mim, é mais que uma opção. É um presente do destino, um estilo de vida elegante. Não a elegância que a grana ou a posição social possam trazer, mas a nobreza que vem da arte de viver a vida se sabendo tricolor, sabendo que o vermelho e o verde das três cores o permitem viver em profundidade, como se olhasse através de um óculos em 3D e o branco lhe trouxesse a paz de saber viver a vida como ela é: tricolor da cabeça aos pés. Ave Nelson !!! Salve, salve meu Flu centurião!!!!!!!”
Noca da Portela
Compositor de sambas e tricolor
‘Ainda me emociono quando vejo o Flu’
“Eu tenho o maior orgulho de dizer que sou tricolor. Sou como o saudoso Mário Lago, tricolor e comunista, e faço questão de mostrar isso. Aliás, o mundo do samba é cheio de tricolores. Paulo da Portela e Cartola eram tricolores de faltar ao samba para ver o Flu. E, graças a Deus, posso dizer que sou um homem feliz. Meu pai, flamenguista, me levou pela primeira vez a um Fla-Flu, em 1938, nas Laranjeiras. Metemos três ou quatro neles (foi 3 a 0) e de lá pra cá só comemoro. Cansei de ver Castilho jogar, a Máquina e a turma do Casal 20 então, nem se fala. Era ir para o Maraca com a certeza da vitória. Eu até hoje me emociono quando vejo o Fluminense joga”
FAUSTO FAWCETT
Cantor, compositor, escritor e tricolor
'Cada jogo, um espetáculo à parte'
“Cada jogo do Fluminense é um espetáculo à parte que, me desculpe Leonardo da Vinci, nem a Mona Lisa consegue chegar aos pés da grandiosidade dessa obras de arte. Torcer para o Fluminense é poder ter um sentimento de eternidade que só os Césares e Augustos podiam experimentar – e que nós, tricolores, estamos saboreando especialmente nesta data.”
Ivan Lins
Cantor e Tricolor
'O mais carioca dos clubes cariocas'
“Eu tinha sete anos, morava de frente para a Praia de Icaraí. Não tinha time e no meu prédio só tinha tricolor. Mas havia um menino mais velho, irmão do namorado da minha irmã, que batia nos mais novos, fez pressão e me fez ser Vasco. Ele roubava minha pipa, minhas bolinhas de gude. Ninguém me defendia, era "briga de vascaínos". E no colégio ainda me diziam que eu era Fluminense, pois morava no Estado do Rio. Cansei. Um dia, cheguei ao colégio e perguntei: "Posso virar Fluminense?" Fui carregado nos ombros e ouvi a frase do alívio. "Agora, aquele menino nunca mais te encosta a mão". Eu me senti protegido, aprendi a adorar o Fluminense. Criei imagem de que ser Fluminense é morar de frente para a praia, a imagem de que todo mundo é Fluminense. Para mim, é o clube mais carioca. Minha identificação é total. Penso na bandeira do Rio, me vêm à cabeça o encarnado, o verde e o branco. Tenho até muita simpatia pelo Flamengo, só criei bronca do Vasco. Nas vitórias, fico impossível. "Vão ter que me engolir", grito. E nos últimos anos, cada vitória tem tido um gosto mais especial. Afinal, elas têm sido escassas. Mas cada alegria que o Fluminense me dá é inesquecível. Em 84, Assis fez o gol do título em cima do Flamengo. Eu estava na cabine da TV Bandeirantes. Quem tem a gravação do jogo ouve um berro logo após o grito do locutor. Sou eu, pulando feito louco na cabine. Hoje, estarei no Salão Nobre do Fluminense mostrando o show "Jobiniando". Tom Jobim era a cara do Rio, como o Fluminense. Tem tudo a ver com a minha visão do que é o Tricolor. Vou cantar de graça, é claro. Cem anos não se faz todo dia. Através da minha arte, vou presentear meu clube.”
Vitral de Almeida
Marquês das Laranjeiras
‘O futebol brasileiro começa pelo Fluzão’
Tricolores do céu e terra! Gostei da idéia do LANCE de presentear a todos com a verdadeira história do futebol brasileiro. Sim, porque falar do Centenário Tricolor é o mesmo que falar do Brasil, pois o Fluzão sempre foi o pioneiro em tudo. Fomos os primeiros campeões cariocas. Aliás, somos os primeiros tetracampeões. Fomos o primeiro time carioca a ganhar o Rio-São Paulo (único invicto até hoje). Campeonato Brasileiro? Ganhamos em 70 e no ano seguinte mudaram de nome. Também saímos na frente. Campeão Mundial? No Rio, Só o Flu. Quem é alfabetizado sabe que o bacalhau é vice e o urubu só ganhou um amistoso, nada reconhecido pela Fifa. Temos também a Taça Olímpica. Alguém no Brasil tem? Óbvio que não. Como diria Nélson Rodrigues, quando freqüentava a minha casa:"E Laranjeiras, não se dá um passo sem tropeçar numa glória.”
Arthur Moreira Lima
Pianista e tricolor
‘O Fluminense para mim é uma catarse’
"Torço pela Seleção, mas com o Fluminense é diferente. É uma catarse, como se o time defendesse meus ideais. Em 1968, eu morava em Moscou. Sempre que ligava para o Brasil, para falar com minha mãe, havia um cara do SNI fazendo escuta de minhas ligações. Perguntei por cada membro da família. Quando perguntei como estava o Fluminense, surgiu uma voz: "Está uma porcaria, esse meio-campo não joga nada". Naquele momento, o agente deixou de ser agente e foi Fluminense. É o estado de espírito. Meu amigo maestro Laércio de Freitas costuma dizer, após suas apresentações: "Toquei SON: somente o necessário". O Fluminense joga SON. Não dá de cinco ou seis sem necessidade. Por mais que já tenha feito todo tipo de apresentação, vivi uma emoção diferente em 84. A TV Globo colocou um piano no Aterro, na véspera da decisão com o Flamengo, para que eu tocasse o hino do Flu. Fui de terno branco, com a camisa tricolor por baixo. Assim que terminei, corri para a câmera e gritei: "Nense!", de forma alucinada. No Brasileiro, na semifinal contra o Corinthians, apostei com Toquinho. Ou ele rasparia o bigode ou eu rasparia o cabelo. Até Sócrates brincou comigo, dizendo que a Fiel me esperava em São Paulo. Nós ganhamos. Em toda minha vida, jamais conheci outro time que não fosse o Fluminense. ”
CHACAL
Poeta, produtor de eventos e tricolor
'Sou tricolor desde antes de nascer'
“Visto a camisa e o gorro tricolor para escrever essas linhas. Assoviando o hino, digo que sou tricolor antes de nascer... Ser tricolor para mim, é mais que uma opção. É um presente do destino, um estilo de vida elegante. Não a elegância que a grana ou a posição social possam trazer, mas a nobreza que vem da arte de viver a vida se sabendo tricolor, sabendo que o vermelho e o verde das três cores o permitem viver em profundidade, como se olhasse através de um óculos em 3D e o branco lhe trouxesse a paz de saber viver a vida como ela é: tricolor da cabeça aos pés. Ave Nelson !!! Salve, salve meu Flu centurião!!!!!!!”
Noca da Portela
Compositor de sambas e tricolor
‘Ainda me emociono quando vejo o Flu’
“Eu tenho o maior orgulho de dizer que sou tricolor. Sou como o saudoso Mário Lago, tricolor e comunista, e faço questão de mostrar isso. Aliás, o mundo do samba é cheio de tricolores. Paulo da Portela e Cartola eram tricolores de faltar ao samba para ver o Flu. E, graças a Deus, posso dizer que sou um homem feliz. Meu pai, flamenguista, me levou pela primeira vez a um Fla-Flu, em 1938, nas Laranjeiras. Metemos três ou quatro neles (foi 3 a 0) e de lá pra cá só comemoro. Cansei de ver Castilho jogar, a Máquina e a turma do Casal 20 então, nem se fala. Era ir para o Maraca com a certeza da vitória. Eu até hoje me emociono quando vejo o Fluminense joga”
FAUSTO FAWCETT
Cantor, compositor, escritor e tricolor
'Cada jogo, um espetáculo à parte'
“Cada jogo do Fluminense é um espetáculo à parte que, me desculpe Leonardo da Vinci, nem a Mona Lisa consegue chegar aos pés da grandiosidade dessa obras de arte. Torcer para o Fluminense é poder ter um sentimento de eternidade que só os Césares e Augustos podiam experimentar – e que nós, tricolores, estamos saboreando especialmente nesta data.”
Ivan Lins
Cantor e Tricolor
'O mais carioca dos clubes cariocas'
“Eu tinha sete anos, morava de frente para a Praia de Icaraí. Não tinha time e no meu prédio só tinha tricolor. Mas havia um menino mais velho, irmão do namorado da minha irmã, que batia nos mais novos, fez pressão e me fez ser Vasco. Ele roubava minha pipa, minhas bolinhas de gude. Ninguém me defendia, era "briga de vascaínos". E no colégio ainda me diziam que eu era Fluminense, pois morava no Estado do Rio. Cansei. Um dia, cheguei ao colégio e perguntei: "Posso virar Fluminense?" Fui carregado nos ombros e ouvi a frase do alívio. "Agora, aquele menino nunca mais te encosta a mão". Eu me senti protegido, aprendi a adorar o Fluminense. Criei imagem de que ser Fluminense é morar de frente para a praia, a imagem de que todo mundo é Fluminense. Para mim, é o clube mais carioca. Minha identificação é total. Penso na bandeira do Rio, me vêm à cabeça o encarnado, o verde e o branco. Tenho até muita simpatia pelo Flamengo, só criei bronca do Vasco. Nas vitórias, fico impossível. "Vão ter que me engolir", grito. E nos últimos anos, cada vitória tem tido um gosto mais especial. Afinal, elas têm sido escassas. Mas cada alegria que o Fluminense me dá é inesquecível. Em 84, Assis fez o gol do título em cima do Flamengo. Eu estava na cabine da TV Bandeirantes. Quem tem a gravação do jogo ouve um berro logo após o grito do locutor. Sou eu, pulando feito louco na cabine. Hoje, estarei no Salão Nobre do Fluminense mostrando o show "Jobiniando". Tom Jobim era a cara do Rio, como o Fluminense. Tem tudo a ver com a minha visão do que é o Tricolor. Vou cantar de graça, é claro. Cem anos não se faz todo dia. Através da minha arte, vou presentear meu clube.”
Vitral de Almeida
Marquês das Laranjeiras
‘O futebol brasileiro começa pelo Fluzão’
Tricolores do céu e terra! Gostei da idéia do LANCE de presentear a todos com a verdadeira história do futebol brasileiro. Sim, porque falar do Centenário Tricolor é o mesmo que falar do Brasil, pois o Fluzão sempre foi o pioneiro em tudo. Fomos os primeiros campeões cariocas. Aliás, somos os primeiros tetracampeões. Fomos o primeiro time carioca a ganhar o Rio-São Paulo (único invicto até hoje). Campeonato Brasileiro? Ganhamos em 70 e no ano seguinte mudaram de nome. Também saímos na frente. Campeão Mundial? No Rio, Só o Flu. Quem é alfabetizado sabe que o bacalhau é vice e o urubu só ganhou um amistoso, nada reconhecido pela Fifa. Temos também a Taça Olímpica. Alguém no Brasil tem? Óbvio que não. Como diria Nélson Rodrigues, quando freqüentava a minha casa:"E Laranjeiras, não se dá um passo sem tropeçar numa glória.”
Arthur Moreira Lima
Pianista e tricolor
‘O Fluminense para mim é uma catarse’
"Torço pela Seleção, mas com o Fluminense é diferente. É uma catarse, como se o time defendesse meus ideais. Em 1968, eu morava em Moscou. Sempre que ligava para o Brasil, para falar com minha mãe, havia um cara do SNI fazendo escuta de minhas ligações. Perguntei por cada membro da família. Quando perguntei como estava o Fluminense, surgiu uma voz: "Está uma porcaria, esse meio-campo não joga nada". Naquele momento, o agente deixou de ser agente e foi Fluminense. É o estado de espírito. Meu amigo maestro Laércio de Freitas costuma dizer, após suas apresentações: "Toquei SON: somente o necessário". O Fluminense joga SON. Não dá de cinco ou seis sem necessidade. Por mais que já tenha feito todo tipo de apresentação, vivi uma emoção diferente em 84. A TV Globo colocou um piano no Aterro, na véspera da decisão com o Flamengo, para que eu tocasse o hino do Flu. Fui de terno branco, com a camisa tricolor por baixo. Assim que terminei, corri para a câmera e gritei: "Nense!", de forma alucinada. No Brasileiro, na semifinal contra o Corinthians, apostei com Toquinho. Ou ele rasparia o bigode ou eu rasparia o cabelo. Até Sócrates brincou comigo, dizendo que a Fiel me esperava em São Paulo. Nós ganhamos. Em toda minha vida, jamais conheci outro time que não fosse o Fluminense. ”
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